terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Dossiê denuncia irregularidades em desapropriações para obras da Copa 2014 em Fortaleza

Desde que iniciaram, as obras de preparação para Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 já atingiram, pelo menos 21 famílias, com remoções forçadas de moradores em sete capitais sedes da Copa, dentre elas Fortaleza. Os dados são do dossiê Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil, divulgado nesta segunda-feira (12), pela Articulação Nacional de Comitês Populares da Copa.
Esses comitês populares são responsáveis pela fiscalização e denúncia de abusos e de ilegalidades relacionadas aos megaeventos esportivos que o Brasil vai receber nos próximos anos.
Além da Capital cearense, o documento apresentou irregularidades no desalojamento em Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
Arbitrariedade
De acordo com o relatório, essas ações de desocupação de comunidades e famílias estão ocorrendo de forma arbitrária. “São aplicadas estratégias de guerra e perseguição, como a marcação de casas a tinta, sem esclarecimentos, invasão de domicílios sem mandados judiciais, apropriação indevida e destruição de bens móveis”.
O dossiê prevê que até 170 mil pessoas possam ser removidas para dar espaço a empreendimentos de infraestrutura ligados aos eventos esportivos.
Precariedade das obras
O relatório destaca as dez paralisações de trabalhadores em seis dos 12 estádios que serão usados no Mundial, inclusive Fortaleza. As pautas de reivindicação tinham em comum, segundo o levantamento, pedidos de aumento salarial, de concessão de benefícios, do fim do acúmulo de tarefas e das jornadas excessivas de trabalho.
Redação Jangadeiro Online, com informações da Agência Brasil
Fonte: Jangadeiro online

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