quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Professores de física explicam relação entre Sol, Lua e Terra


Proximidade entre o planeta e o satélite influencia o movimento das marés.
Lua não tem luz própria, dependendo da posição do Sol.

Do G1 PE
Comente agora
Apesar da luz da Lua ser um tema comum na literatura, principalmente na poesia, a Lua, assim como os planetas, não tem luz própria. O satélite e suas relações com a Terra foram tema da reportagem de física do Projeto Educação desta quinta-feira (24).
“A Lua não emite luz, não tem luz própria. Quando olhamos para o céu e a vemos brilhante e imponente, olhamos na verdade o Sol na Lua. O Sol é fonte de luz primária, um corpo luminoso. A Lua é fonte secundária, um corpo iluminado”, comentou o professor Diego Mendonça.
A Lua é um satélite natural da Terra. Outros planetas do sistema solar também têm satélites. “Netuno e Urano também são circundados por satélites naturais, luas. O planeta que possui mais luas é Júpiter, são 64 ao todo. Inclusive, na sua órbita, se encontra o maior dos satélites naturais, chamado de Ganímedes”, destacou Diego.
Assim como a Terra, a Lua também se movimenta. O movimento de rotação é o que ela faz girando em torno do próprio eixo. O movimento de revolução é o giro que ela dá em torno da Terra. “Devido ao movimento, ela pode ter quatro fases: nova, crescente, cheia e minguante, ou quarto minguante. A nova acontece quando a face iluminada não está voltada para terra. Por isso, quando olhamos, não a vemos. Devido à revolução, a Lua começa a aparecer, a se iluminar, por isso quarto crescente. Quando a lua é totalmente iluminada, chama-se lua cheia. Devido ao movimento, volta a escurecer e a chamamos de minguante”, disse o professor.
Ilustração mosta como ocorre o eclipse lunar (Foto: Reprodução / TV Globo)Ilustração mosta como ocorre o eclipse lunar
(Foto: Reprodução / TV Globo)
A Lua também faz o movimento de translação. Ela gira em torno do Sol junto com a Terra, o que permite os eclipses solar e lunar. “Quando você tem Sol, Lua e Terra, nessa posição, ocorre o eclipse solar. As pessoas que estão na sombra que a luz projeta não veem o Sol. Nesse momento, é dia nesse hemisfério, e as pessoas não veem o Sol. Quando essa Lua, na fase de lua cheia, se esconde na sombra da Terra, temos o eclipse lunar, porque você não vai ver a Lua, que está dentro do cone de sombra da terra”, destacou o professor Beraldo Neto.
As fases da Lua também influenciam nas marés. “Quando Terra e Lua estão próximas, a força de gravidade é maior. Então, as marés dependem da força gravitacional trocada com a Terra. O sol também influencia, mas com menos intensidade, por ser mais distante”, finalizou Diego Mendonça.

Astrônomos descobrem planeta errante

 planeta-pso_j3185_22-the-history-channel
Uma equipe internacional de astrônomos fez uma curiosa descoberta enquanto realizava um estudo de rotina. Encontraram um planeta solitário, isolado da orbita de qualquer estrela, bem próximo da Terra. Situado há apenas 80 anos luz do globo terrestre, o planeta vagabundo, batizado como ‘PSO J318.5-22’, conta com uma massa seis vezes maior que a de Júpiter e, astronomicamente falando, uma vida recente, estimada em 12 milhões de anos. Veja a reprodução gráfica do planeta
Os astrônomos afirmaram que o planeta errante possui características bastante semelhantes à dos planetas gasosos gigantes que geralmente orbitam em torno de estrelas jovens, porém, este vaga solitário e à deriva. Nas últimas décadas, dezenas de planetas extra-solares foram descobertos mas, no entanto, o ‘PSO J318.5-22’ é um dos pouquíssimos que foi encontrado através de observação direta, justamente por não estar próximo de nenhuma estrela.
- See more at: http://noticias.seuhistory.com/astronomos-descobrem-planeta-errante#sthash.YNVhRFRb.dpuf


Disponível em: http://noticias.seuhistory.com/astronomos-descobrem-planeta-errante

Candidatos precisam de 600 pontos em cada disciplina no Enem

Mais de sete milhões de estudantes vão fazer as provas do Enem no próximo fim de semana. Para conseguir uma boa média, o candidato tem que tirar, no mínimo, 600 pontos em cada disciplina. Preencher a prova de olho nos critérios de avaliação doMinistério da Educação pode ajudar bastante.
O enunciado das questões no Enem geralmente é longo e traz gráficos, charges, mapas e tabelas. A resposta pode estar até mesmo no texto da pergunta. Por isso, é importante ler a questão com muito cuidado. “O ideal é que o aluno leia primeiro o comando da questão, grifar no comando qual é a informação que está sendo pedida para não se esquecer e ler a coletânea ou o texto-base depois”, explica a professora de Português Janaina Ferreira de Almeida.
Nas provas das quatro áreas de conhecimento, que têm respostas objetivas, o aconselhável é gastar no máximo três minutos em cada questão. O diretor de ensino Rommel Fernandes Domingos dá algumas dicas:
- Alguns alunos buscam fazer as questões mais difíceis primeiro. Entretanto, ele explica que é melhor pular as questões mais difíceis. “Leu a questão, gastou 30 segundos, um minuto na questão, não veio ideia alguma, essa questão está ficando cara. Se sobrar tempo, o estudante volta nas questões que pulou.”
- Não compensa deixar a questão em branco. “Se é uma questão que você não sabe, deixar em branco é a pior opção. Você vai ganhar zero.”
Questões mais difíceis valem mais pontos, mas a correção se baseia em um sistema de pontuação em que a avaliação de uma depende das respostas dadas em outras. “O aluno que acerta as questões mais fáceis, quando acerta a difícil, ele ganha mais pontos, porque houve coerência na prova. É mais importante a regularidade do que o aluno ser ótimo em uma matéria e nem tão bom em outra”, explica Domingos.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Dicas para os últimos dias de estudo para o Enem 2013

OCTOBER 15, 2013 POR 

Apenas onze dias separam os mais de 7 milhões de candidatos das provas do Exame Nacional do Ensino Médio de 2013. E aí você pensa, não há muito mais o que fazer, certo? Errado. Estes últimos dias podem ser aproveitados para ¨polir¨ sua preparação, ajudando-o a chegar confiante e verdadeiramente pronto para o exame.
E como não poderia deixar de ser, separamos algumas dicas para lhe orientar nestes últimos momentos de seus estudos. Vale a pena conferir!
1. Não é hora de buscar novos conteúdos. Em menos de duas semanas não é hora de correr atrás de assuntos que você teve o ano inteiro para aprender, correto? Até pode reforçar determinadas matérias que está com dificuldade, mas o ideal é dar aquela revisada geral.
2. Saiba como administrar o tempo durante o exame. Que terá que responder a 180 questões e escrever a redação nos dois dias de prova temos certeza que você já sabe. Mas já parou para contar quanto tempo tem, em média, para responder a cada questão do Enem 2013? Não?!? Então saiba que você tem menos de 3 minutos por questão! Leia este artigo e veja nossa estratégia para não deixar que o tempo (ou a falta dele) seja o pior vilão nos dias 26 e 27.
3. Defina uma estratégia para resolução da prova. No primeiro dia de provas, você irá responder primeiro as questões de Ciências da Natureza ou as de Ciências Humanas? E no segundo dia, vai fazer a redação no início ou no final do exame? Se ainda não pensou a respeito, está na hora de dar atenção a esta estratégia, pois pode fazer toda a diferença no seu resultado. Começar pela área que você tem mais facilidade é um boa dica, pois ajuda a ganhar tempo e confiança no início da prova. Porém não é uma regra. O ideal é fazer simulados e descobrir, pela própria experiência, a qual estratégia você se adapta melhor.
4. Escreva redações. A redação representa 25% da sua nota final no Enem 2013. Portanto um bom desempenho nela é fundamental. E a única forma de aperfeiçoar sua escrita é praticando. Recomendamos que escreva 4 redações nestes últimos dias (2 por semana). Caso esteja na dúvida sobre o que escrever, utilize propostas de edições anteriores do Enem ou selecione alguns dos possíveis temas que separamos neste artigo.
5. Faça simulados e resolva provas anteriores. Esta é, de longe, a principal de nossas dicas. As dicas 2, 3 e 4 de nada adiantam se você não seguir esta. Afinal, aprender a controlar o tempo, definir uma estratégia de resolução das questões e escrever redações dependem exclusivamente de prática, treino. Por isso, resolver edições anteriores e fazer pelo menos um simulado nestes dias é essencial. Uma boa recomendação aqui consiste em nossas Apostilas para o Enem 2013, as quais trazem as últimas 4 edições do Enem para você treinar e depois estudar pelas resoluções e comentários de nossa equipe de professores.
6. Respeite seus limites. A tensão, pressão e ansiedade crescem muito nestes dias. E este tipo de sentimento só atrapalha você candidato, tanto nos estudos como principalmente na hora da prova. Respeitar os limites do seu corpo e mente é de suma importância para encontrar o equilíbrio emocional necessário para realizar uma boa prova. Confira esta matéria e veja nossas orientações sobre o assunto.
Seguindo à risca cada uma de nossas dicas, certamente você irá aproveitar da melhor maneira possível seus últimos dias de preparação para o Enem 2013.
E lembre-se, os dias 26 e 27 próximos podem ser decisivos no seu futuro, portanto mantenha-se focado e determinado em conquistar seus objetivos!

Documentos Válidos ENEM

Para realizar as provas do Enem é necessário apresentar um documento de identificação original com foto. Documentos aceitos:

- Carteira de identidade (RG), emitida por Secretaria de Segurança Pública, Forças Armadas, Polícia Militar ou Polícia Federal;
- Identificação fornecida por Ordens ou Conselhos de Classe, que, por lei, tenham validade como documento de identificação;
- Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), emitida após 27 de janeiro de 1997;
- Certificado de Dispensa de Incorporação;
- Certificado de Reservista;
- Passaporte;
- Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com foto, na forma da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997;
- Identidade funcional em consonância com o Decreto nº 5.703, de 15 de fevereiro de 2006;
- Identidade expedida pelo Ministério das Relações Exteriores para estrangeiros.
Em caso de perda de documento de identificação, o participante deve apresentar o Boletim de Ocorrência com data de, no máximo,90 dias antes da data da prova.

Fonte: INEP

Buracos negros com cabelos podem descabelar Einstein

Com informações da ISSA - 18/10/2013

Buracos negros têm cabelos?
Os "cabelos" dos buracos negros são uma metáfora para conexões que o objeto estabeleceria com o espaço ao seu redor e com o Universo como um todo. [Imagem: Alain Riazuelo/NASA]
Buracos negros limpos
Um buraco negro é um conceito simples e claro, por pior que possa ser o trocadilho.
Pelo menos de acordo com a hipótese de Roy Kerr, que, em 1963, propôs um modelo "limpo" do buraco negro, que é o atual paradigma teórico.
Da teoria para a realidade, contudo, as coisas podem ser bem diferentes.
Particularmente, os buracos negros podem ser muito mais "sujos" do que se acreditava.
Estas são as conclusões de um grupo de cientistas liderado por Thomas Sotiriou, da Escola Internacional de Estudos Avançados (SISSA), na Itália.
Modelo dos buracos negros
De acordo com o modelo tradicional, os buracos negros são definidos por apenas duas grandezas: a massa e o momento angular (a velocidade de rotação do buraco negro).
Assim que seu progenitor entra em colapso - uma estrela de massa elevada, por exemplo, que implode no final do seu ciclo de vida - toda a sua memória é perdida para sempre.
Tudo o que resta é um buraco negro tranquilo, praticamente sem nenhuma característica distintiva: todos os buracos negros, massa e momento angular postos de lado, seriam praticamente iguais.
De acordo com Sotiriou, as coisas podem não ser exatamente assim.
"Os buracos negros, de acordo com os nossos cálculos, podem ter cabelos," explica ele referindo-se a uma declaração bem conhecida do físico John Wheeler, que afirmou que "os buracos negros não têm cabelos" pela crença de que nada escaparia de seu horizonte de eventos.
Buracos negros têm cabelos?
As teorias ainda não têm uma resposta decisiva para a questão: Quem surgiu primeiro, os buracos negros ou as galáxias? [Imagem: NASA]
"Embora o modelo 'careca' de Kerr seja consistente com a Relatividade Geral, ele pode não ser compatível com algumas extensões conhecidas da teoria de Einstein, chamadas teorias tensor-escalar," acrescenta Sotiriou.
Isso significa que qualquer cabeleireira de buraco negro que seja detectada colocaria buracos na relatividade conforme ela é entendida hoje pelos físicos.
"É por isso que fizemos uma série de novos cálculos que nos permitiram focar na matéria que normalmente envolve buracos negros realistas, aqueles observados pelos astrofísicos. Esta matéria obriga o buraco negro puro e simples da hipótese de Kerr a desenvolver uma nova 'carga' (o cabelo, como a chamamos), que o ancora à matéria circundante e, provavelmente, a todo o universo," explica ele.
Origem da gravidade
A confirmação experimental desta nova hipótese pode vir a partir das observações realizadas com interferômetros, instrumentos que seriam capazes de registrar as ondas gravitacionais.
"De acordo com nossos cálculos, o crescimento do cabelo dos buracos negros é acompanhado pela emissão de ondas gravitacionais características. No futuro, os registros feitos por instrumentos poderão desafiar o modelo de Kerr e ampliar nosso conhecimento das origens da gravidade," conclui Sotiriou.
Embora existam vários experimentos procurando pelas ondas gravitacionais, nenhum deles até agora tenha conseguiu detectá-las.
A maior esperança está agora com o observatório espacial LISA (Laser Interferometer Space Antenna), que deverá ir ao espaço por volta de 2020.
Bibliografia:

Black Holes with Surrounding Matter in Scalar-Tensor Theories
Vitor Cardoso, Isabella P. Carucci, Paolo Pani, Thomas P. Sotiriou
Physical Review Letters
Vol.: 111, 111101
DOI: 10.1103/PhysRevLett.111.111101
Fonte: Inovação Tecnológica

Carbino: vem aí o novo material mais forte do mundo

Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/10/2013

Carbino: vem aí o novo material mais forte do mundo
Nanocordas ou nanobastões de carbino, uma cadeia unidimensional de átomos de carbono, deverão ser mais fortes do que o grafeno e do que o diamante - se puderem ser fabricados.[Imagem: Liu et al./ACS Nano]
Materiais mais fortes do mundo
Mas eles logo foram eclipsados pelosuperforte grafeno.
Agora, acaba de entrar no circuito um novo material, o carbino, que, como seu nome já denuncia, também é uma forma de carbono.
A diferença é que, por enquanto, o carbino ultraforte existe apenas na teoria.
Contudo, Mingjie Liu e seus colegas da Universidade Rice, nos Estados Unidos, garantem que, quando o carbino for sintetizado, nanocordas e nanobastões do material se tornarão o novo material mais forte do mundo.
Carbino
Um carbino é uma cadeia de átomos de carbono unidos por ligações atômicas duplas ou ligações atômicas simples alternadas.
Essa estrutura torna o carbino um material verdadeiramente unidimensional, ao contrário do grafeno, que possui as "dimensões" em cima e embaixo, e dos nanotubos, que têm um dentro e um fora.
Segundo os cálculos dos pesquisadores, feitos a partir dos chamados primeiros princípios, o carbino deverá ser duas vezes mais forte do que o grafeno, o que significa que serão necessários dois elefantes apoiados em uma área equivalente à de uma ponta de caneta para quebrar uma fibra de carbino - para quebrar o grafeno basta um elefante.
Ele terá o dobro da rigidez à tração do grafeno e dos nanotubos de carbono e quase três vezes mais do que o diamante.
Mas o carbino não tem apenas força: basta girá-lo ou tensioná-lo para que ele apresente propriedades eletrônicas cativantes.
Esticando-o em apenas 10% de seu tamanho original faz com que o carbino apresente uma bandgap - algo que o grafeno não tem, e que é essencial para seu funcionamento como semicondutor.
Com uma rotação de 90 graus o carbino se torna um semicondutor magnético.
O melhor é que os cálculos indicam que esse supermaterial será estável a temperatura ambiente.
Carbino: vem aí o novo material mais forte do mundo
O carbino não tem apenas força: basta girá-lo ou tensioná-lo para que ele apresente propriedades eletrônicas muito interessantes. [Imagem: Vasilii Artyukhov/Rice University]
Aplicações
Segundo o professor Boris Yakobson, orientador do trabalho, o carbino poderá ser usado em sistemas nanoeletromecânicos, em circuitos spintrônicos, em sensores, no armazenamento de energia e, claro, como material estrutural, compondo fibras ultrafortes e leves.
Yakobson foi um dos responsáveis por mostrar que os nanotubos de carbono são fortes, mas não inquebráveis, e é uma das autoridades na área dos chamadossub-nanofios, que vão além da atual nanotecnologia.
"Qualquer que seja sua aplicação, academicamente é muito entusiasmante conhecer o arranjo de átomos mais forte possível," disse ele. Se os cálculos estiverem corretos, o carbino deverá ser o mais alto estado de energia de uma forma estável de carbono.
Falta fazer
As primeiras teorias sobre o carbino surgiram no século 19, e uma primeira aproximação do material foi sintetizada na União Soviética em 1960.
O grande feito da nova análise é a conclusão de que o material será estável e não reagirá consigo mesmo, o que poderia destruir os fios atômicos que apresentaram todas essas qualidades tão promissoras - resultados anteriores sugeriam que dois fios de carbino poderiam simplesmente explodir se tocassem um no outro.
A expectativa agora é que as novas ferramentas da nanotecnologia permitam sintetizar isoladamente os fios atômicos de carbino com precisão - um desafio que ainda não foi totalmente vencido nem para os nanotubos de carbono e nem para o grafeno.
Bibliografia:

Carbyne from First Principles: Chain of C Atoms, a Nanorod or a Nanorope
Mingjie Liu, Vasilii I. Artyukhov, Hoonkyung Lee, Fangbo Xu, Boris I. Yakobson
ACS Nano
Vol.: Article ASAP
DOI: 10.1021/nn404177r
Fonte: Inovação Tecnológica

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Água em asteroide sugere existência de exoplanetas habitáveis

Água em asteroide sugere existência de exoplanetas habitáveis
Impressão artística de um asteroide rico em água sendo despedaçado pela influência gravitacional de uma estrela.[Imagem: Mark A. Garlick/University of Warwick/University of Cambridge]
Água e rochas
Astrônomos descobriram os destroços de um asteroide que continha grande quantidade de água.
Isto sugere que a estrela GD 61 - localizada a cerca de 150 anos-luz da Terra - teve o potencial para conter exoplanetas semelhantes à Terra.
"Teve" porque a GD 61 é uma estrela já exaurida, uma anã branca, já no fim de sua vida. Qualquer exoplaneta que de fato exista em sua órbita não terá mais calor suficiente para apresentar água em estado líquido.
Embora a água tenha sido detectada nos restos do que um dia foi um asteroide, os astrônomos acreditam que isto é indício suficiente da ocorrência simultânea de água e superfície rochosa - dois "ingredientes-chave" para planetas habitáveis pelo homem - em outro corpo celeste que não a Terra.
Águas espaciais
Segundo a equipe, os resultados dão suporte à teoria de que a água foi trazida para a Terra por cometas ou asteroides.
Apesar de ser chamado "planeta água", os astrônomos afirmam que a Terra é essencialmente um planeta "seco", com apenas 0,02% de sua massa na forma de águas de superfície.
Isto seria um indício de que os oceanos vieram muito depois de a Terra ter-se formado - provavelmente formados por asteroides ricos em água que colidiram com o nosso planeta.
Ainda não há cálculos de quantos asteroides ricos em água seriam necessários para encher todos os oceanos da Terra, nem quanto tempo isso levaria e nem como o material rochoso dos asteroides impactaria a composição da parte sólida da Terra.
O asteroide analisado era composto por 26% de água, muito semelhante a Ceres, o maior asteroide do cinturão principal do Sistema Solar.
Segundo os pesquisadores, as duas rochas espaciais são muito mais ricas em água do que a Terra.
Os astrônomos das universidades de Cambridge e Warwick, no Reino Unido, afirmam ainda que esta é a primeira "prova confiável" da existência de material planetário sólido rico em água em planetas extrassolares.
Bibliografia:

Evidence for Water in the Rocky Debris of a Disrupted Extrasolar Minor Planet
J. Farihi, B. T. Gänsicke, D. Koester
Science
Vol.: 342, pp. 218-220
DOI: 10.1126/science.1239447

Fonte: Inovação tecnológica

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Impressão 3D: Fábrica doméstica já é economicamente viável

Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/09/2013

Impressão 3D: Fábrica doméstica já é economicamente viável
Depois da computação pessoal, agora chegou a vez da "produção pessoal". [Imagem: Justin Plichta/Michigan Technological University]
Fábricas domésticas
No passado, um executivo de uma grande empresa da área previu que haveria mercado para 10 computadores em todo o mundo.
Bem mais tarde, após o lançamento dos computadores pessoais, um colega seu de outra empresa afirmou que não via razões para que houvesse um computador em cada residência.
Com base nessas lições, é melhor dar mais atenção à previsão de que logo cada pessoa poderá ter sua própria "fábrica doméstica", na forma de uma impressora 3D.
Ainda mais agora que esses equipamentos estão deixando de ser meras impressoras, passando a ser verdadeiras microfábricas.
É o que defende um dos pioneiros da área, o professor Joshua Pearce, da Universidade Tecnológica de Michigan, nos Estados Unidos.
Faça você mesmo
Segundo Pearce, depois da computação pessoal, agora chegou a vez da "produção pessoal".
"Para o consumidor norte-americano médio, a impressão 3D está pronta," afirmou, ele que é um defensor da chamada Quarta Revolução Industrial, ou a "A Era das Máquinas Livres".
Depois de ter começado pelo esforço de alguns poucos aficionados, a impressão 3D está mudando rapidamente, com vários fabricantes de equipamentos e, principalmente, kits do tipo "faça você mesmo".
Para demonstrar seus argumentos, Pearce e seus colegas fizeram um análise econômica do ciclo de vida da impressão 3D tomando por base uma família média norte-americana.
Segundo ele, a razão para o sucesso da impressão 3D é financeira: uma família típica já pode economizar uma grande quantidade de dinheiro fazendo as coisas com uma impressora 3D, em vez de comprá-las nas lojas.
Impressão 3D: Fábrica doméstica já é economicamente viável
Objetos fabricados em uma impressora 3D usados no estudo de análise econômica do ciclo de vida da impressão 3D. [Imagem: Justin Plichta/Michigan Technological University]
Ciclo de vida da impressão 3D
No estudo, foram escolhidos 20 itens domésticos comuns, para os quais existem projetos gratuitos disponíveis no site Thingiverse.
O grupo usou o Google Shopping para determinar o custo máximo e mínimo de comprar esses 20 itens pela internet, excluindo taxas de envio e frete.
Em seguida, eles calcularam o custo de fazer os mesmos itens com uma impressora 3D.
A diferença é dramática: o consumidor gastaria de US$ 312 (preço mínimo) a US$ 1.944 (preço máximo) para comprar os 20 objetos, contra US$ 18 em custo de material para fabricá-los em casa usando a "fábrica doméstica".
Pearce afirma que a suposição de que uma família só iria fabricar 20 itens por ano é muito conservadora mas, mesmo com esse cálculo, os resultados indicam que uma impressora 3D se pagaria muito rapidamente.
Impressoras 3D de código aberto para uso doméstico têm preços que variam hoje de US$ 350 a US$ 2.000.
Mas existem também projetos gratuitos, como a RepRap, que pode ser montada pelo próprio usuário.
Bibliografia:

Life-Cycle Economic Analysis of Distributed Manufacturing with Open-Source 3-D Printers
B. T. Wittbrodt, A. G. Glover, J. Laureto, G. C. Anzalone, D. Oppliger, J. L. Irwin, Joshua M. Pearce
Mechatronics
Vol.: 23, Issue 6, September 2013, Pages 713-726
DOI: 10.1016/j.mechatronics.2013.06.002
Fonte: Inovação Tecnológica 

Motor híbrido modificado atinge 42 km/l

Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/10/2013

Motor híbrido modificado atinge 42 km/l
O grupo redesenhou o motor diesel convencional de um VW Golf - na Europa, os carros de passeio são disponíveis em versões a diesel. [Imagem: Tobias Ott/ETH Zurich]
Motor de alta eficiência
Engenheiros do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça, desenvolveram um motor de combustão interna que emite menos da metade do CO2 em comparação com um motor comum, sem comprometer o desempenho.
Isto se traduz em motor com um consumo de combustível de 42 km/l (quilômetros por litro).
O grupo redesenhou o motor diesel convencional de um VW Golf - na Europa, os carros de passeio são disponíveis em versões a diesel - para que ele rode com 90% de gás natural.
Para que isso fosse possível, eles desenvolveram um sistema inédito de controle eletrônico, que é o grande responsável pela eficiência do motor.
Em vez de uma vela de ignição, como é normal nos motores a gás natural, o motor híbrido tem sua combustão disparada por uma pequena quantidade de diesel injetado diretamente dentro do cilindro - um sistema conhecido como injeção direta, comum em motores diesel.
Com isto, obteve-se uma combustão com uma eficiência máxima de 39,6%, mais do que o dobro dos motores convencionais.
Motores híbridos diesel-gás natural
Já existem motores híbridos diesel-gás natural no mercado, mas eles são usados industrialmente, onde a energia é gerada e consumida no mesmo lugar - por exemplo, para operar máquinas de grande porte.
"Em um veículo, a velocidade do motor e a carga [a que ele está sujeito] mudam constantemente, o que significa que o sistema de controle do motor é muito mais complicado," explica Tobias Ott, principal responsável pela criação do motor.
O grande feito de Ott foi desenvolver um inovador controle eletrônico de combustão, baseado em sensores que medem a pressão nos cilindros de forma contínua.
Utilizando algoritmos de controle, o engenheiro conseguiu adaptar a quantidade e a temporização do diesel continuamente, criando um motor com uma eficiência muito maior.
Os pesquisadores também juntaram um pequeno motor elétrico ao motor diesel-gás natural para tentar reduzir ainda mais o consumo. No entanto, ele pode ser instalado em um veículo sem essa hibridização elétrica, o que será importante para sua produção industrial em larga escala.
Bibliografia:

Hybrid-Electric Vehicle with Natural Gas-Diesel Engine
Tobias Ott, Christopher Onder, Lino Guzzella
Energies
Vol.: 6(7), 3571-3592
DOI: 10.3390/en6073571

Fonte: Inovação Tecnológica