sábado, 17 de janeiro de 2015

Telescópio Kepler revela 1.000º exoplaneta

Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/01/2015

Telescópio Kepler revela 1.000º exoplaneta
[Imagem: NASA]
1.000 exoplanetas
A NASA anunciou que os dados do telescópio espacial Kepler permitiram a confirmação do 1.000º exoplaneta.
Desses, 8 têm dimensões similares às da Terra, incluindo um exoplaneta (Kepler-438b) com um raio de apenas 1,12 vez o raio do nosso planeta e que recebe uma quantidade de luz maior do que o"gêmeo" mais parecido com a Terra que se conhecia até agora.
Três deles estão localizados na zona habitável de suas estrelas, a região com temperaturas que permitem a existência de água em estado líquido. Dos três, dois (Kepler-438b e Kepler-442b) são provavelmente rochosos como a Terra.
Os dados revelaram ainda 554 novos candidatos a planetas, que precisarão ser confirmados com observações de outros telescópios - agora são mais de 4.000 candidatos a planeta em processo de confirmação.
Censo planetário
Embora o telescópio Kepler tenha deixado de funcionar prematuramente, ele coletou dados - de 2009 a 2013 - em uma magnitude tal que deverá deixar os astrônomos ocupados até 2019, segundo a NASA, quando só então poderá ser possível fazer um balanço total das descobertas científicas do observatório.
Esse balanço geral é esperado porque representará o melhor recenseamento de exoplanetas feitos até hoje - o Kepler observou mais de 150.000 estrelas, e seus resultados finais permitirão estimar melhor a quantidade delas que possuem planetas.
Dos planetas extrassolares mais interessantes anunciados agora, o Kepler-438b está a 475 anos-luz de distância da Terra e orbita sua estrela a cada 35,2 dias, enquanto o Kepler-442b está a 1.100 anos-luz de distância, é 33% maior do que a Terra e tem um ano de 112 dias.
Fonte: Inovação Tecnológica

No princípio era o tempo

Com informações do Perimeter Institute - 16/01/2015

Tempo é entidade absoluta e fundamental, defendem físicos
O Big Bang é um modelo construído a partir de hipóteses, pressupostos e teorias. Mas a busca por uma receita mais completa para a criação do Universo já levou a teorias cosmológicas sem o Big Bang.[Imagem: Cortesia TU Vienna]
100 Anos da Relatividade
Em 2015 os físicos estão comemorando o centenário da Teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein, que, entre outras coisas, quebrou a ideia do tempo e do espaço como entidades absolutas, colocando em seu lugar o espaço-tempo, uma entidade elástica que se curva sob ação da massa e da energia para dar origem à gravidade.
Apesar do sucesso extraordinário da Relatividade Geral - da sua capacidade de explicar e fazer previsões sobre a realidade -, nenhuma teoria explica tudo - por exemplo, como surgiu o próprio espaço-tempo?
Assim é que, passados 100 anos, alguns físicos começam a questionar esses postulados básicos de Einstein.
O físico Lee Smolin há algum tempo defende que o tempo é uma entidade fundamental da natureza. A física portuguesa Marina Cortês também não se importa em fugir das maiorias, e vem defendendo uma teoria alternativa ao Big Bang, a teoria dos multiversos.
Quando os dois resolveram trabalhar em conjunto, no Perimeter Institute, era visto que o resultado seria algo de impressionar. De fato, as ideias da dupla acabam de receber um prêmio internacional, o Prêmio Buchalter, idealizado "para estimular trabalhos inovadores teóricos, observacionais ou experimentais em cosmologia que desafiem, estendam ou iluminem os modelos atuais e/ou ajudem a explicar a expansão cósmica a partir dos primeiros princípios."
Tempo é entidade absoluta e fundamental, defendem físicos
Recentemente outros físicos propuseram que oespaço-tempo pode ficar turbulento e gerar redemoinhos de gravidade. [Imagem: Henze/NASA]
Conjuntos causais energéticos
No artigo que lhes deu o primeiro lugar, "O Universo como um Processo de Eventos Únicos", os dois propõem um novo quadro para a cosmologia, que eles chamam de "Conjuntos Causais Energéticos".
Os dois físicos partem da hipótese de que o tempo é fundamental e irreversível - uma afirmação ousada, uma vez que a maioria dos físicos, na esteira de Einstein, entende o tempo como uma propriedade que "emerge" como uma consequência de leis físicas mais fundamentais.
Segundo eles, a causalidade - a chamadaseta do tempo - resulta diretamente dessa irreversibilidade; o futuro é criado continuamente a partir do presente por meio da atividade do tempo; energia e momento são da mesma forma propriedades fundamentais; o espaço-tempo, e as partículas que se deslocam no seu interior, emergem através da atividade do tempo, mais uma vez em oposição direta ao ponto de vista predominante entre os físicos.
Nesse novo quadro, cada evento tem uma "impressão digital" única - a soma das assinaturas dos eventos que o precederam, e não outros.
Estes fundamentos resultam em um universo que é tão assimétrico quanto possível. A dupla desenvolve sua teoria analiticamente, ilustrando-a por meio de simulações numéricas de um modelo simplificado de universo em que o espaço tem apenas uma dimensão.
Tempo é entidade absoluta e fundamental, defendem físicos
Seja o tempo fundamental ou não, o fato é que alguns físicos falam em procurar viajantes do tempo usando a internet. [Imagem: Cortesia BBC]
Unificação da mecânica quântica com a relatividade
Em dois artigos subsequentes, a dupla elabora melhor as proposições apresentadas no primeiro trabalho, desenvolvendo uma versão quântica da sua teoria dos Conjuntos Causais Energéticos, e a vincula a uma proposta já existente para unir mecânica quântica e espaço-tempo, chamada de Gravidade Quântica em Circuito Fechado (Loop Quantum Gravity).
O novo quadro teórico traz implicações diretas para a física fundamental - na verdade, a dupla argumenta que a primazia do tempo, e sua irreversibilidade, devem ser incorporados à física contemporânea a fim de permitir fazer progressos em questões fundamentais que se mantêm não resolvidas. Os autores acreditam que, em última instância, sua teoria pode apontar o caminho para a unificação da mecânica quântica com a relatividade.
"Este trabalho em particular é especial, já que é desafiador e intransigente no estabelecimento de uma nova direção. Foi preciso coragem e determinação para publicá-lo, de modo que vê-lo reconhecido é uma recompensa além da imaginação," comentou Marina Cortês sobre a premiação.
"É humilhante e inesperado receber o Prêmio Buchalter inaugural para este trabalho de risco, no qual nós colocamos de lado teorias há muito estabelecidas para começar do zero a formular uma abordagem para os profundos problemas que a cosmologia dos primeiros princípios enfrenta," acrescentou Smolin.
Bibliografia:

The Universe as a Process of Unique Events
Marina Cortês, Lee Smolin
Physical Review D
DOI: 10.1103/PhysRevD.90.084007
http://arxiv.org/abs/1307.6167

Energetic Causal Sets
Marina Cortês, Lee Smolin
Physical Review D
DOI: 10.1103/PhysRevD.90.044035
http://arxiv.org/abs/1308.2206

Spin foam models as energetic causal sets
Marina Cortês, Lee Smolin
Physical Review D
http://arxiv.org/abs/1407.0032
Fonte: Inovação Tecnológica

sábado, 3 de janeiro de 2015

Sete exemplos de pareidolia em imagens do espaço

O par de galáxias Antennae se parece com a forma de um crânio. Este é mais um exemplo de pareidolia encontrado em imagens do espaço.
Artigo traduzido e originalmente publicado no site ListVerse.
Sempre olhar para as nuvens e ver um coelho ou um cachorro? Ou saltar um pedaço de torrada e ver o rosto parcialmente queimado de Jesus olhando para você? Esta experiência bizarra é chamada de pareidolia - um fenômeno psicológico em que a visão ou o som provoca algo em seu cérebro, persuadindo-o a achar que o que você ouve ou vê é algo reconhecível. Há muitos exemplos de pareidolia no espaço e com nossos robôs, naves espaciais e telescópios tirando mais e mais imagens, nós estamos descobrindo mais casos de pareidolia no espaço diariamente. Aqui estão sete dos exemplos mais impressionantes:

1) A face de Marte
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Em 25 de julho de 1976, a NASA publicou uma série de imagens tiradas pela sonda Viking. Estas imagens retratam a região de Cydonia em Marte. A primeira imagem mostrou o que parecia ser um rosto humano olhando para o céu. Esta foi originalmente rejeitada como um truque de sombreamento sobre as rochas marcianas; uma imagem posterior, no entanto, da mesma forma mostrou o que se tornaria conhecido como ''A Face em Marte'', mesmo com o Sol em um ângulo diferente.
Estas imagens provocaram décadas de especulações sobre a possibilidade de vida em Marte, gerando conversas sobre civilizações avançadas que podem ter deixado para trás gigantes memoriais humanoides no planeta. 20 anos depois, no entanto, Marte foi visitado por mais de três naves espaciais que orbitaram o planeta e tiraram mais imagens de maior resolução. Estas imagens de melhor qualidade provaram que o que parecia ser uma estátua gigante de um rosto humano era simplesmente uma montanha marciana normal, que, quando vista com sombreamento e iluminação corretos, causava a pareidolia na mente dos observadores.
2) Mão no Espaço
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Um dos mais belos exemplos de pareidolia do espaço profundo é a imagem tirada do pulsar PSR B1509-58. A imagem de 150 anos-luz mostra também uma grande nebulosa, em foto capturada pelo Observatório de raios-X Chandra. A rotação rápida da estrela de nêutrons, ou pulsar, é de apenas 12 milhas através da nebulosa, com o poder suficiente para torcer e esculpir o espaço ao redor desta em uma bela mão como podemos ver na foto. Esta mão parece estar quase chegando a tocar o próprio espaço.
 3) Elefante marciano
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Marte é o lar de muitos exemplos de pareidolia, em grande parte devido ao fato de que - como a Lua -é altamente fotografada. Outro exemplo é a "Cara do elefante", que se assemelha a uma cabeça de elefante no perfil, com um olho e uma tromba alongada de elefante. A imagem foi tirada pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, e tinha a intenção de capturar um fluxo de lava em Elysium Planitia.
4) Nebulosa Cabeça de Cavalo
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Um dos exemplos mais antigos e familiares de pareidolia no espaço é a Nebulosa Cabeça de Cavalo, ou Barnard 33, uma nuvem fria e escura de poeira e gás. Localizado na constelação de Orion, ela parece ser uma vista lateral de uma cabeça de cavalo.
Observada primeiramente em 1888, fica a 1.500 anos-luz da Terra. A sombra escura da nebulosa é feita por poeira, mas na base da nebulosa você pode ver pontos brilhantes que são jovens estrelas em formação. A estrela brilhante apenas visível na parte superior esquerda da cabeça de cavalo é uma jovem estrela ainda incorporada no berçário estelar de gás e poeira. A radiação a partir desta jovem estrela é tão poderosa que ele está começando a corroer a nebulosa - para que, milhões de anos no futuro, a Nebulosa Cabeça de Cavalonão possa ter qualquer semelhança com sua forma atual.
5) A sereia marciana
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Outro exemplo recente de pareidolia em Marte envolveu uma figura semelhante à humana. Seria uma sereia marciana, sentada em uma pedra com a cauda colocada para fora? A imagem original foi tirada pelo roverMars Spirit sobre a superfície de uma região de colinas em planaltos marcianos.
A foto foi responsável por todos os tipos de teorias da conspiração, acusando a NASA de tentar encobrir a prova clara de que existe vida em Marte. De acordo com astrônomos, no entanto, a foto mostra nada além de "uma formação rochosa bizarra esculpida pelo vento."
Quando visto como parte da imagem completa do rover, você pode ver o quão pequeno a "Sereia de Marte"realmente é: cerca de seis centímetros de altura.
6) Star Wars e Pac Man
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Mimas, uma das luas de Saturno, já era a famosa dona de um exemplo de pareidolia. Quando a nave espacial Voyager enviou imagens das luas de Saturno no início de 1980, apenas alguns anos se passaram desde o lançamento de "Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança". Este filme, como muitos dos leitores saberão, contou com a gigantesca "Estrela da Morte", com o seu poderoso super laser. Então, quando as pessoas viram as imagens da Voyager de Mimas, pela primeira vez, e em particular a cratera gigante "Herschel", reconheceram imediatamente a semelhança entre Mimas e A Estrela da Morte.
Mas Mimas teve um segundo exemplo de pareidolia reservado para os seres humanos, este ainda mais estranho do que o primeiro. Quando a nave espacial Cassini orbitou Mimas em 2010, usou um espectrômetro infravermelho termal para mapear o planeta em infravermelho. O que os cientistas viram nas imagens deixaram-os perplexos, sendo instantaneamente reconhecido pelos cidadãos comuns como uma representação gigante do jogo Pac Man.
As manchas amarelas do mapa colorido têm a mais alta temperatura da superfície, e suas manchas azuis têm o menor. Os cientistas ficaram perplexos porque esperavam as temperaturas mais altas para ser ao longo do equador da Lua, onde o Sol estava brilhando diretamente sobre Mimas quando Cassini voou. Em vez disso, Mimas provou mais uma vez que as luas do nosso Sistema Solar são fascinantes por conta própria - pois exatamente o oposto foi encontrado para ser verdade.
Os cientistas especulam que os resultados estranhos podem ter sido causados por diferentes densidades no gelo que cobrem a superfície da lua.
7) O roedor marciano
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O rover Curiosity tirou uma fotografia do terreno marciano, e alguém com muito tempo livre encontrou o que parece ser um rato de cauda longa. Há água suficiente em Marte para sustentar animais de pequeno porte? É possível que um rato, similar ao nosso, poderia evoluir e viver em Marte? Ou é apenas o caso de que a NASA está secretamente transportando roedores a bordo dos rovers para que eles possam ser deixados para uma futura "descoberta", e, portanto, garantir financiamento do governo? Não, nada disso. É apenas uma rocha entre muitas outras do planeta vermelho.
Créditos das fotos: ListVerse.
Disponível em:http://universoracionalista.org/categoria/artigos/ciencia/

USP anuncia curso de astrobiologia pelo Coursera

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Crédito da Imagem: Don Dixon.
Após o anúncio oficial de parceria entre o Coursera e as duas universidades tradicionais brasileiras, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a USP disponibilizou a lista de cursos online que serão oferecidos em 2015, entre eles um curso inédito de astrobiologia ministrado pelos professores Augusto DamineliElysandra Figueredo Cypriano e Rodrigo de Souza. Para se inscrever no curso, clique aqui.
A um tempo atrás, criei um grupo de estudos no Facebook do curso de astrobiologia oferecido pela Universidade de Edimburgo em língua inglesa, para tirar dúvidas e compartilhar material (livros e vídeos) sobre o tema. Para participar, clique aqui.
Breve Introdução do Curso - Origens da Vida no Contexto Cósmico
Para conhecer a vida é necessário conhecer outras ocorrências da vida. O avanço da tecnologia possibilitou, nas últimas décadas, a descoberta de inúmeros planetas orbitando outras estrelas da nossa galáxia. Hoje sabemos que o universo está infestado de planetas. Essas descobertas deram um novo fôlego à busca da vida em um contexto mais amplo, em um contexto cósmico. Hoje em dia podemos nos perguntar se a vida é um milagre, ou um tipo de química comum em outros planetas e tentar buscar, através da astronomia, peças desse grande quebra-cabeças na tentativa de entender se a origem da vida ocorreu antes, durante ou depois da formação de nosso planeta.
Este curso apresenta um panorama geral sobre as hipóteses relacionadas à origem da vida na Terra bem como sobre os blocos fundamentais para a formação da vida simples e complexa. A compreensão da vida no contexto cósmico e as estratégias desenvolvidas para a busca da vida em outros planetas. A cada semana iremos abordar aspectos relacionados a origem da vida, combinando conceitos chaves de astronomia, tecnologia e a visão de diversos especialistas da área.
Programa do Curso
  • 1º Semana: Nosso universo é extraordinariamente grande. Nessa imensidão cósmica podemos encontrar sistemas planetários de uma diversidade muito mais ampla do que até então podíamos imaginar. A busca da vida é então uma questão a ser tratada em um contexto mais amplo. Por outro lado, a vida tal como a conhecemos hoje na Terra é muito complexa para ser entendida. Nessa semana faremos um panorama geral sobre o espetáculo da vida e das espécies. Iremos explorar os dois grandes cenários da origem da vida que se contrapõem: o criacionismo e o evolucionismo. Falaremos da árvore filogenética da vida e o ancestral comum e por fim, os problemas para a formação de uma teoria geral da vida.
  • 2º Semana: Nessa semana iremos explorar as teorias e hipóteses da origem da vida. A abiogênese da escola socrática difundida por Aristóteles. A síntese de aminoácidos na Terra primitiva. Desenvolveremos os experimentos de Urey e Miller e discutiremos os problemas para a ocorrência dessas reações na Terra primitiva. O processo de formação do nosso sistema planetário e a formação dos planetas rochosos e gasosos nos ajudará a entender as principais características do sistema solar hoje em dia e em sua origem, e com isso a origem extraplanetária de aminoácidos.
  • 3º Semana: Exploraremos um pouco mais o processo de formação planetária, retrocedendo no tempo até o momento em que a vida surgiu na Terra. Nessa semana discutiremos sobre a origem da vida em nosso planeta, reconstruindo a história da vida e da Terra primitive e os fatores ambientais (internos e externos) que propiciaram seu surgimento. O surgimento da auto-organização molecular num “mundo RNA”, onde essa molécula exercia ao mesmo tempo, o papel de código replicador e de função metabólica.
  • 4º Semana: Na última semana falaremos sobre a procura da vida fora da Terra. Falaremos sobre a origem dos elementos químicos biogênicos, a energia estelar e sua importância. Os métodos de detecção de exoplanetas e as condições físico-quimicas da atmosfera de exoplanetas até agora descobertos. O conceito de habitabilidade planetária e os fatores condicionantes da possibilidade de formação de vida em outros planetas: a zona de água líquida em torno das estrelas e a zona de habitabilidade Galáctica. Para finalizar apresentaremos os telescópios da próxima geração e as perspectivas concretas de detecção de sinais de atividade biológica em exoplanetas.
Conhecimentos Prévios Recomendados
Não é necessário ter conhecimentos prévios. O curso está aberto a todos os interessados.
Formato do Curso
Este curso tem duração de 4 semanas e é composto por uma série de vídeos com duração entre 10 a 15 minutos, textos para leitura e discussões no fórum, sendo necessário uma dedicação de 4 a 6 horas de estudo semanais.
Fonte:http://universoracionalista.org/usp-anuncia-curso-de-astrobiologia-pelo-coursera/

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Supertelescópio faz imagem de alta precisão do Sol

  • Nasa
Um potente telescópio de raio-x inicialmente construído para observar galáxias distantes e buracos negros está sendo usado para estudar o Sol.
Uma primeira imagem feita pelo aparelho (na foto) impressionou cientistas, que agora acreditam que ele pode ajudá-los a resolver uma série de questões relativas à física solar.
Colocado em órbita em 2012 pela Nasa, o telescópio Nustar consegue observar regiões distantes do universo ao captar raios-x de alta energia.
Recentemente, por exemplo, ele foi usado para permitir que cientistas medissem a velocidade de rotação de buracos negros.
"No começo eu pensei que essa ideia era uma loucura", diz a investigadora-chefe da missão, Fiona Harrison, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, comentando o uso do Nustar em estudos sobre o Sol.
"Por que usaríamos um dos telescópios de raio-x de alta energia mais sensíveis já construídos para observar algo em nosso próprio quintal?"
Harrisson acabou sendo convencida a mudar o foco do telescópio por David Smith, pesquisador especializado em física solar da Universidade da Califórnia.
"O Nustar nos dará uma visão única do Sol - desde suas partes mais profundas até as altas camadas de sua atmosfera", diz Smith. Segundo ele, isso será possível porque nos raios-X de alta energia que o Nustar consegue captar, o sol não brilha tanto como em outros comprimentos de onda de radiação.
O brilho é o que impede outros telescópios de raio-x, como o Chandra, também da Nasa, de fazerem boas imagens do astro.
Entre os mistérios que os pesquisadores esperam poder solucionar com ajuda do Nustar está a existência - ou não - das nano-emissões solares.
Alguns especialistas acreditam que são essas micro emissões que explicam por que a atmosfera solar é muito mais quente que a superfície do Sol.
Inicialmente, a missão do Nustar estava prevista para terminar em 2014, mas ela foi estendida em dois anos.
Além de observar o Sol, os pesquisadores esperam usar esse tempo extra para continuar estudando os buracos negros e as supernovas - corpos celestes que resultam da explosão de estrelas.

Especial Telescópios: Telescópio Espacial Gigante

Com informações da RAS - 02/01/2015

Especial Telescópios: Telescópio Espacial Gigante
Concepção artística da construção do telescópio Atlast no espaço - o espelho segmentado teria 20 metros de diâmetro.[Imagem: NASA/STScI]
Telescópio Espacial de Tecnologias Avançadas
Enquanto outros pesquisadores pensam em telescópios formados por poeira inteligente, em óptica quântica ou em telescópios sólidos, o professor Martin Barstow, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, acredita que é tudo uma questão de usar a velha e boa tecnologia óptica para construir telescópios maiores.
O Telescópio Espacial Hubble tem encantado os astrônomos e o público há quase 25 anos. Mas o sucessor do Hubble, o telescópio espacial James Webb, que deverá ser lançado em 2018, terá um tempo de vida bem mais curto.
Por isso, o professor Barstow está conclamando os governos e as agências espaciais de todo o mundo para apoiar a construção de um telescópio espacial ainda maior, conhecido como ATLAST - Telescópio Espacial de Grande Abertura com Tecnologias Avançadas, na sigla em inglês.
O Atlast, que seria o sucessor do James Webb, seria um instrumento que daria aos astrônomos uma boa chance de detectar indícios de vida em planetas em torno de outras estrelas.
Montagem espacial
O conceito está atualmente em estudos e desenvolvimento por parceiros nos EUA e na Europa.
O rascunho fala de um telescópio com um espelho de 20 metros de diâmetro, capaz de detectar luz visível e também operar do ultravioleta distante até os confins infravermelhos do espectro.
Isso o tornaria capaz de analisar a luz de planetas do tamanho da Terra em órbita em torno de estrelas próximas, em busca de leituras nos seus espectros de emissão que possam indicar coisas como oxigênio molecular, ozônio, água e metano - todos potencialmente indicadores da presença de vida.

Especial Telescópios

Telescópio Sólido

Telescópio Quântico

Telescópio de Poeira Inteligente

Telescópio Espacial Gigante

O Atlast também seria capaz de ver como as superfícies dos exoplanetas mudam com as estações do ano.
Se o projeto for levado adiante, o ATLAST poderá ser lançado por volta de 2030.
Antes que isso aconteça, porém, existem desafios técnicos a superar, tais como a necessidade de melhorar a sensibilidade dos sensores de luz e aumentar a eficiência dos revestimentos dos espelhos.
Uma das ideias para facilitar a construção de um equipamento tão grande em órbita seria montá-lo no espaço, enviando as peças em vários foguetes. As naves e a estrutura para que isso pudesse ser feito também estão sendo desenvolvidas, entre outros objetivos, para estudar e explorar asteroides