quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Campanha no Facebook pede que governador doe salário





Após o discurso atribuído ao governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), durante um evento no Rio Grande do Norte, uma manifestação contra o governador ganhou força na rede social Facebook. Cid Gomes teria dito que “quem quer dar aula faz isso por gosto e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado. Eles pagam mais? Não. O corporativismo é uma praga”.
A campanha "Cid Gomes, doe o seu salário e governe por amor!" já foi aderida por mais de 19.000 internautas, que dizem querer mostrar "a indignação não só dos profissionais diretamente atingidos pelas palavras do senhor Governador, mas também da sociedade que é dependente do trabalho desempenhado por eles, os professores".
Segundo a assessoria de Cid Gomes, o que o governador teria dito é que quem deseja enriquecer, deve procurar outro setor e não o serviço público e que a mensagem vale para todos os servidores públicos.
Ilegalidade da Greve
Na última sexta-feira (26), o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) determinou a suspensão da greve dos professores da rede estadual. De acordo com a decisão, a categoria deveria retomar às atividades em até 48 horas, sob pena de pagar R$ 10 mil por cada dia de descumprimento.
O Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), entanto, garante que ainda não foram notificados da ilegalidade da greve e devem continuar a paralização pelo menos até a próxima sexta-feira (2), quando ocorrerá nova assembleia da categoria.
Reivindicação dos professores
Em greve desde o dia 05 de agosto, a categoria diz que o governador não cumpre a Lei Federal do Piso e o plano de cargos e carreiras dos professores. O sindicato pede a aplicação do piso para os profissionais de nível médio, graduados e pós-graduados.
"Não estamos em campanha salarial, mas nós estamos lutando, na realidade, pela implantação integral da lei do piso, pela adequação do nosso plano de cargos e carreira e em defesa da nossa carreira do magistério", disse a diretora do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), Josilma Frota.

Não Faz Sentido


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Professores decidem manter greve



Apesar de o Tribunal de Justiça do Ceará ter decretado ilegalidade da greve dos professores da rede pública estadual, a categoria decidiu manter a paralisação pelo menos até a próxima sexta-feira
30.08.201101:30
Professores lotaram o Ginásio Aécio de Borba para a assembleia (EDMAR SOARES)Professores lotaram o Ginásio Aécio de Borba para a assembleia (EDMAR SOARES)

Os discursos inflamados de representantes de professores de todas as regiões do Estado, incluindo a Capital, já antecipavam a decisão que seria tomada pela categoria, ontem, em Assembleia Geral, no Ginásio Aécio de Borba. Em resposta ao pedido de ilegalidade da greve por parte do governador Cid Gomes (PSB), decretada na última sexta-feira pelo desembargador Emanuel Leite Albuquerque, os professores optaram por continuar a paralisação, que já dura 25 dias.


“Nós temos todo o interesse na negociação, mas ela foi interrompida pelo pedido e decretação da ilegalidade da greve. O governador poderia ter protelado o pedido. Nos sentimos traídos”, justificou o presidente do Sindicatos dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), Anízio Melo, aos cerca de 5 mil professores de 60 municípios que lotavam o Ginásio.

Segundo a assessoria jurídica do Sindicato, a Apeoc ainda não foi notificada oficialmente da decisão do desembargador, mas garantiu que vai recorrer assim que for intimada. Depois da notificação, os professores têm até 48 horas para voltar às atividades, sob pena de pagarem multa de R$ 10 mil para cada dia de descumprimento da decisão.

Decisão
Além de considerar que o Sindicato não cumpriu dispositivos da Lei de Greve, o desembargador também alega que a paralisação causa prejuízos a “milhares de jovens” e põe em risco a “saúde e sobrevivência dos estudantes, que, como se sabe, dependem das refeições escolares para suas nutrições”.

De acordo com o advogado do Sindicato, Ítalo Bezerra, os professores não foram ouvidos pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE). “Não nos foi dada a oportunidade de nos defendermos”, reclamou Bezerra.

O POVO entrou em contato com a assessoria de imprensa do Governo do Estado, mas não recebeu retorno até o fechamento desta edição.

SERVIÇO 

Nova Assembleia Geral dos Professores
Dia: 2 de setembro (sexta-feira) 
Horário: 15 horas
Local: Ginásio Aécio de Borba (ao lado do Estádio Presidente Vargas) 


Investir em estádios e não em educação é 'corrupção de prioridades'


Investir em estádios e não em educação é 'corrupção de prioridades'

29.08.201119:02
senador Cristovam Buarque (PDT-DF) cobrou nesta segunda-feira, 29, mais atenção do governo à área de educação. O senador criticou o desconhecimento, por parte do Ministério da Educação, do número de crianças que estão sem aulas em razão de greves por todo o Brasil e lamentou que o governo priorize áreas como o incentivo à indústria automobilística e a infraestrutura para a eventos esportivos, prática que definiu como "corrupção de prioridades".

- Quero dar aqui uma sugestão aos professores em greve: vão para a frente de cada estádio da Copa e coloquem uma faixa bem grande: este prédio é um exemplo de corrupção nas prioridades - sugeriu o senador, que considera que o dinheiro está sendo aplicado no benefício dos turistas, em detrimento dos brasileiros.

Cristovam afirmou que apesar de avanços, como o piso nacional para professores, e a merenda escolar, o governo não está "fazendo seu dever de casa" com relação à educação. Para ele, a situação ruim da educação no país é resultado de muitos anos de falta de compromisso, que continua.

- A fatura virá. A fatura chegará mais grave do que ela está sendo apresentada a nós de hoje porque no passado não se fez o dever de casa.

O senador afirmou ter entregue à presidente da República, Dilma Rousseff, um plano para revolucionar a educação brasileira O plano, segundo Cristovam, consiste essencialmente na federalização de todas as escolas do país. O senador lembrou que, na média, as escolas públicas federais estão em melhor situação que as particulares.

- Daqui a algumas décadas, duas, no máximo, todas as escolas do país seriam federais - sugeriu.

Além da federalização das escolas, o plano prevê atividades em horário integral nas escolas e salários de R$ 9 mil para professores, que teriam, no entanto que cumprir horário integral e passar por avaliação anual de desempenho.


Enquanto isso aqui em nosso estado ...

Professor deve trabalhar por amor, não por dinheiro, diz Cid

Governador do Ceará critica professores da rede estadual, em greve há 24 dias, e diz que quem quer dinheiro deve procurar outra atividade

Daniel Aderaldo, iG Ceará 29/08/2011 21:07

Texto:

Foto: Agência EstadoAmpliar
Cid Gomes (PSB), governador do Ceará
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), mandou um recado nesta segunda-feira (29) para os professores da rede estadual de ensino em greve há 24 dias - eles querem aumento de salário. Para ele, quem desenvolve atividade pública deve colocar o amor pelo que faz na frente do retorno financeiro. “Quem entra em atividade pública deve entrar por amor, não por dinheiro”, disse o governador.
A afirmação já havia sido atribuída a Cid Gomes por professores que participaram de uma negociação pelo fim da greve. Há uma semana o governador teria dito. “Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado".

Quem está atrás de riqueza, de dinheiro, deve procurar outro setor e não a vida pública"
A imprensa pediu um “tira-teima” e Cid disse praticamente a mesma coisa, mas de uma forma mais branda.
“Isso é uma opinião minha que governador, prefeito, presidente, deputado, senador, vereador, médico, professor e policial devem entrar, ter como motivação para entrar na vida pública, amor e espírito público”, declarou. "Quem está atrás de riqueza, de dinheiro, deve procurar outro setor e não a vida pública”, completou.
O Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc) diz que o governo do Ceará não cumpre a Lei Federal do Piso e o plano de cargos e carreiras dos professores. A categoria quer a aplicação do piso para os profissionais de nível médio, graduados e pós-graduados.

 
 Ele abriu mão de seu salário, pois os políticos fazem seu trabalho por amor, por isso no Brasil não existe corrupção, e um deputado custa a nós que pagamos impostos mais de 100 mil reais mensais, não queremos riqueza mais condições para uma vida digna, pois apesar de todo o meu amor pela educação ele não paga minhas contas, somos simplesmente pessoas com necessidades comuns, portanto não posso abrir mão do meu salário. 


E nossa resposta!!!!