terça-feira, 31 de março de 2015

EFC 2015

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP) tem o prazer de anunciar que a Escola de Física Contemporânea (EFC) será realizada em suas dependências entre os dias 12 e 18 de Julho de 2015. A EFC é uma atividade de extensão que ocorre anualmente e tem como público alvo alunos talentosos do ensino médio que apresentam interesse particular pela área de Física.

As pré-inscrições poderão ser feitas exclusivamente através deste site http://www.ifsc.usp.br/efc/2015/ a partir do dia 09/03/2015 e se encerram no dia 08/05/2015. Os alunos selecionados para participar da escola serão informados até o dia 05/06/2015 e terão a oportunidade de assistir a aulas ministradas por professores da USP, de conviver com cientistas de um dos maiores centros de pesquisa multidisciplinar da América Latina, de visitar laboratórios de pesquisa do mais alto nível e de conhecer indústrias de tecnologia de ponta que nasceram dentro dos laboratórios de pesquisa do IFSC.

Se você se enquadra em nosso público alvo, não deixe de se inscrever para concorrer a uma vaga. 

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Disponível em:http://www.ifsc.usp.br/efc/2015/

segunda-feira, 30 de março de 2015

Rússia e EUA fazem acordo sobre estação espacial e Marte

Com informações da Agência Brasil - 30/03/2015

A Rússia e os Estados Unidos pretendem criar, em conjunto, uma nova estação espacial a partir de 2024.
"A Roscosmos e a Nasa [agência espacial dos Estados Unidos] vão trabalhar em conjunto no programa da futura estação orbital, um projeto aberto a todos os países que pretendam juntar esforços", disse Igor Komarov, chefe da Roscosmos, a agência espacial russa.
As duas agências espaciais concordaram em prolongar até 2024 o serviço da atual Estação Espacial Internacional.
A Rússia e os Estados Unidos também concordaram em unificar as normas técnicas dos sistemas de acoplagem das suas naves espaciais.
Já o administrador da Nasa, Charles Bolden, anunciou que a Rússia e os Estados Unidos pretendem criar um roteiro de programas de voo a Marte.
Bolden não detalhou se haverá uma missão tripulada única.
Recentemente a Nasa anunciou um projeto de captura de um pedaço de asteroide que servirá também como programa de treinamento para uma missão tripulada a Marte.
Aparentemente, o vigoroso programa espacial chinês fez com que as duas agências se juntassem para que não sejam deixadas para trás na nova "corrida planetária" que se avizinha

Fonte: Inovação Tecnológioca

NASA estuda envio de submarino a lua de Saturno

Com informações da BBC - 25/03/2015

Pousar uma sonda na superfície de um cometa foi indiscutivelmente uma das mais audaciosas conquistas espaciais dos últimos tempos.
Mas uma missão que está sendo estudada pela Nasa pode desbancar esse feito.
A proposta prevê o envio de um submarino robô aos mares oleosos de Titã, uma lua de Saturno onde alguns cientistas acreditam poder existir um tipo de vida diferente da que conhecemos aqui na Terra.
Os mares de Titã não são formados por água, mas por hidrocarbonetos, parentes do petróleo, como metano e etano, que permanecem em estado líquido na lua, onde a média de temperatura é de -180 ºC.
Embora tenha sido recentemente considerada uma das cinco missões espaciais que todos gostariam de ver, a proposta está nos estágios iniciais, financiada pelo NIAC (sigla em inglês para Conceitos Inovadores e Avançados da Nasa), no qual cientistas são incentivados a pensar no futuro, sem se importar ainda com os detalhes técnicos necessários para viabilizar a missão.
"Isto é muito libertador. Você pode deixar sua imaginação correr solta," disse Ralph Lorenz, coordenador do projeto, dizendo acreditar "a missão é possível com os recursos, tempo e tecnologia certos".
Submarino espacial
Submarinos não tripulados, conhecidos genericamente como UUVs (unmanned underwater vehicle), são usados amplamente para exploração petrolífera e monitoramento ambiental. Assim, tecnologias já existentes poderiam ser adaptadas para a missão.
Um dos aspectos mais impressionantes da proposta é uma ideia de levar o submarino a Titã usando uma versão da mininave espacial militar X-37B.
O submarino seria levado na área de carga da nave não tripulada e poderia ser lançado nos mares de Titã de duas formas possíveis.
Em uma delas, o X-37B poderia abrir as portas de sua área de carga ainda em voo e liberar o submarino robô. O aparelho então abriria um pára-quedas para pousar na superfície do mar.
A alternativa seria a nave pousar na superfície do mar e então abrir seu compartimento de carga, liberando o submarino antes de afundar.
NASA estuda envio de submarino a lua de Saturno
Uma boia poderia servir como estação retransmissora das informações coletadas pelo submarino. [Imagem: NASA]
Time melhorada
A lua Titã tem semelhanças com Terra, porém em uma versão congelada, o que a torna um alvo atrativo para exploração. Ela já foi visitada pela sonda Huygens, que atingiu a superfície em 2005.
Uma missão chamada TiME (Titan Mare Explorer), na qual Ralph Lorenz esteve envolvido, deveria ter retornado à lua com uma sonda flutuante que pousaria no mar para recolher dados.
A TiME foi um dos três projetos finalistas em um processo de escolha de missão espacial de baixo custo da Nasa, mas perdeu para o projeto InSight, uma sonda que irá estudar o interior de Marte, com lançamento previsto para o ano que vem.
O novo conceito de missão para Titã combina os objetivos científicos da TiME com outros que se tornariam possíveis graças ao uso do submarino.
"Você poderia fazer tudo que uma missão como a TiME poderia ter feito, particularmente no litoral, com medições de tempo e composição da superfície, medição das ondas," disse Ralph Lorenz. "Mas ela também possibilitaria fazer um mapeamento detalhado do fundo do mar, onde está guardado um registro rico da história do clima de Titã."
O estudo não identificou quais instrumentos seriam carregados pelo submarino. Mas um sonar, uma câmera e um sistema para coletar amostras do fundo do mar são candidatos óbvios.
Prazo ou preço
As comunicações também terão uma importância vital. O polo norte de Titã tem que estar apontado para a terra para que as comunicações sejam feitas de forma direta. Porém, esse alinhamento só voltará a acontecer no ano de 2040.
Para realizar a missão antes disso, uma outra espaçonave poderia ficar orbitando Titã para receber os dados do submarino e repassá-los à Terra. Isso possibilitaria o lançamento da missão a qualquer momento, mas também aumentaria consideravelmente seus custos.
A fonte de energia para as espaçonaves também é um problema crucial. Missões espaciais que ocorrem além do cinturão de asteroides estão longe demais para usar a energia solar. Elas precisam usar combustível nuclear baseado em plutônio.


Fonte: Inovação Tecnológica

Valorização da Educação


Os políticos brasileiros , fazem nos passar por situações que chega a ser ridículas, enquanto o governo federal se intitula de " pátria educadora", os professores tem um piso salarial que chega ser a metade do que ganha uma babá.

http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2015/03/30/noticiasjornalopiniao,3414989/baba-ou-professora-dilema-cruel.shtml#.VRkgi_7W4No.facebook

Como se não bastasse uma grande quantidade, de prefeituras ainda questiona o pagamento do piso ou o utiliza como sendo o teto e não cria um plano de cargos e carreiras para a categoria, sendo que o piso para professores que atualmente é de R$: 1917,78 que deveria ser o valor mínimo a ser pago para professores que tenham apenas o ensino médio , é usado como referência para professor com graduação completa contrariando o que diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira.

O problema do piso dos professores acaba gerando um problema que chega a ser cruel não só com os professores da educação básica, mas principalmente com nossas crianças que acabam recebendo, logo nos seus primeiros contatos com a escola, mestres sem motivação e formação adequada, o que faz com que a maioria delas se desestimularem ou até mesmo abandonem as salas de aula.

Muitos prefeitos, para burlar a lei cria o cargo de "auxiliar de classe" e aproveitando-se da falta de oportunidade e de emprego de sua região coloca esses "auxiliar de classe" como professores regentes, mas nesse caso sem a necessidade de pagar o piso. Infelizmente na maioria das vezes eles ganham entre 300 e 400 reais ou seja com esse valor esses prefeitos mostram o quanto valorizam a educação de seu município, provavelmente por que seus filhos vão estudar em escolas particulares, então não há necessidade de ter bons profissionais e muito menos de fazer com que a educação funcione pois assim torna-se muito mais fácil para eles continuarem manipulado o povo, e sendo eleitos por uma população alienada de sua realidade.

Por: Alex Farias

Babá ou professora? Dilema cruel

MAGISTÉRIO

O piso salarial do magistério foi reajustado em 13,01% em janeiro, conforme determina o artigo 5º da lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. O vencimento inicial dos profissionais do magistério público da educação básica, com formação de nível médio modalidade normal, com jornada de 40 horas semanais, em 2015 é de R$ 1.917,78. O piso foi criado em cumprimento ao que estabelece a Constituição Federal. Levantamento do mês corrente da Consultora Catho do salário médio nacional de várias categorias profissionais (publicado no O POVO do dia 15/3) revela que uma babá, com remuneração de R$ 3.500,00 percebe quase o dobro de um professor (aliás, professora, pois 82% dos mestres no ensino fundamental são do sexo feminino), com salário de R$ 1.800. Muito mais do que o dobro, pois geralmente tem alimentação e transportes pagos por fora. No final do gráfico da Catho estão os garis, com salário de R$ 1.500,00, um pouco abaixo dos salários pagos aos professores.

Enquanto nossos filhos são formados por uma categoria muitíssimo mal remunerada, o mesmo professor de ensino fundamental percebe US$ 18 mil anuais no Chile (R$5.250, mensais), US$ 29mil (R$ 8.502) em Portugal, US$ 36mil nos Estados Unidos (R$ 10.500), na Alemanha US$ 50 mil (R$ 14.585) e, na média da OCDE, US$ 29 mil ou o correspondente a R$ 8.578! E em todos esses países o ensino fundamental é de muito melhor qualidade que o brasileiro. Pelo simples fato de, nesses países, ser professor atrai uma parcela significativa de jovens de alta escolaridade.

Esses dados servem para desmitificar o argumento usado pelos planejadores educacionais de que o salário do professor não é o problema principal do ensino fundamental e, sim, a gestão do sistema municipal de educação. O baixíssimo salário de nossos professores é o principal problema de nosso sistema educacional, sim! Esconder esta cruel realidade é um crime de lesa pátria. Elevar os salários de nossos mestres pelo menos ao nível médio da OCDE deve ser prioridade urgente. Assim como a federalização do ensino fundamental, livrando-o da má gestão de prefeito corrupto, com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2013, de autoria do senador Cristóvão Buarque que responsabiliza a União pelo financiamento da educação básica pública.

“Escola é professor, o resto é acessório” diz com muita propriedade o educador Ariosto Holanda. Este País somente será desenvolvido, em futuro que almejo ainda distante (uma geração), quando aluno do ensino médio com excelente desempenho acadêmico escolher fazer vestibular para as licenciaturas da Uece, motivado pelos salários altos que o professor então perceberá. A permanecer o quadro atual fica o dilema cruel: ser babá ou ser professora?

Antônio Vasques
antoniocvasques@gmail.com
Doutor em Educação

Disponível em: http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2015/03/30/noticiasjornalopiniao,3414989/baba-ou-professora-dilema-cruel.shtml#.VRkgi_7W4No.facebook

terça-feira, 24 de março de 2015

Cruzador estratosférico dispensa aeroportos

Com informações da Universidade de Lincoln - 24/03/2015
Dirigível cruzador estratosférico
As proporções do dirigível cruzador seriam imensas - observe que carga e passageiros ficam dentro das seções em azul. [Imagem: MAAT Project/Divulgação]

Dirigível estratosférico
Uma equipe reunindo engenheiros de oito países europeus acredita que os dirigíveis podem ser a "resposta verde" para o crescimento futuro da aviação.
Eles concluíram um trabalho de três anos sobre aeronaves de passageiros estratosféricas como parte de um projeto de engenharia financiado pela União Europeia para desenvolver uma futura rede de transporte aéreo sustentável.
O projeto MAAT (Aeronave de Transporte Multicorpos Avançada, em tradução literal) chegou à conclusão de que a melhor opção é um cruzador que possa viajar por todo o mundo em rotas predeterminadas na estratosfera.
Dirigíveis menores, que transportam pessoas e mercadorias, atracam-se e desconectam-se do cruzador sem que ele precise parar, funcionando como elo de ligação entre a superfície e a aeronave principal.
Dirigível cruzador estratosférico
A equipe criou vários conceitos diferentes para o dirigível. [Imagem: MAAT Project/Divulgação]
Cruzador
"Embora o conceito de um cruzador para dirigíveis não seja inteiramente nova, a escala e a altitude operacional propostas para o MAAT não têm precedentes," disse Tim Smith, da Universidade de Lincoln, no Reino Unido, um dos membros da equipe.
"A operação é baseada em uma gigantesca nave cruzadora voando em altitudes de cerca de 15 km, em velocidades de até 200 km/h por períodos prolongados, em rotas pan-europeias ao longo das quais existam pontos de troca, onde aeronaves 'alimentadoras' do tipo VTOL [pouso e decolagem verticais] operam a partir de estações terrestres de conexão, encaixando-se com o cruzador para troca de passageiros e de carga. O conceito subjacente é ter vários alimentadores de encaixe com o cruzador," descreveu Smith.
A equipe não defende que o MAAT (e outros conceitos de dirigível) deva substituir os aviões convencionais ou outras formas de transporte, mas podem fornecer uma alternativa muito necessária, que não exija grandes investimentos em infraestrutura típicos de novos aeroportos, ferrovias e rodovias.
Dirigível cruzador estratosférico
A equipe concluiu que o dirigível cruzador está no ponto ideal entre velocidade e custo operacional, melhor que todos os meios de transporte atuais. [Imagem: MAAT Project/Divulgação]
Energia solar dia e noite
A principal fonte de energia para o MAAT são painéis fotovoltaicos montados na superfície superior do dirigível, fornecendo energia elétrica suficiente para a operação normal durante o dia e para o armazenamento para o funcionamento noturno.
A equipe projetou os sistemas de energia necessários para isso, com base na tecnologia disponível, e apresentou várias opções de design que podem ser adotadas para os dirigíveis, concentrando-se principalmente sobre as questões de operação diurna/noturna e seu impacto sobre os sistemas de armazenamento de energia a bordo.
Segundo os cálculos da equipe, o MAAT teria custos operacionais menores do que qualquer outro sistema de transporte atual, uma vez que não necessita de abastecimento de combustível, dispensa pistas de pouso e decolagem, podendo ir diretamente a terminais de passageiros e carga, e as decolagens verticais reduzem os prazos de chegada. Além disso, as operações de pouso e decolagem totalmente silenciosas permitiriam uma operação 24 horas mesmo em pontos de troca dentro das cidades.
Bibliografia:

Energy harvesting and power network architectures for the multibody advanced airship for transport high altitude cruiser-feeder airship concept
Tim Smith, Chris Bingham, Paul Stewart, Rich Allarton, Jill Stewart
Journal of Aerospace Engineering
Vol.: Published online before print
DOI: 10.1177/0954410012469319

Disponível em : Inovação Tecnológica

terça-feira, 17 de março de 2015

Vida como não conhecemos pode existir em lua de Saturno

Com informações da Universidade de Cornell - 13/03/2015

Vida como não a conhecemos pode existir em lua de Saturno
Representação de um azotossoma, com 9 nanômetros - aproximadamente do tamanho de um vírus - com um pedaço de membrana cortada para mostrar o interior oco. [Imagem: James Stevenson]
Vidas desconhecidas
"A vida como nós a conhecemos" é o jargão mais utilizado quando se trata de procurar sinais de vida em exoplanetas e exoluas - afinal, será mais fácil detectar algo similar ao que já conhecemos, ainda que não conheçamos todas as formas de vida do nosso próprio planeta.
De qualquer forma, os astrônomos têm procurado por vida extraterrestre naquilo que é conhecido como zona habitável das estrelas, a estreita faixa de temperatura em torno de cada estrela na qual pode existir água líquida.
Mas, e se as células de alguma forma de vida extraterrestre não forem baseadas em água? Digamos, talvez, que fosse uma vida baseada em metano, que tem um ponto de congelamento muito menor?
Mais especificamente, apenas para dirigir melhor os esforços, e se fosse uma vida nativa de Titã, a lua gigante de Saturno?
Titã é coberta por mares não de água, mas de metano líquido. Assim, a lua poderia abrigar células à base de metano, que não dependam de oxigênio para metabolizar, reproduzir e fazer tudo que a vida na Terra faz - essencialmente, uma vida como nós não conhecemos.
Projetando uma nova vida
Em 1962, o escritor de ficção científica Isaac Asimov escreveu sobre um conceito de vida não baseada em água, intitulado Not as We Know It (Não como a conhecemos, em tradução literal).
James Stevenson e seus colegas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, inspiraram-se em Asimov para verificar a possibilidade da existência real de uma membrana celular formada por pequenas moléculas orgânicas que fosse capaz de funcionar nas temperaturas muito abaixo de zero típicas do metano líquido em Titã.
"Nós não somos biólogos e nós não somos astrônomos, mas tínhamos as ferramentas certas," disse a professora Paulette Clancy, que é química. "Talvez tenha ajudado, porque não começamos com qualquer preconceito sobre o que deve haver em uma membrana e o que não deve. Nós simplesmente trabalhamos com os compostos que sabíamos estar lá [em Titã] e nos perguntamos: 'Se esta fosse sua paleta, o que você poderia fazer com ela?'".
Na Terra, a vida é baseada em uma membrana fosfolipídica de duas camadas, a vesícula permeável, forte e à base de água que abriga a matéria orgânica de cada célula - uma vesícula feita com essa membrana é chamada de lipossoma.
Vida como não a conhecemos pode existir em lua de Saturno
O elemento-chave dessa forma projetada de vida é a acrilonitrila, um composto venenoso para o ser humano, mas usado para fabricar resinas e plásticos. [Imagem: James Stevenson et al. - 10.1126/sciadv.1400067]
Azotossoma
A equipe projetou então seu azotossoma.
"Azoto" é a palavra francesa para o nitrogênio. Lipossoma vem do grego "lipos" (lipídio, ou gordura) e "soma" (corpo). Por analogia, "azotossoma" significa "corpo de nitrogênio".
O azotossoma é feito de moléculas de nitrogênio, carbono e hidrogênio que se sabe existirem nos mares criogênicos de Titã, e revelou a mesma estabilidade e flexibilidade do lipossoma terrestre.
O elemento-chave dessa forma projetada de vida é a acrilonitrila, um composto de metano estável, resistente à decomposição e com uma flexibilidade semelhante à das membranas fosfolipídicas da Terra. A acrilonitrila, que está presente na atmosfera de Titã, é um composto venenoso e incolor utilizado na fabricação de fibras acrílicas, resinas e termoplásticos.
A equipe afirma que o próximo passo é tentar demonstrar como essas células se comportariam no ambiente de metano.
Ou, quem sabe, dotar o submarino robótico que a NASA está pensando em enviar à lua de Saturno para procurar sinais dessa "vida como nós já imaginamos".
Novas formas de vida no espaço
Veja outras reportagens em que pesquisadores tentam prever novas formas de vida que poderemos encontrar no espaço:
Bibliografia:

Membrane alternatives in worlds without oxygen: Creation of an azotosome
James Stevenson, Jonathan Lunine, Paulette Clancy
Science Advances
Vol.: 1 no. 1 e1400067
DOI: 10.1126/sciadv.1400067
Fonte: Inovação Tecnológica

Brasileira descobre material "além da nossa imaginação" Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/03/2015

Cálice sagrado dos materiais vai
[Imagem: W. Beugeling et al. - 10.1038/ncomms7316]
Cálice sagrado dos materiais
Uma pesquisadora brasileira, atualmente professora da Universidade de Utrecht, na Holanda, está por trás daquela que pode ser uma das maiores descobertas recentes no campo da ciência dos materiais.
Cristiane Morais Smith e seus colegas projetaram um material que combina as propriedades eletrônicas excepcionais do grafeno com as exatas capacidades que faltam ao grafeno em temperatura ambiente e que poderiam permitir seu uso em uma nova geração de equipamentos eletrônicos.
"Se conseguirmos sintetizar esse 'cálice sagrado' dos materiais e ele apresentar as propriedades calculadas teoricamente, vai-se abrir um novo campo de pesquisas e aplicações muito além da nossa imaginação," disse Cristiane.
Melhor que grafeno
grafeno, que já dispensa apresentações, é uma forma de carbono na qual os átomos são conectados em uma estrutura parecida com favos de mel.
Esse novo "cálice sagrado" dos materiais tem a mesma estrutura, mas é formado por nanocristais de mercúrio e telúrio - tecnicamente ele é um telurato de mercúrio.
Os cálculos da equipe mostram que esse material tem as propriedades eletrônicas do grafeno, mas é um semicondutor a temperatura ambiente, o que permite que ele seja usado como um transístor - justamente a grande dificuldade para que a tecnologia atual usufrua dos muitos benefícios do grafeno.
Mais do que isso, o novo material preenche todos os requisitos necessários para aspintrônica, que une processamento e memória no mesmo componente, porque ele apresenta o efeito chamado "Hall de spin" a temperatura ambiente. Esse efeito está sendo usado, em temperaturas ainda muito baixas, tanto em spintrônica, quanto em computação quântica. O grafeno não apresenta o efeito Hall de spin nem mesmo em temperaturas criogênicas.
A expectativa da equipe é que os experimentalistas agora consigam seguir sua receita e sintetizar o novo telurato de mercúrio para que suas propriedades possam ser aferidas na prática.
Bibliografia:

Topological states in multi-orbital ?HgTe honeycomb lattices
W. Beugeling, E. Kalesaki, C. Delerue, Y.-M. Niquet, D. Vanmaekelbergh, C. Morais Smith
Nature Communications
Vol.: 6, Article number: 6316
DOI: 10.1038/ncomms7316
Fonte: Inovação Tecnológica

quinta-feira, 12 de março de 2015

Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica


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O que é: Olimpíada de astronomia para estudantes brasileiros de todas as séries e todos os tipos de escola.
Quem organiza: Sociedade Astronômica Brasileira (SAB)
Coordenador: João Batista Garcia Canalle (Uerj, RJ)
Vice-coordenador: Jaime Fernando Villas da Rocha (Uni-Rio, RJ)
Ano de Fundação: 1998
 N° de Participantes: 801.000 (2011)
Quem participa: Aberta; alunos de todas as escolas do Brasil.
Níveis: quatro
  • Nivel 1: 1° a 3° ano EF
  • Nível 2: 4° a 5° ano EF
  • Nível 3: 6° a 9° ano EF
  • Nível 4: 1° a 3° ano EM
Formato: Fase única (Maio, na própria escola). Dez questões dissertativas, sendo 7 de Astronomia e 3 de Astronáutica.
Prêmios:
Certificados para todos os participantes
Medalhas de ouro,  prata e bronze (~33.000)
Vagas para a Jornada Espacial, Jornada de Foguetes e Space Camp
Vagas para a Seletiva para a IOAA e OLAA 
Como se Inscrever:
Sua escola precisa se cadastrar. Para conferir se sua escola já é cadastrada, clique aqui. Para sua escola se cadastrar, clique aqui.
Como se Preparar:
Ver nossa seção específica, Estudo Astronomia. Conferir também as provas anteriores da OBA.
Programa: 

Nível 1

  • Astronomia: Terra: forma, atmosfera, rotação,  pólos, equador, pontos cardeais, dia e noite. Lua: fases da Lua, mês e eclipses. Sol: translação da Terra, ano, estações do ano. Objetos do Sistema Solar. Constelações e reconhecimento do céu.
  • Astronáutica: A Missão Centenário (viagem ao espaço, em março de 2006 , do Ten. Cel. Av. Marcos Pontes). Aviões, Foguetes e Satélites: O que são e para que servem? A atmosfera e sua importância para a manutenção da vida na Terra. A Exploração do Sistema Solar por meio de Sondas Espaciais (ex. Voyager). O homem na Lua. Os satélites brasileiros (SCD e CBERS). Os foguetes brasileiros (foguetes de sondagem e o Veículo Lançador de Satélites-VLS).
  • Energia: Educação Ambiental, Conservação dos Recursos Naturais e da Energia, Cultura do “Saber Cuidar” e do “Não Desperdício”, Formas e Fontes de Energia, Cuidados com a Energia, Dicas de Conservação de Energia e Água, Prática dos 3 R: Reduzir, Reutilizar, Reciclar.

Nível 2

  • Astronomia: Terra: origem, estrutura interna, forma, alterações na superfície, marés, atmosfera, rotação, pólos, equador, pontos cardeais, bússola, dia e noite, horas e fusos horários. Lua: fases da Lua, mês e eclipses. Sol: translação da Terra, eclíptica, ano, estações do ano. Objetos do Sistema Solar, galáxias, estrelas, ano-luz, origem do Universo e história da Astronomia. Constelações e reconhecimento do céu.
  • Astronáutica: A Missão Centenário (viagem ao espaço, em março de 2006 , do Ten. Cel. Av. Marcos Pontes).   Aviões, Foguetes e Satélites: O que são e para que servem? A atmosfera e sua importância para a manutenção da vida na Terra. A Exploração do Sistema Solar por meio de Sondas Espaciais (ex. Voyager). Os satélites brasileiros (SCD e CBERS). Os foguetes brasileiros (foguetes de sondagem e o Veículo Lançador de Satélites-VLS). Os satélites meteorológicos e de sensoriamento remoto e suas aplicações. A Estação Espacial Internacional (ISS). O Telescópio Hubble. As instituições brasileiras voltadas ao desenvolvimento das atividades espaciais (AEB, CTA, IAE, INPE e ITA).
  • Energia: Educação Ambiental, Conservação dos Recursos Naturais e da Energia, Cultura do “Saber Cuidar” e do “Não Desperdício”, Formas e Fontes de Energia, Energia Elétrica, Caminhos da Energia Elétrica, Cuidados com a Energia, Consumo de aparelhos eletrodomésticos e de água, Dicas de Conservação de Energia e Água, Prática dos 3 R: Reduzir, Reutilizar, Reciclar.

Nível 3

  • Astronomia: Além dos conteúdos do nível 2: Terra: rotação, pontos cardeais, coordenadas geográficas, estações do ano, marés, solstício, equinócio, zonas térmicas, horário de verão.  Sistema Solar: descrição, origem, Terra como planeta. Corpos celestes: planetas, satélites, asteróides, cometas, estrelas, galáxias. Origem e desenvolvimento da Astronomia. Conquista do espaço. Origem do Universo. Fenômenos físicos e químicos: elementos químicos e origem. Gravitação: força gravitacional e peso. Unidade Astronômica, ano-luz, mês-luz, dia-luz e segundo-luz. Constelações e reconhecimento do céu.
  • Astronáutica: Além dos conteúdos do nível 2: A Exploração de Marte. Por que o Brasil deve possuir um Programa Espacial? O efeito estufa e o buraco na camada de ozônio. O corpo humano no espaço. Os foguetes Saturno, Ariane, Soyuz e Próton.  Os ônibus espaciais.
  • Energia: Educação Ambiental, Conservação dos Recursos Naturais e da Energia, Cultura do “Saber Cuidar” e do “Não Desperdício”. Formas e Fontes de Energia, Energia Elétrica, Formas de Geração de Energia Elétrica, Caminhos da Energia Elétrica (Geração, Transmissão e Distribuição), Considerações técnicas sobre a energia (tensão, corrente, potência de aparelhos e equipamentos), Cuidados com a Energia, Consumo de aparelhos eletrodomésticos, Leitura do medidor de consumo residencial, Dicas de Conservação de Energia e Água e Prática dos 3 R: Reduzir, Reutilizar, Reciclar.

Nível 4

  • Astronomia: Além dos conteúdos do nível 3: Lei da Gravitação universal, leis de Kepler, lei de Hubble, história da Astronomia, espectro eletromagnético, ondas, comprimento de onda, freqüência, velocidade de propagação, efeito Doppler, calor, magnetismo, campo magnético da Terra, manchas solares, evolução estelar, estágios finais da evolução estelar (buracos negros, pulsares, anãs brancas), origem do sistema solar e do universo. Constelações e reconhecimento do céu.
  • Astronáutica: Além dos conteúdos do nível 3: A Corrida Espacial e a Guerra Fria. Como os astronautas se comunicam no espaço. Quais velocidades atingem os veículos espaciais (foguete e satélite)? Velocidade de escape. Tipos de órbita de um satélite (circular, elíptica, polar, geoestacionária). O campo gravitacional terrestre. Como manter e controlar um satélite em órbita. Por que os corpos queimam ao entrar na atmosfera terrestre? Quanto da massa total de um foguete é combustível? Quais são os combustíveis utilizados nos foguetes e nos satélites? O uso de satélites meteorológicos e de sensoriamento remoto.
  • Energia: Educação Ambiental, Sustentabilidade (social, ambiental e econômica), Cidadania e Responsabilidade Sócio-Ambiental. Formas e Fontes de Energia, Energia Elétrica, Formas de Geração de Energia Elétrica, Caminhos da Energia Elétrica (Geração, Transmissão e Distribuição), Considerações técnicas sobre a energia (tensão, corrente, potência), Cuidados com a Energia, Cálculo do Consumo Residencial, Selo Procel, Equipamentos eficientes em energia e água, Leitura do medidor de consumo residencial, Dicas de Conservação de Energia e Água e Prática dos 3 R: Reduzir, Reutilizar, Reciclar.

Relatórios e notas de corte

A OBA guarda um histórico de todas as competições. Eles contém informações sobre as notas de corte das provas, número de participantes, distribuição geográfica dos participantes, distribuição das notas, fotos das equipes que representaram o Brasil na internacional.  Se você quer saber alguma informação mas específica sobre a competição de determinado ano, confira neste link: Relatórios e notas de corte da OBA

quarta-feira, 11 de março de 2015

Ilusões de Optica

Sabemos que o cérebro humano desenvolveu táticas incríveis para que pudéssemos compreender da melhor maneira possível o mundo à nossa volta. Mas existem algumas coisas que são capazes de fazer ele fritar!
 O termo ilusão de ótica se refere a imagens que mostram muito mais do que apenas o que você está vendo, e algumas são feitas com o objetivo exclusivo de enganar seus olhos. Assim, muitas imagens chegam a perturbar os neurônios. Será que o que você está vendo é realmente o que parece ser?

1 – Estes quadrados são da mesma cor. Cubra com o dedo a parte que separa os dois e certifique-se!

A ilusão Cornsweet explora a inibição lateral do cérebro, que cria mais contraste entre os dois objetos quando eles têm diferentes bordas coloridas
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2 – Fixe os olhos na imagem e você verá um rosto familiar

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3 – Olhe fixamente para o nariz da moça por 10 segundos. Em seguida, pisque rapidamente enquanto olha para uma superfície clara. O rosto dela aparecerá colorido.

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4 – Esses carros parecem ter tamanhos diferentes. Mas acredite, eles têm tamanhos idênticos

A ilusão de Ponzo funciona porque nosso cérebro julga o tamanho de um objeto se baseando na distância percebida. O terceiro carro parece mais longe, e consequentemente parece muito maior.
ilusão-ótica-4
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5 – Esses pontos parecem mudar de cor e orbitar no centro. Mas, foque em um ponto só e você descobrirá que não há mudança nenhuma de cor ou rotação.

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6 – Do mesmo modo, encare a marcação no centro da imagem e tente ver o espaço em branco

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7 – Esse parque em Paris parece um grande globo

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Mas não é como parece ser
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8 – Qual círculo laranja é maior?

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Tem certeza?
A ilusão de Ebbinghaus explora a nossa percepção de tamanho relativo. Quando um objeto é cercado por objetos maiores, este parece ser bem menor do que realmente é.
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9 – Encare o pontinho amarelo e aproxime o rosto da tela. Você verá o circulo rosa girar.

A ilusão Pinna-Brelstaff ocorre devido a falhas na visão periférica.
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10 – Você não vai acreditar, mas os quadrados “A” e “B” possuem o mesmo tom de cinza

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Não acreditou, né? Então vamos checar:
O cérebros ajusta automaticamente a cor com base nas sombras. O “B” está na sombra do cilindro verde, e ainda que seja da mesma cor que o “A”, o cérebro acredita que o quadrado “B” tem um tom mais claro de cinza
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11 – Olhe para esse gif que está girando por 30 segundos, e depois olhe a foto que está abaixo dela

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12 – A ilusão da Sala de Ames faz você acreditar que uma pessoa é gigante, enquanto a outra é minúscula… Mas não é bem assim.

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13 – Qual deles está indo mais rápido?

A resposta é: nenhum! Quando as barras pretas são removidas, você pode ver que eles estão sempre em paralelo e que as barras pretas estavam distorcendo a percepção de movimento do seu cérebro.
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14 – Aproxime sua cabeça da tela e você verá a luz bem mais forte. Depois, afaste-a e você verá que a luz fica fraca.

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15 – Encare o ponto preto que está no centro da imagem, e depois espere até que ela mude. Afinal, a imagem ficará em preto e branco ou colorida?

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16 – Todas as bolinhas dessa imagem são brancas. Mas não importa o que você faça, você sempre verá algumas em preto.

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17 – Ao manipular o cérebro humano e os olhos, Brusspup é capaz de criar animações incríveis com nada além de um cartão preto

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18 – Esses dinossauros te seguem, não importa para onde você vá

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19 – Formas geométricas, brilho e cor são usados para criar ilusões de movimento. Essas imagens não são animadas, mas o cérebro humano faz com que assim pareçam.

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20 – Para que lado está indo este trem em movimento? Olhe por um longo tempo ou pisque e o seu cérebro mudará a direção.

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21 – A dançarina do meio está girando no sentido horário ou anti-horário? A resposta é: As duas opções!

Encarando a dançarina da esquerda ou da direita, você é capaz de mudar a direção da dançarina do meio.
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22 – Essas coisas não são o que parecem ser!

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 23 – Encare a bolinha verde e veja o que acontece com as duas amarelas

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 24 – Parece uma máscara com face única…

Ou duas pessoas se beijando?
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25 – Elas parecem mulheres atraentes

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Mas, ao ver a imagem invertida, você ficará um pouco confuso
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26 – Estas linhas horizontais parecem ser inclinadas, mas olhe por um tempo e você verá que elas são paralelas

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27 – Não parecem, mas são círculos perfeitos

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28 – Esta é uma ilusão simples, porém causa um pouco de confusão nos neurônios

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29 – Este quarto com pinturas em 3D provavelmente causam um certo frio na barriga em quem está nele

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30 – Cubra os dois lados da animação e o corredor passará lentamente. Cubra o meio e as laterais parecerão mais rápidas.