quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Físico dispara tiro de fuzil contra si próprio dentro de piscina

POR FERNANDO MOREIRA
Experimento arriscado ou bem controlado?
Que tal disparar deliberadamente um tiro de fuzil contra si próprio?
Foi o que fez o físico norueguês Andreas Wahl. Ele entrou numa piscina e, com ajuda de uma corda, efetuou o disparo.
Tudo para demonstrar a diferença entre as resitências do ar e da água.
O vídeo que registra o experimento científico já foi visto mais de 3 milhões de vezes.
Confira o que aconteceu:



Disponível em: http://blogs.oglobo.globo.com/pagenotfound/post/fisico-dispara-tiro-de-fuzil-contra-si-proprio-dentro-de-piscina.html?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=O+Globo

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Bolha magnética vai proteger naves na reentrada

Com informações da New Scientist -  

Bolha magnética vai proteger naves na reentrada
A nave arrastará consigo um "pedaço de atmosfera", efetivamente criando um pára-quedas de gás ionizado. [Imagem: MSNW]
Escudo magnético
Se ir ao espaço exige foguetes grandes e caros, voltar de lá coloca outros desafios, como sobreviver à reentrada na atmosfera.
Como defeitos no escudo deproteção térmica das naves foram responsáveis por um dos mais graves acidentes da NASA - adestruição do ônibus espacial Colúmbia - a agência espacial está apostando em novas tecnologias para vencer o atrito e o calor gerado na reentrada.
O novo conceito, chamado "escudo magnético para aerocaptura", consiste em uma espécie de pára-quedas feito de plasma aprisionado por um campo magnético.
Enquanto a magnetosfera da Terra nos protege da radiação solar, os engenheiros acreditam que uma bolha semelhante criada em torno de uma nave irá criararrasto, diminuindo a velocidade na reentrada e protegendo a nave do calor.
A NASA encomendou uma demonstração a duas empresas privadas, que deverão conduzir os testes ainda este ano.
Pára-quedas de plasma
A demonstração inicial será feita em um nanossatélite lançado a partir daEstação Espacial Internacional.
O pequeno satélite, do tamanho de uma caixa de sapatos, terá uma bobina de cobre que, alimentada por uma bateria de íons de lítio, irá gerar um campo magnético ao redor da sonda.
Bolha magnética vai proteger naves na reentrada
O conceito será testado para pequenas naves porque aparentemente consumiria energia demais em naves grandes. [Imagem: NASA]
Conforme desce rumo ao solo, a pequena nave vai ejetar uma pequena quantidade de plasma, que ficará preso no campo magnético, criando uma bolha protetora que impedirá que as moléculas de ar colidam com o nanossatélite e gerem calor.
Desviadas, essas moléculas do ar fluirão para dentro da bolha de plasma e absorverão elétrons, tornando-se ionizadas. Esse ar novo recém-ionizado também ficará preso no campo magnético, de forma que a nave acabará arrastando consigo um "pedaço de atmosfera", efetivamente criando um pára-quedas de gás ionizado.
Disco voador inflável
Quando uma nave entra na atmosfera de um planeta, ela choca-se com as moléculas do ar em alta velocidade, criando um calor intenso. Estruturas projetadas para criar arrasto podem desacelerar a descida, mas as sondas e naves espaciais também devem contar com escudos de calor para proteger a carga ou os astronautas. Quanto mais pesada a carga, mais difícil é fazer com que a nave chegue inteira ao solo.
O escudo magnético parece ser mais eficaz para naves pequenas e cubesats, podendo tanto reduzir a velocidade, como reduzir o calor dentro do satélite.
Para naves maiores, a NASA está testando tecnologias mais leves, como um disco voador inflável projetado para ser usado em futuras missões a Marte.

Fonte: Inovação Tecnológica

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Projetado aparelho para produzir e controlar gravidade

Redação do Site Inovação Tecnológica -  

Aparelho prático para controlar gravidade é idealizado
Os campos magnéticos poderão gerar campos gravitacionais artificiais, que poderão ser ligados ou desligados à vontade. [Imagem: André Füzfa]
Controle da gravidade
Carros sem rodas que flutuam no ar e naves espaciais que saem voando sem o fogo e a fumaceira dos foguetes ainda são coisa de ficção científica.
Talvez não por muito tempo.
O professor André Füzfa, da Universidade de Namur, na Bélgica, encontrou um caminho prático para produzir e detectar campos gravitacionais que aponta para a possibilidade de transformar essas ficções em realidade.
Füzfa projetou um dispositivo experimental que permitirá criar campos gravitacionais usando campos magnéticos. Devidamente controlados, esses campos magnéticos terão o mesmo efeito de curvatura do espaço-tempo que as grandes massas dos corpos celestes.
Princípio da equivalência
"Gerar campos gravitacionais artificiais, que podem ser ligados ou desligados à vontade, é uma questão capturada ou deixada a cargo da ficção científica.
"No entanto, o princípio da equivalência, no coração da Relatividade Geral de Einstein, afirma que todos os tipos de energia produzem e são influenciados pela gravitação do mesmo modo.
"A fonte mais comum de gravitação é a massa inercial, que produz campos gravitacionais permanentes. Ao contrário, campos eletromagnéticos podem ser usados para gerar campos gravitacionais artificiais, ou feitos pelo homem, que podem ser ligados ou desligados à vontade, dependendo se os seus progenitores eletromagnéticos estão presentes ou não," explica o físico.
Aparelho prático para controlar gravidade é idealizado
André Füzfa pode passar à história como o homem que abriu o caminho para o domínio da força da gravidade. [Imagem: Namur University]
Domínio da força da gravidade
O dispositivo é baseado em eletroímãs supercondutores, como os usados, por exemplo, no acelerador de partículas LHC, no reator de fusão ITER ou nos aparelhos de tomografia.
Embora fabricar um protótipo do aparelho vá exigir grandes recursos e, provavelmente, uma cooperação internacional, se realizado com sucesso ele pode não apenas dar início a uma nova era industrial, mas também alterar nossa compreensão do Universo.
A capacidade para produzir, detectar e, em última análise, controlar campos gravitacionais, permitiria produzir interação gravitacional da mesma forma que já se explora as outras três interações fundamentais - o eletromagnetismo e as forças nucleares forte e fraca.
Isso permitiria alterar radicalmente a matriz energética, eventualmente dando um adeus à era do petróleo. Carros sem pneus e sem motores a combustão, aviões silenciosos, rápidos e de baixo custo, uma porta definitivamente aberta para o espaço, poderiam representar um novo nível de globalização.
E não apenas para a mobilidade humana e de bens, mas também para as informações: o domínio das ondas gravitacionais, permitiria, por exemplo, fazer telecomunicações com ondas gravitacionais, sem depender de satélites espaciais ou cabos de fibras ópticas.
Da ficção para a teoria
Ainda será necessário esperar uma avaliação da proposta em termos de factibilidade e de custos. Mas agora é uma questão de passar da teoria para a prática, e não mais do salto eventualmente infinito entre ficção e realidade.
Se tudo funcionar como previsto, deverão ser campos gravitacionais extremamente fracos, adequados para pesquisas fundamentais, mas dificilmente aplicáveis na prática. Mas pode ser um começo.
Füzfa acredita que, ao menos em termos de mudar a concepção da Física, eventualmente mudando a compreensão da gravidade conforme ela foi descrita por Einstein em sua Teoria da Relatividade, sua proposta está pronta para ser posta em prática.
"Finalmente nós propomos uma configuração experimental possível com a tecnologia atual de bobinas supercondutoras, que produz um desvio de fase da luz da mesma ordem de grandeza que os sinais astrofísicos em observatórios terrestres de ondas gravitacionais," escreve ele.

Bibliografia:

How current loops and solenoids curve space-time
André Füzfa
Physical Review D
Vol.: 93, 024014
http://arxiv.org/abs/1504.00333
Fonte: Inovação Tecnológica

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Demônio de Maxwell manipula calor e balança leis da termodinâmica

Com informações da Universidade Aalto -  

Demônio de Maxwell autônomo e independente vira realidade
Um demônio de Maxwell autônomo. Quando o demônio vê o elétron entrar na ilha (1), ele o aprisiona com uma carga positiva (2). Quando o elétron deixa a ilha (3), o demônio solta uma carga negativa (4).[Imagem: Jonne Koski]
Demônio de Maxwell
Em 1867, o físico escocês James Clerk Maxwell desafiou a segunda lei da termodinâmica, segundo a qual a entropia em um sistema fechado sempre deve aumentar.
Em seu experimento mental, Maxwell idealizou um recipiente fechado com gás, dividido em duas partes por uma parede interna, na qual existe uma pequena porta.
Abrindo e fechando a porta, uma criatura hipotética - que passou à história com o nome de "Demônio de Maxwell" - poderia ordenar as partículas do gás, passando a lentas e frias para um lado e dirigindo as rápidas e quentes para o outro lado da parede, criando assim, uma diferença de temperatura que violaria as leis da termodinâmica.
Demônio que resfria
No plano teórico, esse experimento mental tem sido objeto de análises, interpretações e controvérsias nesses últimos 150 anos, mas testar experimentalmente a ideia vinha sendo impossível até há pouco tempo.
Então, em 2007, uma equipe escocesa finalmente construiu uma nanomáquina equivalente ao Demônio de Maxwell. Mas a controvérsia continuou, porque esse experimento ainda dependia de um atuador externo, deixando a entropia total seguir seu caminho previsto e a segunda lei da termodinâmica intacta.
Demônio de Maxwell autônomo e independente vira realidade
Há expectativas de que o demônio de Maxwell autônomo ajude a construir um motor quântico que gera trabalho sem produzir nenhum atrito. [Imagem: A. del Campo, et al - 10.1038/srep06208]
Agora, Jonne Koski e seus professores da Universidade de Aalto, na Finlândia conseguiram construir um demônio de Maxwell autônomo, capaz de executar de fato o experimento idealizado por Maxwell por conta própria e sem qualquer ajuda externa, permitindo analisar alterações microscópicas envolvendo a termodinâmica - e muito mais.
Não há realmente um capetinha lá, mas uma dupla de transistores que separa os elétrons em termos de suas energias, efetivamente retirando energia de um dos transistores, que então se resfria. O processo ocorre sem a troca direta de calor entre o transístor-demônio e seu par.
Máquina de informação
O que torna autônomo esse demônio - ou independente, ou autocontido - é que ele executa a operação de medição e atuação sem qualquer comando ou energia vindos do exterior. As alterações de temperatura são indicativas da correlação entre o demônio e o sistema, ou, em termos simples, de quanto o demônio "sabe" sobre o sistema.
Assim, o dispositivo também pode ser chamado de uma "máquina de informação", já que utiliza informações sobre as energias dos elétrons, permitindo testar axiomas fundamentais também dessa área de pesquisas.
"O sistema que construímos é um transístor de elétron único formado por uma pequena ilha metálica ligada a dois fios por junções túnel feitas de materiais supercondutores. O demônio ligado ao sistema também é um transístor de elétron único que monitora o movimento dos elétrons no sistema.
Demônio de Maxwell autônomo e independente vira realidade
Muitos garantem que o demônio de Maxwell autônomo não viola das leis da termodinâmica. Outros, porém, defendem que a Segunda Lei da Termodinâmica falha em nanoescala. E os experimentos mais recentes defendem até quehá várias Segundas Leis da Termodinâmica no reino da mecânica quântica. [Imagem: Iñaki Gonzalez/Jan Gieseler]
"Quando um elétron tunela para a ilha, o demônio o aprisiona com uma carga positiva. Inversamente, quando um elétron deixa a ilha, o demônio o repele com uma carga negativa e o força a se mover morro acima, contrariamente ao seu potencial, o que reduz a temperatura do sistema," explicou o professor Jukka Pekola, um pioneiro nesses transistores de calor, que o ajudaram a construir amenor geladeira do mundo, para resfriar qubits e píxeis.
Computação reversível
Além de constituir uma ferramenta útil para a pesquisa básica, seja no campo da termodinâmica ou da teoria da informação, o demônio de Maxwell poderá ter aplicações no resfriamento de chips e qubits e também na computação reversível, um conceito que prevê uma computação na qual o processo de cálculo pode ser revertido sem perda de energia - um exemplo é a computação adiabática usada no primeiro computador quântico disponível comercialmente, o D-Wave.
"Como trabalhamos com circuitos supercondutores, também é possível para nós criar qubits de computadores quânticos. Como próximo passo, gostaríamos de examinar esses mesmos fenômenos em nível quântico," contou o professor Pekola.

Bibliografia:

On-Chip Maxwell's Demon as an Information-Powered Refrigerator
J. V. Koski, A. Kutvonen, I. M. Khaymovich, T. Ala-Nissila, J. P. Pekola
Physical Review Letters
Vol.: 115, 260602
DOI: 10.1103/PhysRevLett.115.260602

Fonte: Inovação tecnológica

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Explosão descomunal brilha 20 vezes mais que Via Láctea

Redação do Site Inovação Tecnológica -  

Explosão descomunal brilha 20 vezes mais que Via Láctea
Ilustração artística da superexplosão cósmica, que emitiu luz equivalente a 20 galáxias inteiras.[Imagem: Wayne Rosing]
Super explosão cósmica
Astrônomos flagraram a maior explosão cósmica já documentada, tão grande que não cabe em nenhuma teoria.
A princípio, eles estão considerando ser a supernova mais brilhante jamais vista - uma "super supernova" -, mas ainda resta imaginar o que seria o misterioso objeto em seu centro, que teria gerado explosão tão descomunal.
O que se viu foi uma bola de gás quente, a 3,8 bilhões de anos-luz da Terra, irradiando energia equivalente a 570 bilhões de sóis - se isso não lhe dá uma ideia da dimensão, é aproximadamente 20 vezes toda a luz irradiada simultaneamente pelas mais ou menos 100 bilhões de estrelas que compõem nossa Via Láctea.
A explosão está sendo chamada ASASSN-15lh.
A julgar pelas medições feitas até agora, no coração dessa explosão está um objeto um pouco maior do que 16 quilômetros de diâmetro - mas que objeto é este é algo que os astrônomos ainda não têm uma ideia clara.
Estrela-bomba
"Nós temos que nos perguntar, como é que é possível?" confessou Krzysztof Stanek, membro da equipe. "É preciso muita energia para brilhar tão fortemente, e a energia tem de vir de algum lugar."
"A resposta honesta neste ponto é que nós não sabemos o que poderia ser a fonte de energia da ASASSN-15lh", admite Dong Subo, principal autor da análise.
Para não ficar totalmente no escuro, a equipe sugeriu uma primeira hipótese. A supernova poderia ter sido gerada por um tipo extremamente raro de estrela, chamada magnetar de milissegundos, um tipo de estrela magnética que desafia a teoria dos buracos negros.
Mas, para brilhar tanto, este magnetar teria que girar pelo menos 1.000 vezes por segundo e converter toda a energia de rotação em luz com quase 100% de eficiência. Seria o exemplo mais extremo de um magnetar que os astrônomos acreditam ser fisicamente possível.
Explosão descomunal brilha 20 vezes mais que Via Láctea
À esquerda, uma imagem anterior da galáxia onde ocorreu a explosão. À direita, observe como o brilho da explosão torna mais tênue o brilho de tudo o mais ao redor. [Imagem: The Dark Energy Survey/B. Shappee/ASAS-SN]
Super supernova
A explosão foi flagrada por astrônomos amadores em junho de 2015, e a seguir estudada pelo projeto ASAS-SN (All Sky Automated Survey for SuperNovae), uma colaboração internacional sediada na Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, que utiliza uma rede de telescópios ao redor do mundo para fazer a varredura do céu a cada duas ou três noites procurando por supernovas.
Essa rede de telescópios é capaz de identificar supernovas normais a até cerca 350 milhões de anos-luz da Terra. Mas essa "super-supernova" nada tem de normal. Na verdade, se for mesmo uma supernova, é a maior já vista e, potencialmente, a maior possível.

Bibliografia:

ASASSN-15lh: A highly super-luminous supernova
Subo Dong, Benjamin J. Shappee, J. L. Prieto, S. W. Jha, Krzysztof Z. Stanek, T. W.-S. Holoien, C. S. Kochanek, T. A. Thompson, Nidia Morrell, Ian B. Thompson, U. Basu, J. F. Beacom, D. Bersier, J. Brimacombe, J. S. Brown, F. Bufano, Ping Chen, E. Conseil, A. B. Danilet, E. Falco, D. Grupe, S. Kiyota, G. Masi, B. Nicholls, F. Olivares E., G. Pignata, G. Pojmanski, G. V. Simonian, D. M. Szczygiel, P. R. Wozniak
Science
Vol.: 351 ISSUE 6270 pp 257-260
DOI: 10.1126/science.aac9613

Fonte: Inovação Tecnológica

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

Eu sempre achei a exploração do universo incrivelmente fascinante - sua beleza e 
vastidão são, sem sombra de dúvida, de tirar o fôlego. O ano de 2015, em particular,
 foi um grande período para a exploração espacial, com vários telescópios e
 satélites capturando uma série de fotografias incríveis da nossa galáxia e além.
 Aqui estão algumas das melhores fotos do espaço de 2015.
 
1. Jatos de gás energizado saindo de uma jovem estrela, capturados pelo
Telescópio Espacial Hubble.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
2. Os Pilares da Criação, capturados pelo telescópio espacial Hubble em luz infravermelha.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
3. Cometa 67P,  capturado pela sonda espacial Rosetta.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015
 
4. Na foto abaixo, a Acidalia Planitia, capturada pela sonda espacial de
reconhecimento de Marte, da NASA.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
5. Este aglomerado globular, o Messier 22, foi observado pelo Telescópio Espacial Hubble.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015
 
6. Estrela Hen 2-427 e nebulosa MI-67, capturadas pelo Telescópio Espacial Hubble.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
7. Abaixo, a galáxia NGC 488, capturada pelo Mount Lemmon SkyCenter.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
8. O DSCOVR (um satélite artificial de observação da Terra e do clima espacial)
 capturou esta nova versão da Blue Marble ("A Bolinha Azul", imagem famosa
da Terra, vista do espaço).
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

9. O astronauta Kjell Lindgren capturou esta bela vista da Via Láctea.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
10. Esta imagem do Monte Sharp em Marte foi feita pelo Rover Curiosity da NASA.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
11. Esta imagem detalhada de Plutão foi capturada pela sonda da missão New Horizons.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
12. Na foto abaixo, as luas de Saturno Encélado e Titã, capturadas em
alinhamento pela sonda Cassini.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
13. Esta foto foi tirada pela lente gravitacional do Telescópio Espacial Hubble -
 fazendo esse grupo de galáxias se parecer com um rosto sorridente.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

14. Capturada do Mount Lemmon, esta nebulosa chama-se 'Capacete de Thor".
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

15. O astronauta Terry Virts tirou esta foto do Tufão Maysak, visto da Estação
 Espacial Internacional.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
16. Capturada pela sonda New Horizons, esta é uma foto emclose-up da lua de Plutão, Caronte.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
17. O nevoeiro azul de Plutão, capturado pela New Horizons.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
18. O astronauta Kjell Lindgren nos trouxe esta bela vista da Terra.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
19. Esta foto também foi feita pelo astronauta Kjell Lindgren.
 Ela mostra Scott Kelly trabalhando na Estação Espacial Internacional.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
20. Tirada pelo Telescópio Espacial Hubble, esta foto mostra o
aglomerado de estrelas Westerlund 2.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

 
21. O rover Curiosity da NASA tirou esta foto da formação Kimberly em Marte.
21 Incríveis Fotos do Espaço Tiradas em 2015

Créditos: acidcow.com
Disponível em: http://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=4793

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Galáxia que não deveria existir questiona Big Bang

Redação do Site Inovação Tecnológica -  

Galáxia que não deveria existir questiona Big Bang
Galáxia ultra-distante, tão distante e antiga que contradiz o modelo do Big Bang.[Imagem: Leopoldo Infante et al.]
Teoria versus realidade
Se o modelo atual que explica o nascimento e desenvolvimento do nosso Universo estivesse correto, uma galáxia apelidada de Tainá - "recém-nascida", no idioma aimará - não deveria existir.
Mas, contra fatos e imagens não há argumentos: muito embora Tainá não devesse existir - por ordem das teorias, claro - ela existe.
Assim, quem está incorreta é a teoria, que parece precisar de ajustes, propõe o cosmologista madrilenho Alberto Molino Benito, que descobriu a galáxia que não deveria existir junto com colegas do Instituto de Astronomia da USP (IAG/USP).
Os dados indicam que Tainá está a 13,3 bilhões de anos de nós, o que indicaria que ela existiria apenas 400 milhões de anos após o Big Bang, com um desvio para o vermelho maior que 10 - a galáxia CR7, por exemplo, que ficou famosa há poucas semanas, tem um desvio para o vermelho de 7,5.
Lente virtual
A estranha galáxia está repleta de estrelas gigantes azuis, muito jovens e brilhantes, prontas para explodir em formidáveis supernovas, que poderão virar buracos negros. Quanto ao seu tamanho, Tainá tem dimensões equivalentes à da Grande Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia disforme que é um satélite da nossa Via-Láctea.
Apesar do poder tecnológico combinado do Hubble e do Spitzer, Tainá é tão distante e tão tênue que se torna invisível mesmo para aqueles poderosos observatórios. "Para detectar Tainá, nosso grupo teve que recorrer a técnicas sofisticadas, como a lente gravitacional", um fenômeno previsto por Albert Einstein na sua Teoria Geral da Relatividade, conta Alberto.
Segundo Einstein, a força gravitacional exercida por um corpo de grande massa, como um aglomerado de galáxias, distorce o espaço ao seu redor. Essa distorção acaba funcionando como uma descomunal lente virtual (ou gravitacional), que deflete e amplifica a luz de objetos muito mais distantes posicionados atrás desse corpo de grande massa.
Galáxia que não deveria existir questiona Big Bang
Sistemas planetários "pré-históricos", descobertos recentemente, também questionam os pilares do modelo do Big Bang. [Imagem: Tiago Campante/Peter Devine]
Galáxia impossível
"400 milhões de anos é muito pouco tempo para a existência de uma galáxia tão bem formada", diz Alberto. "Os modelos mais recentes da evolução do Universo apontam para o surgimento das primeiras galáxias quando ele era bem mais velho." - pelo menos 1 bilhão de anos. Afinal, 400 milhões de anos é até anterior à discutida Época da Reionização.
Só existe uma explicação para a existência de Tainá - a mais antiga das outras 22 galáxias muito tênues detectadas pelo estudo. "Elas só poderiam se formar tão rapidamente após o Big Bang se a quantidade de matéria escura no Universo fosse maior do que acreditamos", pondera o cosmólogo.
Há várias hipóteses para tentar explicar o que seria matéria escura. Porém, como ela não interage com a luz, não conseguimos enxergá-la nem conhecer sua substância. A existência da matéria escura só é inferida devido a uma ação gravitacional sobre as galáxias que não pode ser explicada pela matéria comum. Não fosse essa gravidade extra, as galáxias já teriam há muito se esfacelado.
"A única explicação para Tainá existir e ser como era quando o Universo tinha 400 milhões de anos é graças à matéria escura, que deve ter acelerado o movimento de aglomeração de estrelas para a formação das primeiras galáxias", teoriza Alberto. "Se existe mais matéria escura, as galáxias podem se formar mais rápido."
Novos telescópios
Não é possível pesquisar mais a fundo sobre Tainá e suas irmãs proto-galáxias no Universo recém-nascido, pois a tecnologia à disposição foi empregada até o seu limite. "Para saber mais, para enxergar melhor as primeiras galáxias e inferir a ação da matéria escura, temos que aguardar até 2018, quando será lançado o sucessor do Hubble, o telescópio espacial de nova geração James Webb", diz Alberto.
James Webb terá um espelho de 6,5 metros de diâmetro, muito maior que os 2,4 metros do Hubble. Esse aumento de tamanho se traduz em aumento de acuidade. Alberto e seus colegas contam com a sensibilidade do futuro telescópio espacial para continuar contando galáxias distantes e formar o maior banco de dados tridimensional do Universo. "Só assim poderemos confirmar como se processou a formação e evolução do Universo."

Bibliografia:

Young Galaxy Candidates in the Hubble Frontier Fields. II. MACS,J0416-2403
Leopoldo Infante, Wei Zheng, Nicolas Laporte, Paulina Troncoso, Alberto Molino, Jose M. Diego, Franz E. Bauer, Adi Zitrin, John Moustakas, Xingxing Huang, Xinwen Shu, David Bina, Gabriel B. Brammer, Tom Broadhurst, Holland C. Ford, Stefano Garcia, Sam Kim
The Astrophysical Journal
DOI: 10.1088/0004-637X/815/1/18
http://arxiv.org/abs/1510.07084
Fonte: Inovação Tecnológica