segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Descoberta nova conexão entre eletricidade e magnetismo

Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/11/2014

Descoberta nova conexão entre eletricidade e magnetismo
A magnitude da eletricidade gerada e a dependência de um campo magnético externo permitirão o uso do fenômeno para detectar informações armazenadas magneticamente. [Imagem: Chiara Ciccarelli et al. - 10.1038/nnano.2014.252]
Bombeamento de carga
Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu um novo elo entre o magnetismo e a eletricidade que pode ter aplicações em eletrônica.
Eles demonstraram que é possível gerar uma corrente elétrica em um material magnético simplesmente rotacionando sua magnetização.
O fenômeno, chamado "bombeamento de carga", produz uma corrente alternada de alta frequência.
A geração e a modulação de correntes de alta frequência são elementos centrais nos aparelhos de comunicações via rádio, como telefones celulares, redes Wi-Fi, Bluetooth, e também estão sendo incluídas nos radares desenvolvidos para os carros sem motoristas.
O novo comportamento é um espelho da magnetoeletricidade, descoberta em 2010, na qual as propriedades magnéticas de um material podem ser controladas por um campo elétrico externo.
Spintrônica
Segundo a equipe, a magnitude da eletricidade gerada e a dependência de um campo magnético externo permitirão o uso do fenômeno para detectar informações armazenadas magneticamente.
O fenômeno poderá ser útil na transferência e manipulação de dados naspintrônica, uma tecnologia que armazena e processa dados usando o spin de elétrons individuais como bits.
A spintrônica vem sendo explorada no armazenamento de dados desde a descoberta da magnetorresistência gigante, em 1988, premiada com o Nobel de Física em 2007.
Descoberta nova conexão entre eletricidade e magnetismo
"O fenômeno é um resultado de uma ligação direta entre a eletricidade e o magnetismo," diz o professor Arne Brataas. [Imagem: Cortesia Arne Brataas/Gemini]
Ligação direta entre a eletricidade e o magnetismo
Já se sabe há algum tempo que rotacionar a magnetização em um material magnético pode gerar correntes de spin puras em condutores colocados juntos ao magneto - correntes de spin puras são correntes em direções opostas formadas por elétrons com spins para cima e para baixo, respectivamente.
Entretanto, não é possível detectar essas correntes de spin com um voltímetro comum porque elas são canceladas pelo fluxo de carga associado - a corrente comum de cargas elétricas - seguindo na mesma direção.
Por isso é necessário um elemento adicional, como um outro ímã ou uma forte interação spin-órbita, o que gera um efeito Hall de spin.
O que a equipe descobriu agora é que, em uma classe especial de materiais ferromagnéticos, a conversão spin-carga ocorre dentro do mesmo material, eliminando a necessidade do elemento secundário e viabilizando o aproveitamento prático do fenômeno.
Em termos simples, o material ferromagnético funciona como gerador de corrente alternada induzida pela rotação da magnetização - em termos menos simples, o material converte diretamente a corrente de spin em corrente de carga por meio da interação spin-órbita.
"O fenômeno é um resultado de uma ligação direta entre a eletricidade e o magnetismo. Ele abre a possibilidade de técnicas de detecção em nanoescala de informações magnéticas e a geração de correntes alternadas de frequências muito altas," disse Arne Brataas, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia.
Bibliografia:

Magnonic charge pumping via spin–orbit coupling
Chiara Ciccarelli, Kjetil M. D. Hals, Andrew Irvine, Vit Novak, Yaroslav Tserkovnyak, Hidekazu Kurebayashi, Arne Brataas Andrew Ferguson
Nature Nanotechnology
Published online
DOI: 10.1038/nnano.2014.252

Fonte; Inovação tecnológica

Campo elétrico

https://www.dropbox.com/s/ahgdxhwb9oi17nz/campo%20eletrico5.pdf?dl=0

sábado, 15 de novembro de 2014

Metade das estrelas pode estar fora das galáxias

Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/11/2014

Estrelas fora das galáxias
Este gráfico ilustra como a equipe mediu um brilho difuso de infravermelho preenchendo de luz os espaços entre as galáxias. Em primeiro lugar, imagens do céu foram coletadas em vários voos de foguetes - uma pequena parte da imagem é mostrada à esquerda. O próximo passo foi remover todas as estrelas e galáxias conhecidas. Os dados restantes revelam padrões de grande escala de luz com aglomerados que são maiores do que as próprias galáxias (centro). Suavizando os dados, é possível ver os padrões de grande escala (à direita).[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Luz de Fundo Extragaláctica
Astrônomos acreditam ter encontrado indícios de que metade das estrelas do Universo não faz parte de galáxias, vagando isoladas pelo enorme espaço intergaláctico.
Há muito se debate a origem da "Luz de Fundo Extragaláctica" (LFE) - as galáxias conhecidas não emitem luz suficiente para explicar todo o brilho que é captado quando observamos o céu - essa radiação fica na faixa infravermelha do espectro.
Há cerca de 10 anos, uma equipe usou dados do telescópio espacial Spitzer para concluir que esse brilho de fundo tinha sido emitido pelas galáxias primordiais, há muito tempo destruídas ou fundidas para formar a atual população de galáxias conhecidas.
Estrelas sem galáxias
Agora, usando telescópios especiais a bordo de dois foguetes de sondagem da NASA, Michael Zemcov e seus colegas verificaram que a luz de fundo extragaláctica é azul demais para poder ser atribuída às galáxias muito antigas - nesse caso, o desvio para o vermelho deveria ser muito maior.
Segundo eles, a melhor explicação para os novos dados é que esse brilho se origina de estrelas que foram arrancadas de suas galáxias originais por colisões e fusões, e agora flutuam soltas pelo espaço intergaláctico.
Essas estrelas não são diretamente observáveis porque estrelas são muito pequenas em comparação com as galáxias que povoam o céu. Apesar disso, "a luz total produzida por essas estrelas desgarradas é mais ou menos igual à luz de fundo que obtemos contando as galáxias individualmente," disse o professor Jamie Bock, membro da equipe.
Em outras palavras, se você calcular a luz produzida individualmente por todas as galáxias conhecidas, a soma será menor do que a luz de fundo extragaláctica. Com base nessa intensidade do brilho captado, a equipe conclui que há tantas estrelas desgarradas quanto estrelas reunidas em galáxias.
A ideia não é totalmente estranha, uma vez que já se conhecem vários planetas sem estrelas, vagando soltos pelas galáxias, assim como estrelas hipervelozes ejetadas da Via Láctea. E isto sem levar em conta o processo de fusões e choques entre galáxias, que podem deixar muitas estrelas órfãs.
Estrelas fora das galáxias
As estrelas desgarradas são pequenas demais para serem vistas individualmente, para se manifestam na forma de um suave brilho, que é muito maior do que o emitido pelas próprias galáxias. [Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Redefinição de galáxia
"As descobertas redefinem o que os cientistas imaginam ser galáxias. Galáxias podem não ter um conjunto delimitado de estrelas, mas em vez disso se espalharem por grandes distâncias, formando um vasto mar interconectado de estrelas," disse a NASA em comunicado.
O experimento CIBER (Cosmic Infrared Background Experiment) consistiu em lançar telescópios com enorme campo de visão - várias vezes a área coberta pela Lua cheia - para observar diferentes partes do céu em diferentes momentos, o que permitiu eliminar a influência da luz zodiacal, o reflexo do brilho do Sol sobre partículas de poeira espalhadas pelo Sistema Solar.
Como o processamento dos dados foi extremamente delicado e trabalhoso, envolvendo identificar e remover outras fontes, como as geradas pelo próprio instrumento, pelo Sistema Solar, pelas estrelas, pela Via Láctea e por todas as demais galáxias, vários astrônomos não envolvidos no estudo receberam os resultados com cautela, talvez escaldados pelos casos recentes dos neutrinos superluminais e pela detecção de ondas gravitacionais.
Mas muitos concordam que há um problema com os dados observacionais - as galáxias conhecidas não geram a quantidade de radiação detectada - e a equipe forneceu uma explicação possível.
"Embora tenhamos projetado nosso experimento para procurar pela emissão das primeiras estrelas e galáxias, essa explicação não se encaixa muito bem nos nossos dados. A melhor interpretação é que estamos vendo a luz de estrelas fora das galáxias, mas nos mesmos halos de matéria escura. As estrelas foram arrancadas das suas galáxias-mãe por interações gravitacionais - que sabemos acontecer a partir de imagens de galáxias interagindo - e arremessadas a grandes distâncias," defende Zemcov.
Bibliografia:

On the origin of near-infrared extragalactic background light anisotropy
Michael Zemcov, Joseph Smidt, Toshiaki Arai, James Bock, Asantha Cooray, Yan Gong, Min Gyu Kim, Phillip Korngut, Anson Lam, Dae Hee Lee, Toshio Matsumoto, Shuji Matsuura, Uk Won Nam, Gael Roudier, Kohji Tsumura, Takehiko Wada
Science
Vol.: 346, Issue 6210, 732-735
DOI: 10.1126/science.1258168

Disponível em:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=estrelas-fora-das-galaxias&id=020130141107

Quatro maneiras para você observar o Multiverso

Com informações da New Scientist - 14/11/2014

Quatro maneiras para você observar o Multiverso
Em dimensões cosmológicas, os astrofísicos procuram pormundos paralelos observando se há algum vazamento de energia de outro universo para o nosso.[Imagem: MIT]
Teoria dos multiversos
Para alguns, a pergunta se existe vida em outros universos é fácil de ser respondida, uma vez que os múltiplos universos seriam nada menos do que réplicas deste nosso universo, em cada um dos quais ocorreria uma das inúmeras possibilidades de eventos que são tão caras à mecânica quântica.
Nessa interpretação, toda vez que você faz uma escolha, você influencia uma infinidade de universos, o que inclui uma infinidade de outros "vocês" - alguns deles levando vidas muito diferentes da sua porque suas decisões "colapsaram" de forma diferente.
Isso pode soar como um conceito vindo de uma imaginação febril, mas muitos físicos acreditam que o multiverso é real.
E eles apresentam seus indícios. Aqui estão quatro deles, quatro maneiras que o multiverso pode estar se manifestando em nosso mundo cotidiano.
A função de onda
Ela nasceu como uma entidade matemática, embora alguns físicos defendam que a função de onda é uma entidade real.
A função de onda descreve as propriedades de qualquer sistema quântico. Essas propriedades - a direção do spin de um átomo, por exemplo - podem assumir vários valores de uma só vez, no que é conhecido como superposição quântica. Mas quando medimos uma dessas propriedades, ela tem sempre um único valor - no caso de spin, esse valor é expresso como "para cima" ou "para baixo".
Na tradicional interpretação de Copenhague da mecânica quântica, diz-se que a função de onda "colapsa" quando a medição é feita, mas não está claro como isso acontece. O famoso gato de Schrodinger, nem vivo nem morto até que alguém olhe dentro de sua caixa, ilustra isso.
Na teoria dos multiversos, a função de onda nunca colapsa. Em vez disso, ela descreve a propriedade ao longo de vários universos. Neste universo o spin do átomo está para cima; em outro universo, ele está para baixo. Quando você fizer a medição, "infalivelmente" encontrará o valor da propriedade que vale para este universo.
Dualidade onda-partícula
No experimento de referência para explicitar a dualidade onda-partícula, foram enviados fótons, um de cada vez, por um par de fendas, com uma tela fosforescente atrás delas. A medição em cada uma das fendas registra fótons individuais, que passam como partículas por uma ou por outra fenda.
Mas deixe o aparelho funcionando e um padrão de interferência irá se acumular na tela, como se cada fóton tivesse passado pelas duas fendas ao mesmo tempo e difratado em cada delas, como uma onda clássica.
Esta dualidade tem sido descrita como o "mistério central" da mecânica quântica. Na interpretação de Copenhague, ela é devida ao colapso da função de onda. Deixado à própria sorte, cada fóton vai passar pelas duas fendas ao mesmo tempo: é a medição que os força a "escolher" uma das fendas.
Na teoria dos multiversos, contudo, cada fóton só passa por uma das fendas. O padrão de interferência emerge quando um fóton interage com seu clone que está passando pela outra fenda em um universo paralelo.
Quatro maneiras para você observar o Multiverso
O fenômeno do entrelaçamento quântico já foi demonstrado em 103 dimensões. [Imagem: Mario Krenn et al./Pnas]
Computação quântica
Embora os computadores quânticos ainda estejam em sua infância, eles são, em teoria, incrivelmente poderosos, capazes de resolver problemas complexos muito mais rapidamente do que qualquer computador clássico.
Na interpretação de Copenhague, isto ocorre porque o computador quântico está trabalhando com qubits entrelaçados e superpostos, que podem assumir muitos mais estados do que os valores binários disponíveis para os bits usados pelos computadores clássicos.
Na interpretação dos multiversos, os computadores quânticos são rápidos porque realizam seus cálculos em muitos universos ao mesmo tempo, com as partículas trocando dados de um universo para outro.
Se isso parece muito estranho, lembre-se que, na tradição mais aceita, essaspartículas influenciam-se mutuamente mesmo que estejam em extremos opostos da galáxia, tudo instantaneamente - ninguém sabe como.
Einstein chamou isso de ação fantasmagórica à distância, enquanto alguns físicos já defendem que existem influências escondidas além do espaço-tempo.
Quatro maneiras para você observar o Multiverso
Se as propriedades quânticas não fossem estranhas o suficiente, físicos já separaram uma partícula de suas propriedades. [Imagem: Vienna University of Technology]
Roleta russa quântica
Isto equivale a interpretar você mesmo o papel de gato de Schrodinger.
Você vai precisar de uma arma cujo disparo seja controlado por uma propriedade quântica, como o spin de um átomo, que tem dois estados possíveis quando medido.
Se a interpretação de Copenhague está certa, você tem os familiares 50% de chance de sobrevivência. Quanto mais vezes você "jogar", menos provável será que você sobreviva.
Se o multiverso for real, por outro lado, sempre haverá um universo em que "você" estará vivo, não importa quanto tempo você jogar. Além do mais, você pode sempre acabar nele, graças ao elevado status do "observador" na mecânica quântica. Você vai apenas ouvir uma série de cliques, já que o disparo da arma vai falhar todas as vezes.
Em outras palavras, "você" vai perceber que é essencialmente imortal - o problema é que não é exatamente esse "você" que agora você chama de eu.
Assim, talvez seja melhor não tentar, mesmo porque tudo isto são hipóteses ou teorias - ou interpretações de hipóteses e teorias.
Disponível em:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=quatro-maneiras-voce-observar-multiverso&id=010130141114&ebol=sim#.VGgLtzTF9Ko

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Expansão do Universo | Edwin Hubble e os limites do universo

Desde que as pessoas começaram a pensar sobre a estrutura do universo, procuraram sondar suas profundezas se perguntando se ele teria um fim. Mas foi um astrônomo americano que resolveu um enigma sobre seus limites (se é que eles exitem). O fato é que segundo a teoria do Big Bang, nosso universo está se expandindo constantemente, e é esse o tema desse artigo a expansão do universo, e as observações de Edwin Hubble. 


Edwin Hubble Antes de falarmos da expansão do universo, não podemos deixar de falar de Edwin Powell Hubble. Ele veio de uma longa linhagem de cientistas, alguns que perderam até a vida por suas convicções. Um bom exemplo aconteceu em 1600, quando a Santa Aquisição condenou Giordano Bruno a morte, por declarar que o universo não teria limites e que teria infinitos mundos, dentre outro motivos. 87 anos depois, Isaac Newton deu suporte teórico para a visão de mundo de Nicolau Copérnico, de que o Sol e não a terra seria o centro de todas as coisas. Para tanto, Newton apontou para a força de atração do sol, que mantém os planetas em órbita.





 Edwin Powell Hubble Com isso, abalou a posição tomada pela igreja como sua base. Mas por outro lado, forneceu apoio intelectual para a igreja. Newton observou que muitas das chamadas estrelas fixas se moviam. Porém, de acordo com suas leis de movimento, tudo deveria se mover, mesmo os corpos celestes não visíveis, logo o universo não poderia ter limites. Os limites do universo Telescópio Leviatã Mas em primeiro lugar, como o universo surgiu? E por que as estrelas estão distantes se a gravidade deveria uni-las? Newton não teve como responder estas questões, mas nos 150 anos seguintes foram feitos muitos progressos. Usando um enorme telescópio que ele mesmo construiu, William Herschel descobriu o planeta Urano em 1785. Enquanto observava os céus, Herschell encontrou pontos brilhantes rodeados por uma espécie de névoa. Primeiro pensou que fossem estrelas cercadas por nuvens de gás e poeira. Em 1845, o astrônomo irlandês William Parsons, o conde de Rosse, completou seu telescópio de reflexão, que chamou de Leviatã. Pesando em torno de 10 toneladas, foi o telescópio mais poderoso da época. Com ele, Ross reconheceu pela primeira vez, que muitas nebulosas, como eram chamadas, possuíam a forma de espiral. O que ele não sabia era que na verdade, ele estava observando galáxias. Embora mais “nebulosas espirais” eram descobertas, ainda não havia um modelo para explicar o que seriam. Um homem chamado Edwin Powell Hubble iria responder esta incógnita. Hubble desenvolveu um interesse por astronomia desde cedo e “Da Terra à Lua” de Julio Verne era sua história favorita. Seu avô construiu um telescópio para que o jovem Edwin usasse para passar as noites observando o céu. Devido as notas boas na escola, Edwin ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade de Chicago, onde estudou matemática e astronomia. Embora sua paixão fosse a astronomia, seguiu a vontade do pai e em 1910 foi para a Inglaterra estudar Direito em Oxford. Ele não estava interessado e não obteve sucesso. Três anos depois, retornou e continuou a estudar astronomia no observatório Yerkes de Chicago, em 1914. Em sua tese de doutorado, Hubble defende que as nebulosas espirais eram galáxias independentes muito além de nossa Via Láctea. Mas para provar isso, deveria medir suas distâncias. Para isso, os astrônomos usam estrelas cujo brilho varia periodicamente conhecidas como “variáveis cefeidas”. Elas provaram serem úteis como referência de medição astronômica. Para rastrear algumas destas variáveis cefeidas, Hubble foi em 1919 ao observatório Hale no Monte Wilson, próximo a Pasadema, onde o maior do telescópio do mundo estava em operação há um ano. Seu refletor, um espelho de 100 polegadas ou 254 milímetros de diâmetro. Hubble primeiro se dedicou sua atenção à nebulosa de Andrômeda, a única galáxia visível a olho nu no hemisfério norte. Esperava encontrar lá as variáveis cefeidas. Após anos de intensa observação, encontrou algo na nebulosa de Andrômeda. Ele capturou os resultados em placas fotográficas. Através das cefeidas, pôde determinar a distância entre a nebulosa de Andrômeda e a Terra, sendo a medida de 800 mil anos-luz. Esta distância é quase oito vezes o diâmetro da Via Láctea. Assim, a Nebulosa de Andrômeda não pode fazer parte da nossa galáxia. Embora saibamos que Andrômeda está há 2,5 anos-luz, Hubble conseguiu provar que haviam galáxias além da nossa Via Láctea, sendo claro que deveriam ser galáxias independentes, Hubble e seu assistente Milton Humason analisaram seus espectros. Galáxia Andrômeda As linhas em um espectro são únicas. Fornecem aos astrofísicos um tipo de impressão digital ótica, com várias informações. Entre elas, a composição química da fonte, neste caso, as Galáxias. Os astrônomos notaram que as linhas eram deslocadas para o lado vermelho do espectro, um sinal de que as galáxias estavam se afastando da terra. Este desvio para o vermelho ocorre devido à luz ser uma onda. A expansão do universo e o comprimento de onda da luz A faixa de luz visível vai do vermelho, com comprimento de onda de cerca de 700 nm ao violeta, com comprimento de onda de 399 nm. Ondas na parte vermelha são longas.Quando um objeto cósmico como uma galáxia se afasta da terra, as ondas ficam esticadas, ou seja, seu espectro é deslocado para o vermelho, e foi através de observações com base nessas características que foi possível identificar a expansão do universo. Os Comprimento de Onda que forneceram indícios para a teoria da expansão do universo Um corpo se aproximando, teria um deslocamento para o azul, suas ondas seriam comprimidas. Este fenômeno, conhecido como Efeito Doppler também é observado no som. E tem esse nome após o físico após o físico austríaco Christian Doppler notar que o apito de um trem é mais alto quando se aproxima e mais baixo quando se afasta. A frequência muda porque as ondas sonoras e a sua fonte estão se movendo. Se a onda se aproxima, as ondas são comprimidas e o som das ondas curtas é mais alto. Se o trem está se afastando, as ondas são esticadas e o som das ondas longas é mais baixo. Aplicando a mesma lógica as galáxias, um desvio para o vermelho, ou alongamento das ondas de luz, significa que as galáxias devem estar se afastando. A maioria das galáxias vistas por Hubble eram desviadas para o vermelho. E quanto mais distantes, maior era o seu desvio para o vermelho, indicando a expansão do universo. Ainda segundo o físico George Gamow, que teve papel importante teoria do Big Bang, toda a matéria existente hoje no universo encontrava-se concentrada no chamado “átomo inicial”, ou “ovo cósmico”, e que uma incalculável quantidade de energia, depois de intensamente comprimida, repentinamente explodiu, formando ao avançar do tempo gases, estrelas e planetas. O fato é que a temperatura do universo diminui em razão da sua expansão, e na visão de alguns físicos, chegará o dia em que, o universo ser resfriará complemente e começara a se recolher de novo até que volte à sua forma original. Hoje, a maioria dos cientistas acredita que o universo está se expandindo e que continuará assim. A base para esta teoria da expansão do universo, foi fornecida por Edwin Powell Hubble, em longas noites de intensas observações dos céus.



Leia mais em: http://ciencia.me/mKc

Faltam dez dias para o Enem: veja dicas e conheça as regras da redação


Faltam dez dias para o início do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para os dias 8 e 9 de novembro, e o G1começa nesta quarta-feira (29) uma contagem regressiva com dicas importantes para os 8,7 milhões de candidatos inscritos para as provas. A primeira dica é sobre redação, que será aplicada no segundo dia (9). Veja dicas para um bom texto e as regras que são aplicadas para a correção da redação.
POR ONDE COMEÇAR

- Calcule o tempo. Separe uma hora para fazer a redação.
- Encontre o tema. Organize as ideias e pense quais argumentos você vai defender.
- Escreva primeiro no rascunho. Faça os ajustes necessários. Releia o que escreveu para ver se está tudo compreensível e se não tem nenhum erro. Só depois transcreva o texto final para a folha oficial. As boas redações não têm nenhuma rasura.
- Capriche na letra. O examinador precisa entender o que você escreveu.
- Alguns professores recomendam começar pelo meio, a parte dos argumentos, para depois fazer a introdução.
 COMO DIVIDIR O TEXTO
- Divida o texto em parágrafos. Tem que dar a margem antes de iniciar um novo parágrafo. E coloque ponto final ao terminar.
- Faça um texto com 30 linhas. Dê um título de quatro a cinco palavras. O título não é obrigatório segundo o edital, mas ajuda a enriquecer a prova.
- Não escreva em primeira pessoa. Faça uma dissertação usando a terceira pessoa do singular ou plural (ele, ela, eles, elas).
- Leve a prova a sério. Não faça piadinhas, brincadeiras, nem seja preconceituoso nas ideias.
- Seja simples e objetivo. Pode escrever com simplicidade. Não precisa se preocupar com texto muito elaborado com vocabulário muito intelectual. Enem pede texto correto e coeso.
- Não fuja ao tema proposto. Segundo o edital, quem fugir ao tema deliberadamente vai ganhar nota zero.
COM OU SEM TÍTULO?
Segundo as regras do Enem, "o  título é um elemento opcional na produção da sua redação e será considerado como linha escrita".
Veja no vídeo acima dicas da professora Fernanda Bérgamo, do Projeto Educação
O QUE PODE DAR ZERO À SUA REDAÇÂO
- Não atender a proposta solicitada ou desenvolver outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo;
- Entregar a folha de redação sem texto escrito;
- Escrever até 7 (sete) linhas, qualquer que seja o conteúdo;
- Impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação;
- Desrespeito aos direitos humanos;
- Parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
COMO FUNCIONA A CORREÇÃO
Um bom texto para ganhar nota 1.000 deve cumprir bem cinco competências exigidas pela redação do Enem. Cada competência tem cinco faixas que vão de 0 a 200 pontos.
Competência 1: Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita.
Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação.
Competência 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
A redação será corrigida por dois corretores de forma independente. A nota total de cada
corretor corresponde à soma das notas atribuídas a cada uma das cinco competências.
Se houver discrepância entre as notas dois corretores por mais de 100 pontos, ou se a diferença de suas notas em qualquer uma das competências for superior a 80 pontos, a redação vai para um terceiro corretor.
Caso não haja discrepância entre o terceiro corretor e os outros dois corretores, ou caso haja discrepância entre o terceiro corretor e apenas um dos corretores, a nota final do
será a média aritmética entre as duas notas totais que mais se aproximarem.
Se a nota do terceiro corretor tiver diferença equidistante das notas dos outros dois corretores, ou se for completamente diferente, a redação será avaliada por uma banca de três avaliadores que dará a nota definitiva.
TEMAS QUE JÁ CAÍRAM
1998:  Viver e aprender
1999:  Cidadania e participação social
2000:  Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional
2001:  Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?
2002:  O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais que o Brasil necessita?
2003:  A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo
2004:  Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação
2005:  O trabalho infantil na sociedade brasileira
2006:  O poder de transformação da leitura
2007:  O desafio de se conviver com as diferenças
2008  Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivo financeiros a proprietários que deixarem de desmatar; ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar
2009:  O indivíduo frente à ética nacional
2010:  O trabalho na construção da dignidade humana
2011:  Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado
2012:  Movimento imigratório para o Brasil no século 21
2013: Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil

Fonte: G1

Uma mancha solar gigante

POR SALVADOR NOGUEIRA

30/10/14  07:13
A chuva pode estar rara no Sudeste brasileiro, mas o clima espacial anda prodigioso em tempestades solares, com o aparecimento da maior mancha solar já vista nos últimos 24 anos. Ela é do tamanho do planeta Júpiter!
Mancha solar com 125 mil km de diâmetro, fotografada pelo satélite Solar Dynamics Observatory, da Nasa.
Mancha solar com 125 mil km de diâmetro, fotografada pelo satélite Solar Dynamics Observatory, da Nasa.
É bem verdade que estamos na época de pico de atividade do Sol em seu ciclo de 11 anos — o chamado máximo solar. Mas ainda assim a mancha impressiona. Entre os dias 18 e 27 de outubro, ela produziu nada menos que sete erupções solares da classe X — as mais poderosas –, além de outras menores. Viu-se atividade similar em outra mancha de mesmo porte, um pouco menor, em 2003.
As manchas são produzidas por verdadeiros frenesis magnéticos que ocorrem na superfície do Sol, levando à ejeção de grandes quantidades de matéria solar na direção para onde apontam. Conforme o Sol gira, ele pode muito bem disparar essas rajadas de partículas na nossa direção. O que não é bom.
Embora não sejam ameaça direta à vida, essas tempestades solares podem danificar satélites e até mesmo prejudicar o funcionamento de nossas redes elétricas. Dependendo do tamanho, elas poderiam muito bem causar um blecaute global.
É isso aí, o negócio é perigoso. Uma tempestade solar capaz de causar exatamente isso atingiu a Terra em 1o de setembro de 1859 e foi registrada pelo astrônomo Richard Carrington. Na época já foi um negócio assustador. Auroras boreais chegaram a ser vistas em Cuba e no Havaí, regiões próximas ao equador. Operadores de telégrafo levaram choques, e alguns sistemas continuaram a funcionar mesmo depois de desconectados de suas fontes de energia.Se acontecesse hoje, um novo evento Carrington seria ainda mais dramático, pois somos muito mais dependentes de sistemas elétricos do que éramos em 1859. Uma estimativa recente prevê um prejuízo de mais de US$ 1 trilhão, só nos Estados Unidos.E pode acontecer. Uma tempestade similar à do evento Carrington foi vista deixando o Sol em 2012. Felizmente, “errou” a Terra. Mas estima-se que a probabilidade de vermos o fenômeno se repetir até 2022 e efetivamente nos atingir é de 12% — nada negligenciávelUma coisa curiosa, contudo, é que a mancha associada à tempestade de 1859 era de porte médio, bem menor que a atual. O que mostra que não é preciso uma supermancha para ter uma supertempestade.
De toda forma, não custa permanecermos ligados no que rola no Sol até a atual mancha se dissipar. Vai que, né?

Disponível em:http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2014/10/30/uma-mancha-solar-gigante/

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Bateria que recarrega em 2 minutos dura 20 anos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/10/2014

Bateria que recarrega em 2 minutos dura 20 anos
Os pesquisadores já licenciaram a tecnologia, e afirmam que as baterias ultrarrápidas poderão chegar ao mercado em dois anos. [Imagem: NTU]
Bateria ultrarrápida
Cientistas de Cingapura criaram uma bateria com capacidade de recarregamento ultrarrápido.
O protótipo recupera 70% de sua carga total em apenas dois minutos.
E, neste caso, viver na via rápida não significa viver menos: as simulações garantem que a bateria ultrarrápida poderá ter uma vida útil de até 20 anos, o que é 10 vezes mais do que as atuais.
A equipe afirma que a nova bateria pode mudar o jogo na indústria automotiva, resolvendo o problema daautonomia dos carros elétricos e do seu tempo de recarregamento.
"A autonomia dos carros elétricos poderá aumentar de forma dramática, recarregando a bateria em apenas cinco minutos, o que é comparável com o tempo necessário para uma bomba de gasolina encher o tanque de um carro atual," disse o professor Chen Xiaodong, coordenador da equipe.
"Igualmente importante, agora podemos reduzir drasticamente o lixo tóxico gerado pelas baterias descartadas, uma vez que nossas baterias duram 10 vezes mais do que a geração atual de baterias de íons de lítio," acrescentou ele.
Nanotubos de titânio
A inovação foi possível substituindo o eletrodo negativo das baterias de lítio, que é feito de grafite, por um gel à base de nanotubos de dióxido de titânio, um material barato e usado, por exemplo, em protetores solares e como aditivo em alimentos.
O dióxido de titânio ocorre naturalmente na forma de cristais esféricos, mas a equipe descobriu uma forma de transformá-los em nanotubos, aumentando sua área superficial e acelerando as reações químicas necessárias para a recarga da bateria.
Segundo o professor Xiaodong, a tecnologia é tão promissora e simples que o processo já está sendo licenciado para uma empresa interessada em criar uma nova geração de baterias ultrarrápidas, que ele estima chegarem ao mercado em dois anos.
Bibliografia:

Nanotubes: Mechanical Force-Driven Growth of Elongated Bending TiO2-based Nanotubular Materials for Ultrafast Rechargeable Lithium Ion Batteries
Yuxin Tang, Yanyan Zhang, Jiyang Deng, Jiaqi Wei, Hong Le Tam, Bevita Kallupalathinkal Chandran, Zhili Dong, Zhong Chen, Xiaodong Chen
Advanced Materials
Vol.: Article first published online
DOI: 10.1002/adma.201470238

Galaxias




http://univesptv.cmais.com.br/universo/galaxias-a-nossa-as-outras

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Cometa Halley retorna ao céu no final deste mês após quase 30 anos

 Cometa Halley retorna ao céu no final deste mês após quase 30 anos Resultado que poderá ser visto nos próximos dias 21-22 é de uma chuva de meteoros 

Para observar o fenômeno, não é necessário nenhum equipamento especial Foto: Divulgação

 Para observar o fenômeno, não é necessário nenhum equipamento especial - Divulgação PUBLICIDADE RIO - O cometa Halley retorna ao nosso céu este mês - mas não exatamente de uma forma sensacional. Quem quiser ver algo melhor, vai ter que esperar até 2061, e ainda assim a aparência está prevista para ser ainda mais decepcionante do que a de 1985-1986. Na verdade, são os restos derramados por Halley que vamos encontrar neste mês de outubro. Os cometas deixam um rastro de poeira cósmica enquanto se deslocam pelo Sistema Solar. E em 21-22 de outubro, a Terra vai passar por remanescentes do cometa enquanto orbitamos o Sol. VEJA TAMBÉM Brilho da superlua deve ofuscar chuva de meteoros Sonda europeia alcança cometa depois de 10 anos de perseguição Local de pouso em cometa é anunciado pela equipe da missão Rosetta As partículas do cometa fluem para a nossa atmosfera. Mas não há perigo algum: eles são minúsculos, não maiores do que grãos de café instantâneo. Viajando em alta velocidade, eles queimam-se sem causar danos em cerca de 60 quilômetros acima da superfície da Terra. O resultado é uma queima de fogos cósmica, uma chuva de meteoros. Os meteoros vêm em trajetórias paralelas, mas a distância faz com que pareçam emanar de um ponto no céu (assim como as pistas de autoestrada distantes parecem convergir). Não é necessário nenhum equipamento especial para observar uma chuva de meteoros. Na melhor das hipóteses, você deve ver até 25 estrelas cadentes por hora. Tratam-se de meteoros em movimento rápido, e que muitas vezes deixam uma “poeira” persistente de luz atrás deles depois que eles são incinerados. COMETA DEVE PASSAR A 120 MIL KM DE MARTE PUBLICIDADE Marte é um lugar melhor para estar este mês se você é um grande fã de cometa. O planeta vermelho deve encontrar com um cometa real, em 19 de outubro. Comet 2013A1 - descoberto pelo astrônomo britânico Rob McNaught, do Observatório Siding Spring, na Austrália, vai passar pelo planeta a uma distância de apenas 120 mil quilômetros. Podemos esperar algumas imagens impressionantes do cometa dos viajantes na superfície de Marte, e de naves espaciais em órbita. E por falar em imagens impressionantes, no próximo mês Rosetta vai pousar em um cometa. Atualmente em órbita ao redor do cometa Churyumov-Gerasimenko (melhor abreviado para Comet CG), Rosetta irá colocar sua sonda Philae na superfície do cometa. Nada tão audacioso já foi tentado antes, e as fotografias de close-up que captam Philae nos transportam para um novo mundo - literalmente. Já em 8 de outubro, há um eclipse total da Lua que será visível de países em todo o Oceano Pacífico, incluindo os Estados Unidos e Canadá, a leste, e da Austrália, Indonésia, China e partes da Rússia, a oeste. As regiões oeste do Canadá e dos Estados Unidos poderão ver um eclipse parcial do Sol em 23 de outubro

Fonte: O Globo