sexta-feira, 26 de abril de 2013

CALENDÁRIO 2013



 Programação
Período  
 Inscrição de Escolas
até 09 de maio
 Prova da 1Fase (nas escolas) - Horário 13:00hs
18 de maio  
 Divulgação do gabarito da 1ª fase para escolas e professores
22 de maio  
 Lançamento pelos professores e/ou coordenadores das notas da 1ª Fase no banco de dados da OBF
até 07 de junho
 Divulgação do número mínimo de acertos para admissão à 2ª Fase
10 de junho 
Divulgação das Sedes para a aplicação da prova da 2a fase
14 de junho
 Período de seleção dos locais para a 2a fase pelas escolas
15 a 30 de junho  
 Prova da 2a Fase (nas sub-coordenações estaduais)
10 de agosto  
 Lançamento pelos coordenadores das notas da 2ª fase no banco de dados da OBF
até 30 de agosto  
 Divulgação da nota mínima para admissão à 3ª Fase
01 de setembro  
 Divulgação do gabarito resumido da 2ª fase (na página da OBF)
10 de setembro
 Prova da 3a Fase
28 de setembro  
 Divulgação do Resultado Final
13 de dezembro  
 Divulgação do gabarito resumido da 3ª fase (na página da OBF)
13 de dezembro  
 Divulgação dos gabaritos comentados das 1ª, 2ª e 3ª fases
Março/2014 
 Premiação dos vencedores nacionais nos estados
Março/2014


Disponível em:http://www.sbfisica.org.br/v1/olimpiada/index.php?option=com_content&view=article&id=71&Itemid=177

terça-feira, 16 de abril de 2013

Mantos da invisibilidade tornam-se finos como mantos


Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/04/2013

Mantos da invisibilidade tornam-se finos como mantos
O cilindro no suporte, "iluminado" pelas micro-ondas emitidas pelo projetor (direita), não aparece na imagem captada pelo sensor (esquerda). [Imagem: Soric et al./NJP]
Invisifilme
No início do ano passado, a equipe do Dr. Andrea Alu criou o primeiro manto da invisibilidade 3D que funciona no espaço livre.
Embora o dispositivo só funcionasse para a faixa das micro-ondas, o feito marcou a libertação das camuflagens de seu confinamento ao interior dos própriosmetamateriais que geram o efeito, e de seu funcionamento marcadamente 2D.
Mas o dispositivo ainda era uma engenhoca volumosa - ele camufla bem o objeto, mas dificilmente o próprio aparelho de camuflagem passará despercebido.
Agora, a equipe fez algo bem mais parecido com um "manto".
A nova versão de sua camuflagem é um metamaterial com apenas alguns micrômetros de espessura, mais fino do que uma folha de papel.
Como seu antecessor, o dispositivo pode esconder objetos em seu ambiente natural, em todas as direções e qualquer que seja a posição do observador - sempre na faixa das micro-ondas.
A possibilidade de fabricar metamateriais extremamente finos havia sido demonstrada há poucos dias por outra equipe, que criou metassuperfícies que prometem colocar a luz dentro dos processadores.
O Dr. Alu deu ao seu dispositivo um outro nome: metalaminado, ou metatela, mas referindo-se à mesma característica de um metamaterial essencialmente plano.
Aplicações do manto da invisibilidade
A camuflagem metalaminada foi fabricada dispondo-se fitas de cobre, de 66 micrômetros de espessura, seguindo um padrão similar ao de uma rede de pesca, sobre uma folha flexível de policarbonato de 100 micrômetros de espessura.
Esse autenticamente manto da invisibilidade tornou invisível um cilindro plástico de 18 centímetros de comprimento por 3 centímetros de diâmetro.
Este experimento demonstra a possibilidade de fabricar mantos da invisibilidade que possam ser aplicados como revestimento aos materiais a serem escondidos.
"As maiores vantagens da camuflagem em forma de manto é a sua conformabilidade, facilidade de fabricação e largura de banda otimizada. Nós demonstramos que você não precisa de um metamaterial volumoso para cancelar a reflexão [da luz] de um objeto - uma simples superfície com padrões geométricos que se conforme ao objeto é suficiente e, em muitos aspectos, melhor do que um metamaterial tradicional," disse Alu.
Como no caso da sua camuflagem 3D original, ele ressalta que, em princípio, a técnica poderá ser usada para esconder objetos na luz visível.
Contudo, como os padrões geométricos do manto da invisibilidade precisam ser escalonados conforme o comprimento de onda da luz com o qual devem atuar, uma camuflagem desse tipo que opere na luz visível só conseguirá esconder objetos muito pequenos, na faixa dos micrômetros.
"Ainda assim, vislumbramos várias aplicações instigantes para a camuflagem de objetos pequenos, como dispositivos de imageamento não invasivos na faixa do infravermelho próximo, nanoetiquetas ópticas e nanochaves - além de melhorar a eficiência de absorção das nanopartículas. Isto poderá trazer grandes benefícios para os equipamentos biomédicos e ópticos," conclui a equipe em seu artigo.
Bibliografia:

Demonstration of an ultralow profile cloak for scattering suppression of a finite-length rod in free space
Jason C. Soric, Pai-Yen Chen, Aaron Kerkhoff, David Rainwater, Kevin Melin, Andrea Alu
New Journal fo Physics
Vol.: 15 033037
DOI: 10.1088/1367-2630/15/3/033037

Fonte: Inovação tecnológica

Robô-bombeiro humanoide equilibra-se a bordo de navio


Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/04/2013

Robô-bombeiro humanoide equilibra-se dentro de navio
Além da dificuldade típica de fazer um robô humanoide andar de forma eficiente, os pesquisadores estão tendo que lidar com o balanço do navio. [Imagem: Virginia Tech]
Por paradoxal que possa parecer, incêndios em navios representam uma ameaça quase tão grande quanto o risco de um naufrágio.
Isto porque navios são veículos apertados, o que torna difícil tanto detectar o fogo quanto chegar até ele para um combate eficaz.
Como uma das aplicações fundamentais dos robôs é substituir os humanos em tarefas de risco, engenheiros das universidades da Virgínia e Pensilvânia, nos Estados Unidos, decidiram criar um robô-bombeiro.
Depois de vários estudos eles concluíram que um robô humanoide é o mais adequado para a tarefa porque o "design humano" é o mais adequado para andar pelos labirintos e corredores estreitos dos navios.
Isso implica em que, além da dificuldade típica de fazer um robô humanoide andar de forma eficiente, os pesquisadores estão tendo que lidar com o balanço do navio, o que exige um nível de equilíbrio extra.
O robô-bombeiro - seu nome é Saffir (Shipboard Autonomous Firefighting Robot - robô bombeiro autônomo de bordo, em tradução livre) - está sendo projetado para ser autônomo, movendo-se pelo navio, interagindo com as pessoas e, claro, ficando sempre de olho em qualquer sinal de fumaça ou fogo.
O robô terá em sua memória a localização de todos os equipamentos de combate a incêndio e deverá saber manuseá-los. Outra função automática é a emissão de um alerta para todo o navio no caso da detecção de um foco de incêndio.
Para não perder o rumo no momento do incêndio, o Saffir está sendo dotado de uma tecnologia de sensores multimodal - câmeras estéreo para visão em 3D, sensores de gás e câmera de infravermelho para enxergar através da fumaça.
Sua grande vantagem é que ele poderá chegar muito mais perto do fogo do que um bombeiro humano conseguiria, além de continuar operando normalmente em condições de muita fumaça.
Segundo os pesquisadores, na versão atual, as baterias do robô permitem que ele combata um incêndio durante 30 minutos.

Fonte: Inovação tecnológica

sábado, 13 de abril de 2013

'Pendrive vai desaparecer em breve', diz Nobel de Física em Porto Alegre


O cientista francês Albert Fert, Nobel de Física em 2007, recebeu o título de Doutor Honoris Causa nesta quinta-feira (11) na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), emPorto Alegre. Em entrevista à imprensa, Fert falou sobre a descoberta da magnetorresistência gigante (MRG), efeito que permitiu aos discos rígidos superarem a barreira de gigabytes, contribuindo para a popularização dos computadores, em 1988.
A partir da descoberta da MRG, surgiram novas formas de armazenamento de dados, como CDs e pendrives, mídias físicas que, segundo Fert, estão com os dias contados. “Certamente o pendrive irá desaparecer em breve e imagino que todo o resto também. Em cinco anos, as pessoas ficarão menos dependentes dessas coisas e usarão outras formas para guardar informações. Cloud computing é uma delas. É mais inteligente e tem a mesma finalidade”, disse.
Francês ganhou Nobel de Física em 2007 (Foto: Caetanno Freitas/G1)Fert sustenta que as mídias físicas desaparecerão em breve
(Foto: Caetanno Freitas/G1)
Para o professor de física e pesquisador, o Nobel abriu caminhos para novos projetos que lidera na França. Fert disse a MRG foi fundamental para o desenvolvimento da computação, mas ressaltou que pretende abrir novos campos na ciência.
“Esse título nos deu notoriedade e permitiu que pudéssemos aprimorar essa descoberta, abrindo caminhos para trabalhos futuros que estamos desenvolvendo até hoje. Sempre achei meu trabalho muito empolgante e o Nobel foi uma consequência disso. Uma ótima notícia para mim e para meu país”.
“Como faz muito tempo que descobrimos a MRG, estamos buscando novos desafios. Nosso objetivo é transformar o uso dos computadores. Quem sabe, um dia, eles não consumam tanta energia e se tornem mais sustentáveis?”, indagou.
Doutor Honoris Causa
De acordo com a UFRGS, o título de Doutor Honoris Causa foi concedido ao físico francês Albert Fert para fortalecer o intercâmbio entre Brasil e França. O professor da Université de Paris-Sud (Orsay) mantém estreitas ligações de trabalho em pesquisa com o Instituto de Física da universidade gaúcha.
Fert permanece em Porto Alegre nesta sexta-feira (12). Ele vai participar de um workshop técnico da UFRGS em sua homenagem. A atividade é franca e acontecerá no Anfiteatro de Geociências, das 9h às 17h.
Magnetorresistência gigante
A magnetorresistência gigante (MRG) é um efeito da física quântica descoberto em 1988 pela equipe liderada por Albert Fert. Trata-se de uma forte variação da resistência elétrica, produzida por um campo magnético, que é observada em nanoestruturas. O feito foi reconhecido como a pedra fundamental da spintrônica, tecnologia que explora a propensão quântica dos elétrons de girar, assim como fazer uso do estado de suas cargas.

Os trabalhos permitiram que a computação se aproximasse da vida das pessoas, por conta da redução dos custos, aliados à capacidade crescente de armazenamento dos discos rígidos. A MRG foi também observada independentemente por Peter Grünberg, com quem o professor Fert dividiu o Nobel de Física de 2007
Fonte: G1

quinta-feira, 4 de abril de 2013

EUA vão jogar 'chuva' de ratos tóxicos para combater serpentes em ilha



Veja os destaques de Meio Ambiente (2013)91 fotos

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Abril - Integrante do exército dos Estados Unidos segura uma serpente arbórea marrom ("Boiga irregularis"), na ilha de Guam, localizada no oceano Pacífico. A população dessa espécie invasora está saindo de controle e causando a extinção de aves da ilha. A Força Aérea norte-americana vai jogar ratos mortos e tóxicos para combater os répteis Eric Talmadge/AP
A Força Aérea dos Estados Unidos lançará sobre as florestas de Guam cerca de dois mil ratos mortos contendo uma substância fatal para as serpentes responsáveis pelo extermínio de grande parte da fauna da ilha.
A ação nessa fortaleza militar do Pacífico vai acontecer entre abril e maio deste ano, e consiste, segundo o plano inicial, em jogar de helicópteros os roedores mortos que receberão, antes, uma injeção com 80 miligramas do produto químico conhecido como paracetamol, mortal para a serpente arbórea marrom (Boiga irregularis), cuja população está saindo de controle.
O réptil, uma espécie invasora original do litoral nordeste da Austrália e da ilha de Papua, é causadora da extinção de nove das 12 espécies de aves autóctones de Guam após chegar ali nos navios da marinha americana durante a Segunda Guerra Mundial, de acordo com a conclusão dos especialistas.
A ausência de predadores naturais para essa espécie e a abundância de comida propiciaram a expansão dessas serpentes por quase toda a ilha, até alcançar uma densidade de entre 50 e 100 espécimes por hectare.
Além do desastre para a fauna da ilha, o réptil também é uma dor de cabeça para o governo local, já que se torna difícil impedir que penetre nas instalações elétricas e cause contínuas e custosas falhas no sistema de provisão de energia.
O experimento piloto será realizado em cerca de "200 acres de terra [810 mil metros quadrados] a noroeste da base aérea de Andersen", comentou Jesse Guerrero, membro da equipe de biólogos na base militar americana, com a Efe.
Para evitar que outros animais possam se envenenar com a ingestão dos roedores, estes serão lançados "um a um" com uma espécie de miniparaquedas "para que se enganchem nas árvores" onde as serpentes vivem.
Alguns roedores, além da substância cujo efeito mortal tem uma duração de 72 horas, também terão um sistema de rádio transmissão para rastrear os movimentos das serpentes antes de sua morte.
Os pesquisadores americanos que desenvolveram o teste em Guam planejam coletar informação durante os próximos 14 meses para medir o sucesso da missão. Eles também vão preparar novos projetos a fim de combater a praga dessa espécie de réptil, cujo veneno não é mortal para o homem.
"Queremos nos assegurar de que estamos fazendo o correto. Se a informação colhida mostrar que o plano é eficaz para o controle da população, planejaremos novas missões em outras áreas de Guam", declarou Daniel Vice, membro do Departamento americano de Agricultura e Vida Selvagem para o Havaí, Guam e as ilhas do Pacífico, ao jornal Pacific Daily News".
Segundo os especialistas, aproximadamente dois milhões de serpentes dessa espécie, que chegam a até três metros de comprimento, habitam as áreas florestadas dos 541 quilômetros quadrados de extensão da ilha de Guam.
A operação militar tem um orçamento de US$ 1 milhão (R$ 2,021 milhões) fornecido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos e aprovado pela Agência de Proteção Ambiental do país.
Guam, que foi colônia espanhola até 1898, tem uma população de 160 mil pessoas com passaporte americano apesar de estar inscrito desde 1950 como um território associado não incorporado aos Estados Unidos. O turismo é a principal fonte de renda para a ilha, seguida pelos investimentos dos Estados Unidos, que consideram a ilha como um território de importância estratégica para proteger seus interesses nessa região do Pacífico.

Fonte: UOL

Descoberta partícula subatômica que não se encaixa no Modelo Padrão


Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/04/2013

Descoberta partícula subatômica que não se encaixa no Modelo Padrão
A equipe responsável pelo experimento BES III é composta por quase 300 cientistas, de 11 países. [Imagem: IHEP]
Um grupo internacional de cientistas, trabalhando em um acelerador chinês, anunciou a descoberta de uma nova partícula subatômica.
Os cientistas afirmam que a nova partícula, batizada preliminarmente de Zc(3900), é um "hádron exótico", uma partícula subatômica que não se encaixa no modelo padrão da física.
A descoberta foi feita pelo experimento BES III (Beijing Spectrometer III), um detector instalado no colisor BEPC (Beijing Electron Positron Collider - Colisor de Elétrons e Pósitrons de Pequim).
A equipe responsável pelo experimento é composta por quase 300 cientistas, de 11 países.
Charmonium
O grupo já estava concentrado nos estudos de uma partícula estranha, chamada Y(4260), descoberta em 2005 no experimento BaBar, nos Estados Unidos.
O que surpreendeu é que os dados mostram que a Y(4260) decai em uma outra partícula ainda mais misteriosa, a Zc(3900).
Enquanto outras partículas que compartilham certas semelhanças com a Y(4260) têm sido explicadas como exemplos de um quark charm e um antiquark charm emparelhados pela força forte da física de partículas, todas as tentativas de incorporar a Y(4260) neste modelo falharam, e sua natureza permanece desconhecida.
O mistério agora se aprofunda com a demonstração de que pode haver um grupo muito maior de partículas desconhecidas.
Os quarks charm, que formam esse "mésons charmosos", ou charmonium, são bem mais pesados do que os mais tradicionais quarks up e down.
Assim, essas novas partículas, como a Y(4260) e a agora descoberta Zc(3900) - elas estão sendo agrupadas como "mésons XYZ" - podem acrescentar novas dimensões ao estudo das forças que quarks e antiquarks exercem uns sobre os outros.
Segundo Wang Yifang, da Academia Chinesa de Ciências, a equipe vai continuar estudando a Zc(3900) para detalhar melhor suas propriedades.
Bibliografia:

Observation of a charged charmoniumlike structure in e+e- to pi+pi-J/psi at \sqrt{s}=4.26 GeV
BESIII Collaboration
arXiv
http://arxiv.org/abs/1303.5949

Fonte: Inovação Tecnológica

Ação fantasmagórica à distância é 10.000 vezes mais rápida que a luz


Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/04/2013

Ação fantasmagórica à distância é milhares de vezes mais rápida que a luz
Para fazer a medição, os físicos criaram feixes de fótons entrelaçados e os separaram a uma distância de 15 quilômetros. [Imagem: Juan Yin et al.]
Difícil até para Einstein
O conceito de entrelaçamento quântico - ou emaranhamento - deixou desgrenhado ninguém menos do que Albert Einstein.
Quando ouviu falar que duas partículas quânticas podiam se entrelaçar, de forma que o que acontecesse com uma afetaria imediatamente a outra, não importando se ambas estivessem em extremos opostos da galáxia, o gênio da física chamou isto de "ação fantasmagórica à distância".
As teorias de Einstein estabelecem um limite máximo de velocidade universal, a velocidade da luz - nada pode superar a velocidade da luz, segundo o paradigma da física atual.
Porém, no caso do entrelaçamento, conforme propõe a mecânica quântica, não se trata nem mesmo de velocidade, mas de instantaneidade.
Embora o entrelaçamento quântico venha sendo demonstrado experimentalmente à exaustão, inclusive em uma versão tripla, poucos se arriscam a especular como é que uma partícula "sabe" o que deve fazer quando sua irmã gêmea sofre uma alteração.
Velocidade do entrelaçamento quântico
Uma equipe de físicos chineses agora tentou uma abordagem mais experimental.
Eles queriam medir a velocidade com que a ação fantasmagórica à distância é passada de uma partícula para a outra.
E o resultado foi: pelo menos quatro ordens de magnitude mais rápido do que a velocidade da luz.
Uma ordem de magnitude equivale a 101 - assim, a velocidade medida foi de 104, ou seja, 10.000 vezes mais rápido do que a velocidade da luz.
Na verdade, não se trata de que alguma coisa esteja realmente viajando a uma velocidade maior do que a velocidade da luz - no entrelaçamento quântico não há troca de informações entre as partículas, ou seja, nada realmente "viaja" de um ponto a outro, as partículas apenas parecem "saber" quando a outra foi afetada.
O que os físicos chineses mediram foi o tempo que separa uma alteração na primeira partícula e a alteração na sua partícula entrelaçada - fazendo as contas, isso equivaleria a uma informação hipotética que viajasse a 10.000 vezes a velocidade da luz entre as duas partículas, se houvesse transmissão de informação.
Ou seja, o experimento nada tem a ver com o fiasco dos neutrinos que não superaram a velocidade da luz, ainda que alguns físicos defendam que superar a velocidade da luz de fato é matematicamente possível.
Os pesquisadores também são cuidadosos em afirmar que esta velocidade está no limite do que o experimento consegue medir com confiabilidade - ou seja, a velocidade é provavelmente muito maior.
Ação fantasmagórica à distância é milhares de vezes mais rápida que a luz
Diagramas espaçotemporais da medição da velocidade do entrelaçamento quântico. [Imagem: Juan Yin et al.]
Todos com razão
Para fazer a medição, os físicos criaram feixes de fótons entrelaçados e os separaram a uma distância de 15 quilômetros.
São necessários muitos fótons porque a precisão envolvida no experimento é tamanha que até mesmo a rotação da Terra desloca os fótons em distâncias que são significativas nessas escalas temporais.
Para contrabalançar essas influências, os físicos separaram as duas partículas no sentido leste-oeste, e fizeram o experimento continuamente durante 12 horas.
A equipe de Juan Yin, da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, é a mesma que recentemente bateu o recorde de distância do teletransporte - em Setembro do ano passado, seu recorde foi superado por uma equipe europeia:
Em resumo, apesar de um resultado capaz de fritar neurônios, o experimento não se contrapõe nem à teoria da relatividade de Einstein - porque não há troca de informações entre as duas partículas -, e nem à mecânica quântica.
Na verdade, uma velocidade de 10.000 vezes a velocidade da luz como limite mínimo parece mais uma vez dar razão à mecânica quântica, que continua afirmando que a ação fantasmagórica à distância é instantânea.
Bibliografia:

Bounding the speed of "spooky action at a distance"
Juan Yin, Yuan Cao, Hai-Lin Yong, Ji-Gang Ren, Hao Liang, Sheng-Kai Liao, Fei Zhou, Chang Liu, Yu-Ping Wu, Ge-Sheng Pan, Qiang Zhang, Cheng-Zhi Peng, Jian-Wei Pan
arXiv
Fonte: Inovação Tecnológica

Piso salarial dos professores do DF será de R$ 5.237 até 2015, diz GDF

Acordo entre a classe e o governo garantiu aumento, que será parcelado em três anos


Piso salarial dos professores do DF será de R$ 5.477 até 2015
Acordo foi firmado em assembleia na Praça do Buriti
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O GDF (Governo do Distrito Federal) e o Sinpro-DF (Sindicato dos Professores do DF) chegaram nesta quarta-feira a um acordo de aumento salarial para a classe, após assembleia realizada na Praça do Buriti. Segundo a Secretaria de Planejamento do DF, o reajuste vai representar 8% sobre o salário total dos professores. O acordo prevê que até 2015, o piso salarial dos professores contratados pelo GDF seja de R$ 5.237 e o teto deve chegar a R$ 9.477.

Segundo o secretário de Administração Pública do DF, Wilmar Lacerda, outro ponto acertado com a classe foi o fim da exclusividade dos professores da rede pública.

— Vamos colocar os professores com pagamentos nos níveis das outras carreiras de nível superior do GDF.

O reajuste salarial, outro ponto importante do acordo, será superior a 23% até 2015, podendo chegar a 70% em alguns casos. Além disso, a carreira passará a ter apenas duas tabelas de remuneração, de 20 ou 40 horas.

Leia mais notícias no R7 DF

Neste ano, o aumento vai abranger 43 mil educadores do DF, entre ativos e inativos.

O impacto na folha de pagamento em 2013 será de R$ 233,3 milhões. Em 2016, quando a proposta for integralmente implantada, chegará a R$ 1 bilhão.

De acordo com o secretário Lacerda, o reajuste não ultrapassará os limites prudenciais da Lei de Responsabilidade Fiscal.