quinta-feira, 25 de setembro de 2014

submissão de trabalhos para a Conferência Nacional de Educação Matemática e Ensino de Ciências.

A Conferência Nacional de Educação Matemática e Ensino de Ciências - CONEMCI é uma iniciativa da Universidade Federal do Ceará (UFC) através do Instituto Universidade Virtual (Instituto UFC Virtual) em parceria com o Governo Estado do Ceará por meio da Secretaria de Educação (SEDUC) através do Centro de Educação a Distância do Ceará (CED). O evento constitui-se de um espaço privilegiado no qual os professores e estudantes da rede pública, bem como o público em geral, têm a oportunidade de discutir sobre o Ensino de Educação Matemática e Ciências, divulgar pesquisas com foco na realidade vivenciada em sala de aula e ter contato com pesquisadores renomados sobre a temática de Educação Matemática e Ciências.
A conferência ocorrerá nos dias 30 e 31 de outubro e no dia 1 de novembro de 2014 no Centro de Educação a Distância do Ceará, em Sobral.
As inscrições são totalmente gratuitas e podem ser realizadas atraves do site: http://encontronacional.virtual.ufc.br/conemci/
Submissão de trabalhos:
Estará aberto para submissão de trabalho no período de 19/09/2014 a 19/10/2014.
Os trabalhos devem referir-se a projetos desenvolvidos nas escolas públicas estaduais ou municipais, nas áreas de Química, Física, Biologia, Matemática e ciências afins.
Os trabalhos serão apresentados na forma de resumo que deverão conter a seguinte formatação:
a) Resumo do Projeto em até 500 palavras.
b) 01 (um) o autor e até 02 (dois) coautores
c) Salvo nos formatos (.doc), (.docx) ou (.pdf)
d) Tamanho do papel: A4 (29,7 x 21cm)
e) Fonte: Times New Roman, tamanho 12 cm
f) Título/subtítulo em negrito, caixa alta, centralizado
g) O nome dos autores e coautores: fonte tamanho 12, recuo à direita, acrescido de nota de rodapé em tamanho 10, contendo nível de formação, área de atuação e local de trabalho, bem como outras informações que o autor considerar relevantes.
Os trabalhos submetidos e aprovados deverão ser apresentados na forma oral, sua apresentação será de acordo com a programação a ser divulgada posteriormente.
Por favor, repassem este e-mail a seus contatos!
Vamos fazer deste evento um espaço de troca de experiências entre os professores de Ciências e Matemática do Ceará!
Caniggia Carneiro
ENCONTRONACIONAL.VIRTUAL.UFC.BR


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Antimatéria no espaço reacende interesse na matéria escura


Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/09/2014

Antimatéria no espaço reacende interesse na matéria escura
Apesar de mostrar comportamentos muito diferentes dos pósitrons e elétrons, quando os dados são combinados eles revelam uma linha única suave e crescente, um resultado intrigante, para o qual ainda não há explicações.[Imagem: M. Aguilar et al. - 10.1103/PhysRevLett.113.121102]
Elétrons e antielétrons
A equipe do Espectrômetro Magnético Alfa (AMS-2 -Alpha Magnetic Spectrometer-2), um detector bilionário a bordo da Estação Espacial Internacional, apresentou novos dados confirmando o excesso de antielétrons, ou pósitrons, entre os raios cósmicos.
Os dados confirmam os resultados iniciais,anunciados no início do ano passado, e ampliam a precisão das medições dos elétrons e dos pósitrons vindos do espaço - entre os chamados raios cósmicos.
O fluxo de pósitrons é significativamente diferente do fluxo de elétrons acima dos 30 GeV, o que sugere que pósitrons e elétrons têm uma origem diferente, conforme já vinha sendo sugerido por diversos outros experimentos.
Os espectros de energia mostram comportamentos dos pósitrons e elétrons muito diferentes em diferentes energias.
Contudo, quando são combinados, eles formam uma linha única suave e crescente, um resultado intrigante, para o qual ainda não há explicações.
Partículas de matéria escura
Os modelos astrofísicos mais aceitos sobre as colisões de partículas interestelares preveem que a fração de pósitrons em relação aos elétrons deveria diminuir com o aumento da energia. Mas todos os experimentos feitos até agora documentaram uma elevação, desafiando as teorias vigentes.
Uma possível explicação para esta diferença é que os pósitrons estariam sendo criados em aniquilações entre as hipotéticas partículas que formam a matéria escura - uma das teorias propõe que a matéria escura é formada por uma partícula chamada WIMP (Weakly Interacting Massive Particles, partículas maciças fracamente interativas), que se chocariam umas com as outras formando pares elétrons-pósitrons.
Contudo, a equipe afirma que serão necessários dados com maior energia para definir se essa diferença entre matéria e antimatéria é gerada pela matéria escura ou por outras fontes, como pulsares, por exemplo.
Se forem descartadas outras fontes, os dados seriam compatíveis com partículas de matéria escura com massas da ordem de 1 TeV (tera-elétron Volt) - cerca de 1.000 vezes a massa do próton.
Isto está sendo aclamado como um marco importante pelos astrofísicos, devido aos contínuos fracassos na busca pela matéria escura, o que tem feito alguns deles pensarem em simplificar as teorias em busca de comprovação, enquanto outros propõem explicações baseadas em sabores misturados e evaporação quântica.
O AMS-2 registrou 41 bilhões de eventos, identificando 580.000 pósitrons e 9,2 milhões de elétrons, em faixas de energia que vão aos 500 GeV para os pósitrons e 700 GeV para os elétrons.
Bibliografia:

Electron and Positron Fluxes in Primary Cosmic Rays Measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station
M. Aguilar et al. (AMS Collaboration)
Physical Review Letters
Vol.: 113, 121102
DOI: 10.1103/PhysRevLett.113.121102

Fonte: Inovação tecnológica

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Som de um átomo é gravado pela primeira vez

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/09/2014

Som de um átomo é gravado pela primeira vez
O átomo artificial gera ondas sonoras formadas por vibrações na superfície de um sólido (direita). Essa onda acústica superficial é recebida à esquerda por um "microfone" formado por hastes metálicas entrelaçadas. [Imagem: Philip Krantz/Krantz NanoArt]
Interação com átomos por som
Pesquisadores suecos conseguiram pela primeira vez estabelecer comunicação com um átomo artificial por meio de ondas sonoras.
Eles "falaram" com o átomo, enviando-lhe ondas sonoras, e "ouviram" sua resposta, igualmente em ondas de som.
Isto permite demonstrar e controlar fenômenos da física quântica com o som assumindo o papel até agora desempenhado pela luz, de forma semelhante ao feito recentemente com a criação de um laser de som.
"De acordo com a teoria, o som do átomo é dividido em partículas quânticas," explica Martin Gustafsson, principal autor do trabalho. "Essa partícula é o som mais fraco que pode ser detectado."
A interação entre os átomos e a luz é bem conhecida e tem sido extensivamente estudada no campo da fotônica e da computação quântica. Agora os cientistas querem fazer o mesmo com o som.
"Nós abrimos uma nova porta para o mundo quântico, conversando com os átomos e ouvindo-os," disse Per Delsing, da Universidade de Tecnologia Chalmers e membro da equipe. "Nosso objetivo a longo prazo é aproveitar a física quântica para que possamos nos beneficiar de suas leis, por exemplo, em computadores extremamente rápidos."
Som quântico
Como o som move-se muito mais lentamente do que a luz, o átomo acústico abre possibilidades completamente novas para controlar fenômenos quânticos.
"Devido à baixa velocidade do som, teremos tempo para controlar as partículas quânticas enquanto elas viajam", disse Gustafsson. "Isto é difícil de conseguir com a luz, que se desloca 100.000 vezes mais rapidamente."
A baixa velocidade do som implica que ele tem um comprimento de onda mais curto do que o da luz. Um átomo que interage com as ondas de luz é sempre muito menor do que o comprimento de onda dessa luz.
Som de um átomo é gravado pela primeira vez
Microfotografia do átomo artificial, que está integrado em um sensor supercondutor do tipo SQUID, que dá ao átomo suas propriedades quânticas. As hastes à esquerda fazem o acoplamento do átomo artificial com as ondas sonoras. [Imagem: Martin Gustafsson/Maria Ekstrom]
No entanto, em comparação com o comprimento de onda do som, o átomo artificial pode ser muito maior, o que significa que as suas propriedades podem ser melhor controladas. Por exemplo, pode-se projetar um átomo artificial para se acoplar apenas a determinadas frequências acústicas ou tornar a interação com o som extremamente forte.
A frequência utilizada no experimento foi de 4,8 gigahertz, perto das frequências de micro-ondas usadas nas redes sem fio - em termos musicais, isso fica cerca de 20 oitavas acima da nota mais alta de um piano.
Em frequências tão elevadas, o comprimento de onda do som se torna suficientemente curto para que possa ser guiado ao longo da superfície de um circuito integrado.
No mesmo chip, os pesquisadores colocaram um átomo artificial que mede 0,01 milímetro de comprimento e foi construído de um material supercondutor. O átomo recebe o som, é impactado por ele, eventualmente mudando seu comportamento e estado de energia, e responde de volta igualmente com som.
Átomo sonoro
Um átomo artificial é um aglomerado de átomos que se comporta como se fosse um só, o que os torna um dos tipos de qubits mais pesquisados pelacomputação quântica - existem também outros tipos de átomos artificiais, feitos de metamateriais.
Exatamente como os átomos individuais, o átomo artificial pode ser carregado eletricamente para emitir uma partícula, geralmente uma partícula de luz, ou fóton.
No experimento de ouvir o átomo, contudo, os pesquisadores projetaram-no para que ele fosse sensível às frequências sonoras - ondas de compressão - e respondesse igualmente emitindo "fótons" de energia de frequência mais baixa que a da luz.
Bibliografia:

Propagating phonons coupled to an artificial atom
Martin V. Gustafsson, Thomas Aref, Anton Frisk Kockum, Maria K. Ekstrom, Goran Johansson
Science
Vol.: Published Online
DOI: 10.1126/science.1257219

Designing frequency-dependent relaxation rates and Lamb shifts for a giant artificial atom
Anton Frisk Kockum, Per Delsing, Goran Johansson
Physical Review Letters
Vol.: 90, 013837
DOI: 10.1103/PhysRevA.90.013837
Fonte: Inovação Tecnológica

Novo motor transforma diretamente eletricidade em rotação

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/09/2014

Motor eletrostático transforma diretamente eletricidade em rotação
No motor eletrostático, somente o eixo gira, simplificando o projeto e reduzindo drasticamente a manutenção pela diminuição das partes móveis. [Imagem: Dan Ludois]
Movimento sem contato
O engenheiro Dan Ludois, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, conseguiu tornar prático um conceito de motor elétrico perseguido há séculos.
Benjamin Franklin e vários outros descreveram os princípios de funcionamento e construíram protótipos de motores elétricos baseados em forças eletrostáticas nos séculos 18 e 19.
Mas ninguém havia conseguido torná-los práticos.
As vantagens de um motor eletrostático são várias, a principal das quais sendo a possibilidade de movimentar coisas sem contato. Mas esses motores também têm potencial para serem mais baratos, mais leves e desgastarem-se muito menos.
Motor eletrostático
Nos motores elétricos tradicionais, a eletricidade é convertida em movimento mecânico giratório através do magnetismo.
No motor eletrostático, os campos elétricos são convertidos diretamente em movimento giratório.
"Uma carga se acumula na superfície dos pratos, e se você puder manipular a carga, você pode converter a eletricidade em movimento rotativo ou transferir a potência elétrica de um conjunto de pratos para outro," explica Ludois.
Foi justamente isso que ele conseguiu fazer, justificando que seu feito foi possível graças a inovações que incluem um controle eletrônico preciso das altas tensões e da alta frequência do campo elétrico, além de conhecimentos recentes no campo da mecânica dos fluidos.
Os pratos são separados por uma distância equivalente à espessura de um fio de cabelo, e são mantidos separados durante o funcionamento do motor por um colchão de ar, semelhante ao que evita que a cabeça de leitura de um disco rígido toque a superfície dos pratos e destrua o disco.
Gerador eletrostático
Como motores elétricos e geradores de eletricidade são essencialmente imagens espelhados uns dos outros, o motor eletrostático também poderá ser usado como gerador em turbinas eólicas, por exemplo.
Ludois já fundou uma empresa, a C-Motive Tecnologies, para comercializar seu motor/gerador.

Fonte: Inovação tecnológica

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Células artificiais mudam de forma e movimentam-se


Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/09/2014

Células artificiais mudam de forma e movimentam-se
Vários formatos de vesículas, destacando a rede de microtúbulos e a deformação ativa de suas membranas. [Imagem: Christoph Hohmann]
Células sintéticas
Embora minúsculas, as células vivas são corpos complexos, com um sistema metabólico sofisticado e longe de ser totalmente compreendido.
Mas isso não tem inibido o sonho de construir células artificiais simples, com uma função específica, e utilizando apenas alguns ingredientes básicos.
Felix Keber e seus colegas da Universidade de Munique, na Alemanha, se concentraram na criação de um dispositivo parecido com uma célula que fosse capaz de executar uma função biomecânica - ser capaz de se mover e mudar de forma sem influências externas.
Motores moleculares
A célula sintética é formada por um invólucro muito fino - uma membrana - dois tipos diferentes de biomoléculas e um combustível para alimentar o movimento.
O invólucro - tecnicamente conhecido como vesícula - é feito de uma membrana lipídica de camada dupla, com uma forma semelhante à das membranas celulares naturais. Essa vesícula foi preenchida com microtúbulos, componentes em forma de tubo do citoesqueleto, além de moléculas cinesina.
Nas células, as cinesinas normalmente funcionam como motores moleculares, que transportam moléculas ao longo dos microtúbulos. Na célula artificial, estes motores empurram constantemente os túbulos um ao lado do outro, formando um cristal líquido sob a membrana.
Para que tudo funcione, as cinesinas precisam de ATP, um portador de energia, que foi adicionado no experimento.
Imitação de processos celulares
Devido à ação dos motores moleculares, o cristal líquido bidimensional fica em um permanente estado de movimento. Como o cristal líquido não é perfeito, suas falhas induzem deformações na célula artificial.
Enquanto a vesícula tem um formato esférico, nada acontece. No entanto, assim que a água é removida por meio de osmose, a vesícula começa a mudar de forma, devido ao movimento dos cristais líquidos no interior da membrana.
Se a vesícula perder ainda mais água, as deformações na membrana geram protuberâncias, semelhantes às utilizadas pelas células naturais para locomoção.
As escalas de tempo das alterações físicas podem ser controladas pela velocidade dos motores de cinesina e pelo tamanho da vesícula inicial.
"Com o nosso modelo biomolecular sintético, nós criamos uma nova opção para o desenvolvimento de modelos celulares minimalistas," argumenta o professor Andreas Bausch, coordenador da equipe.
"Ele é ideal para aumentar a complexidade de uma forma modular, a fim de reconstruir processos celulares como a migração ou a divisão celular de uma maneira controlada," concluiu Bausch.

Asteroide vai passar “muito perto” da terra nesse domingo

Asteroide vai passar “muito perto” da terra nesse domingo

Um asteroide recém-descoberto do tamanho aproximado de uma casa passará relativamente perto da Terra neste domingo (7), aproximando-se dos satélites de comunicação que circundam o planeta, disseram cientistas.
A Nasa afirmou que o asteroide, conhecido como 2014 RC, não representa uma ameaça, embora em seu ponto de maior aproximação irá estar a cerca de um décimo da distância da lua, ou a cerca de 40 mil quilômetros da Terra. Os satélites de comunicação e meteorológicos geralmente ficam em órbita a cerca de 36 mil quilômetros acima do planeta.
"Embora este objeto celestial não pareça ameaçar a Terra nem os satélites, sua aproximação cria uma oportunidade única para os pesquisadores observarem e aprenderem mais sobre os asteroides", informou a Nasa em um comunicado divulgado na terça-feira.
Com um diâmetro aproximado de 18 metros, o asteróide 2014 RC estará tênue demais para ser visível a olho nu, mas astrônomos amadores podem conseguir um vislumbre seu enquanto passa voando, disse a agência espacial.
O 2014 RC tem um diâmetro um pouco menor que os 20 metros do asteroide que explodiu sobre Chelyabinsk, na Rússia, no ano passado. A onda de choque da explosão, que se estimou ter tido 30 vezes mais energia que a bomba atômica de Hiroshima, estraçalhou janelas e danificou edifícios. Mais de mil pessoas ficaram feridas pelos estilhaços de vidro e destroços.
No mesmo dia da explosão de Chelyabinsk, outro asteroide grande chegou a 27.630 quilômetros da Terra – ou seja, ele poderia ter atingido os satélites de comunicação e meteorológicos.
O mais recente visitante celestial ao planeta foi avistado em 31 de agosto pelo programa de monitoramento espacial Catalina Sky Survey, perto da cidade de Tucson, no Estado do Arizona, e confirmado na noite seguinte pelo telescópio Pan-STARRS 1 no Havaí.
O ponto máximo de aproximação do asteroide será sobre a Nova Zelândia as 15h18 (horário de Brasília) do domingo, disse a Nasa. Atualmente a Nasa acompanha mais de 11 mil asteróides em órbitas que passam relativamente perto da Terra.