sábado, 30 de novembro de 2013

Nascimento e morte de estrelas captados em uma única imagem

Com informações do ESO - 27/11/2013

Nascimento e morte de estrelas captados em uma única imagem
A Grande Nuvem de Magalhães é uma das galáxias mais próximas da nossa.[Imagem: ESO]
Vida e morte estelar
A Grande Nuvem de Magalhães é uma das galáxias mais próximas da nossa, mas possui partes menos estudadas, como essa, capturada pelo telescópio VLT do ESO, chamada NGC 2035.
A imagem mostra nuvens de gás e poeira onde estrelas quentes estão se formando, ao mesmo tempo que esculpem formas estranhas no seu meio circundante.
Mas a imagem mostra também os efeitos da morte das estrelas - filamentos criados pela explosão de uma supernova.
Situada a apenas 160.000 anos-luz de distância da Terra, na constelação do Espadarte, a Grande Nuvem de Magalhães é uma das nossas vizinhas galácticas mais próximas.
A NGC 2035 é uma região HII, ou nebulosa de emissão, constituída por nuvens de gás que brilham devido à radiação intensa emitida por estrelas jovens. Esta radiação arranca elétrons dos átomos do gás, que eventualmente se recombinam com outros átomos, emitindo radiação.
Misturados com o gás estão densos aglomerados escuros de poeira, que absorvem a radiação em vez de a emitirem, criando traços estreitos intrincados e formas escuras.
As formas filamentares que podem ser vistas à esquerda não são o resultado da formação estelar, mas sim da morte das estrelas. Estas explosões, chamadas supernovas, são tão brilhantes que muitas vezes ofuscam brevemente toda a galáxia, antes de se desvanecerem ao longo de várias semanas ou meses.
Os restos deixados pela explosão de supernova que podem ser vistos nesta imagem são chamados SNR 0536-67.6.

Fonte: Inovação Tecnológica

Vírus de computador pode se comunicar pelos alto-falantes?

Com informações da New Scientist - 29/11/2013

Vírus de computador pode se comunicar pelos alto-falantes?
Ruiu afirma que os computadores comunicam-se sozinhos por um som de alta frequência sendo transmitido pelos alto-falantes e captado pelos microfones dos computadores próximos. [Imagem: Dragos Ruiu]
Dragos Ruiu é um pesquisador de segurança de computadores renomado e respeitado.
Por isso ele está sendo levado a sério ao fazer uma denúncia que pode mudar a forma como asegurança dos computadores é vista.
Segundo Ruiu, tudo indica que seus laptops estão infectados por um malware que se comunica pelos alto-falantes e microfones.
Vírus por áudio
A suspeita surgiu quando o pesquisador iniciou a instalação de uma nova versão do OS X da Apple em seu MacBook - o laptop começou a atualizar também o BIOS por conta própria.
Ruiu vem testando os computadores há três anos. E, desde então, documentou vários comportamentos estranhos dos notebooks, que ocorrem mesmo quando cabos de rede, Wi-Fi e Bluetooth estão desligados.
E tudo vem acompanhado de um som emitido pelos alto-falantes.
O pesquisador agora acredita realmente que há vírus desconhecidos escondidos em suas máquinas que estão sendo controlados por meio de sinais de ultra-som transmitidos de um computador infectado para outro.
A alegação lançou uma nova nuvem de preocupações no mundo da segurança da informação, já que um vírus capaz de se comunicar pelo ar, sem necessitar de conexões de rede, seria uma ameaça muito mais dramática do que os casos mais recentes dos vírus de estado, como o StuxNet e o Flame.
badBIOS
Alguns especialistas ainda duvidam dessa porta dos fundos sônica, mas a maioria diz que um malware baseado em áudio é uma possibilidade real.
Ruiu afirma que os computadores comunicam-se sozinhos por um som de alta frequência sendo transmitido pelos alto-falantes e captado pelos microfones dos computadores próximos.
Segundo ele, as emissões de ultra-som cessam tão logo o microfone do computador de recepção é desativado, o que mostra que o vírus teria "inteligência" suficiente para não ficar falando sozinho, ou apitando sem necessidade, o que poderia facilitar sua descoberta.
"Nós gravamos os sinais de áudio de alta frequência entre nossos computadores e vimos os computadores misteriosamente mudarem sua configuração mesmo quando não tinham conexões de rede, Wi-Fi ou cartões Bluetooth," disse Ruiu. "E eles estavam funcionando com as baterias, para que não estivessem recebendo qualquer coisa pelas linhas de energia."
Ruiu batizou o malware de "badBIOS" e acredita que o programa é instalado no computador e permanece dormente até ser ativado por um sinal sonoro.
"Isso tudo é conjectura até que uma análise forense encontre algo," admite ele.
Vírus à distância
Até hoje se considerava que computadores funcionando lado a lado, sem conexões de rede, eram uma forma super-segura de trabalhar em qualquer lugar.
Se Ruiu estiver certo, esse "isolamento pelo ar" não é mais garantia de nada, já que os vírus poderiam literalmente conversar entre si à distância.

Fonte: Inovação Tecnológica

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Feira de Ciências 6° CREDE e premiação SPAECE em Fortaleza














































Sonda MAVEN parte em busca da atmosfera perdida de Marte

Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/11/2013

NASA lança sonda MAVEN para procurar ar perdido de Marte
Os oito instrumentos científicos da MAVEN vão tentar explicar como o planeta vermelho perdeu sua atmosfera.[Imagem: NASA]
A NASA lançou hoje a sonda espacial MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution), deverá chegar a Marte em Setembro de 2014.
O grande objetivo da missão é estudar as mudanças climáticas do planeta e tentar responder à questão crucial sobre o planeta vermelho: Se Marte já teve uma atmosfera, como ele a perdeu?
Todos os estudos feitos até agora parecem indicar que Marte foi um planeta rico em água no passado remoto, mas hoje é totalmente seco e possui uma atmosfera com uma densidade equivalente a 1% da densidade da atmosfera terrestre.
Analisando a atmosfera superior do planeta e medindo as taxas atuais de perda atmosférica, os oito instrumentos científicos da MAVEN poderão lançar alguma luz sobre essa hipotética transição de Marte, de um planeta quente e úmido, para o mundo deserto e frio registrado pelos robôs que andam em sua superfície.
A sonda também deverá aumentar a capacidade de comunicação dos robôsCuriosity e Opportunity, atualmente na superfície de Marte.
"A sonda MAVEN vai se juntar às nossas sondas e rovers já em Marte para explorar uma outra faceta do planeta vermelho e nos preparar para missões humanas até lá por volta de 2030," disse o administrador da NASA, Charles Bolden.
Sondas em Marte
Atualmente há três sondas espaciais em órbita de Marte: Mars Odyssey, Mars Express e Mars Reconnaissance Orbiter. Elas estão em funcionamento há quase uma década, e logo deverão deixar de funcionar.
sonda espacial indiana Mangalyaan também está a caminho de Marte, devendo chegar na mesma época que a MAVEN.
A Mangalyaan possui instrumentos para estudar a atmosfera de Marte, mas sobretudo em busca de metano.
Fonte: Inovação Tecnológica

sábado, 16 de novembro de 2013

Descoberta uma nova quasipartícula, o Leviton

Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/11/2013

Leviton - Descoberta uma nova quasipartícula
Esquema do dispositivo usado para criar e detectar os levitons. As quasipartículas aparecem como picos criados na superfície do metal, sendo detectadas pelos eletrodos no ponto central.[Imagem: IRAMIS/CEA]
Leviton
Físicos da França e da Suíça identificaram pela primeira vez um novo tipo de quasipartícula.
O leviton é formado quando se injeta energia em um elétron individual, que então se destaca do mar de partículas onde ele existe normalmente, e passa a navegar sozinho.
Em condições normais, tão logo se excita um elétron na superfície de um metal, a "manada" inteira sai correndo, gerando uma corrente elétrica, e não uma quasipartícula individual.
A melhor analogia para o leviton é uma onda do mar que se destacasse na superfície do mar e prosseguisse por conta própria, independentemente das demais ondas.
O nome leviton foi dado em homenagem ao físico Leonid Levitov, que previu a possibilidade da criação da quasipartícula em 1996, e segue a nomenclatura usada para os solitons.
A criação do leviton significa que é possível usar elétrons individuais para transportar e processar informações quânticas, de forma similar à que se emprega fótons para transmitir informações em circuitos ópticos - a informação não seria transportada por ondas de luz, mas, por assim dizer, por ondas de matéria.
Onda eletrônica individual
Os elétrons normalmente existem naquilo que os físicos descrevem como um "mar de Fermi" de partículas.
Quando eles são excitados - ou seja, recebem energia - eles saltam desse mar de Fermi, deixando para trás as lacunas, quasipartículas representantes de uma carga positiva, criadas na saída dos elétrons energizados.
O que Levitov descobriu, e agora foi confirmado experimentalmente, é que é possível excitar um único elétron, que sai sem criar lacunas - não gerando, assim, uma corrente elétrica.
Ao ser gerada, essa onda independente propaga-se pelo material obedecendo às leis da mecânica quântica, caracterizando uma quasipartícula - o leviton.
Os levitons têm a mesma massa efetiva que os elétrons, e interagem da mesma forma com os campos eletromagnéticos.
O experimento essencialmente cria uma fonte de elétrons individuais, equivalente aos geradores de fótons individuais usados em experimentos de comunicações e computação quântica.
Bibliografia:

Minimal-excitation states for electron quantum optics using levitons
J. Dubois, T. Jullien, F. Portier, P. Roche, A. Cavanna, Y. Jin, W. Wegscheider, P. Roulleau, D. C. Glattli
Nature
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nature12713
Fonte: Inovação Tecnológica