A crônica falta de professores na rede pública estadual do RS  não é novidade. É um problema social crítico que se arrasta há anos e  nenhum governo consegue resolver. Mas de fato, algum tentou?
Os governos alegam que muitos  professores se aposentam, outros estão em licença médica, gestante, etc.  Mas isso acontece em todos os setores. Afinal, as pessoas não são  eternas. Elas se aposentam, ficam doentes entre tantos outros motivos.
O problema é que o governo não  diz que muitos professores se exoneram para ir trabalhar nas redes  municipais ou em outros lugares, onde os salários são maiores e as  condições de trabalho melhores. E aí não se pode reclamar, isto é lei de  marcado do modelo capitalista em que vivemos. Qual profissional não irá  trabalhar onde se oferecem as melhores condições e salários. Outro  problemas é que o Estado faz concurso e não nomeia os aprovados. Afinal,  os contratados saem mais baratos aos cofres públicos do que os  nomeados.
E o discurso dos governantes é  que a educação é prioridade. Balela! Que prioridade? Se esses discursos  sempre esbarram na alegada falta de dinheiro, que não falta para o  legislativo, para o judiciário, para as negociatas políticas e  corrupções. Já sei, os poderes são independentes, mas quem paga a conta  de todos é um só: a sociedade. Essa mesma sociedade que infelizmente,  também não valoriza a educação e quem nela trabalha.
E o que vemos na prática:  escolas de latas, escolas sucateadas, depredadas, falta de funcionários e  professores, sem falar nos materiais didáticos. E ainda por cima os  governos e especialistas dizem que os professores têm que se atualizar.  Mas não diz que quando um professor quer fazer uma pós-graduação ou se  aperfeiçoar necessitando reduzir algumas horas para se dedicar aos  estudos, recebe um sonoro Não destas mesmas pessoas que em público  defendem o estudo e a especialização do professor.
Assim, fica evidente, que os  problemas da educação estão longe de serem resolvidos, pois na real não é  prioridade, pois é bem mais fácil enganar os ignorantes com discursos  pomposos que não são realizados na prática.
Fabrício Colombo.

 
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