JOSÉ ROBERTO V. COSTAAstronomia no Zênite |
OS GLOBOS TERRESTRES QUE ESTÃO À VENDA NAS PAPELARIAS
não estão inclinados à-toa. De fato, a Terra percorre sua órbita em
torno do Sol inclinada cerca de 23° e disso resulta o fenômeno das
estações.
É por causa dessa inclinação que, durante um ano, uma dada região da Terra não recebe a mesma quantidade de irradiação solar. Isso interfere sensivelmente no clima do planeta e dá origem as estações.
É por causa dessa inclinação que, durante um ano, uma dada região da Terra não recebe a mesma quantidade de irradiação solar. Isso interfere sensivelmente no clima do planeta e dá origem as estações.
Início das estações do ano em 2012 (hemisfério Sul) |
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Dados referentes ao fuso de Brasília (UTC - 3). Acrescente 1 hora durante o horário de verão. Em Portugal acrescente 3 horas e inverta o nome das estações (outono por primavera, verão por inverno etc). |
O início de cada estação é definido por dois fenômenos astronômicos: o solstício (para o verão e o inverno) e o equinócio (para a primavera e o outono). Solstício vem do latim solstitium, e significa parada do Sol. Equinócio vem das palavras latinas aequus, igual, e nox, noite, ou seja, duração do dia igual a noite.
Estações Astronômicas. É a inclinação do eixo da Terra, e não a distância ao Sol (que varia muito pouco) a verdadeira causa do fenômeno. Terra e Sol não estão em escala. Clique na gravura para ampliar. |
Para entender como acontecem as estações imagine que
você está no campo, longe da cidade, e todos os dias você observa o Sol
se pôr no horizonte. A primeira coisa que percebe é que o Sol não está
se pondo exatamente no Oeste, mas um pouco ao lado.
A cada dia você constata que o pôr do Sol se dá num local diferente e decide fazer uma marcação na cerca da propriedade. Você não muda o seu ponto de observação, apenas faz marcas que coincidam com o local em que ocorre o pôr do Sol.
A cada dia você constata que o pôr do Sol se dá num local diferente e decide fazer uma marcação na cerca da propriedade. Você não muda o seu ponto de observação, apenas faz marcas que coincidam com o local em que ocorre o pôr do Sol.
Após um ano, você percebe que o Sol fez um movimento
de vai e vem no horizonte e três pontos têm maior interesse em suas
marcações na cerca (veja a figura ao lado). Em apenas dois dias do ano o Sol se pôs precisamente no Oeste.
Essas também foram as únicas ocasiões em que o dia e a noite tiveram a mesma duração (12 horas cada um). Você identificou os equinócios. Há também dois pontos extremos, em que o Sol atinge o seu maior afastamento do Oeste. Foram os dias em que tiveram início o verão e o inverno.
No dia em que começou o verão o Sol estava mais ao Sul, e este foi também o dia mais longo do ano. Quando o inverno começou o Sol estava mais para o Norte e a noite foi a mais longa de todo o ano.
São os solstícios, quando o Sol parece ter parado no horizonte. Se a experiência tivesse sido feita no hemisfério Norte, a única diferença é que com o Sol mais ao Sul seria o solstício do inverno, e não do verão. A mesma inversão ocorreria entre primavera e outono.
A rigor, solstícios assinalam a ocasião em que a declinação solar é máxima e isso corresponde ao “meio” da estação, não o seu início. Raciocínio semelhante também se aplica aos equinócios. Porém, há muito tempo utilizamos esses pontos da trajetória aparente do Sol (que são muito fáceis de identificar) para assinalar o início das estações do ano.
Essas também foram as únicas ocasiões em que o dia e a noite tiveram a mesma duração (12 horas cada um). Você identificou os equinócios. Há também dois pontos extremos, em que o Sol atinge o seu maior afastamento do Oeste. Foram os dias em que tiveram início o verão e o inverno.
No dia em que começou o verão o Sol estava mais ao Sul, e este foi também o dia mais longo do ano. Quando o inverno começou o Sol estava mais para o Norte e a noite foi a mais longa de todo o ano.
São os solstícios, quando o Sol parece ter parado no horizonte. Se a experiência tivesse sido feita no hemisfério Norte, a única diferença é que com o Sol mais ao Sul seria o solstício do inverno, e não do verão. A mesma inversão ocorreria entre primavera e outono.
A rigor, solstícios assinalam a ocasião em que a declinação solar é máxima e isso corresponde ao “meio” da estação, não o seu início. Raciocínio semelhante também se aplica aos equinócios. Porém, há muito tempo utilizamos esses pontos da trajetória aparente do Sol (que são muito fáceis de identificar) para assinalar o início das estações do ano.
Fonte: Zênite
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