sábado, 11 de maio de 2013

Passagem do cometa Ison vai cobrir Terra de poeira em 2014


  • Paul Wiegert
    Cometa Ison vai cobrir Terra de "poeira" em janeiro de 2014, segundo modelo de trajetória feita por Paul Wiegert
    Cometa Ison vai cobrir Terra de "poeira" em janeiro de 2014, segundo modelo de trajetória feita por Paul Wiegert
A primeira jornada do cometa Ison pelo Sistema Solar pode formar uma chuva de meteoros bem diferente na sua passagem próxima a Terra. Considerado o cometa do século 21, uma sonda da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) detectou que o Ison, que é maior do que a Austrália, está arremessando cerca de 50,8 mil quilos de poeira por minuto no espaço.
Paul Wiegert, pesquisador da Universidade de Western Ontario, nos Estados Unidos, criou um modelo computacional para definir a trajetória do cometa e calculou que essa poeira fina vai atingir a Terra em janeiro do ano que vem.
"Durante vários dias, em especial em 12 de janeiro de 2014, a Terra passará por um fluxo de poeira muito fina produzida pelo cometa Ison em seu caminho para o Sol. E essa chuva de meteoros pode ter propriedades interessantes", avisa o pesquisador de meteoros.
A fina chuva de meteoros vai atingir várias partes do globo terrestre no mesmo instante, prevê modelo de Wiegert, já que sofrerá influência do Sol e da Terra.  Como as partículas liberadas pelo cometa são muito pequenas, com diâmetros menores do que um glóbulo vermelho de sangue humano, elas serão empurradas pela pressão dos raios de Sol ao mesmo tempo que serão capturadas pela gravidade terrestre.  
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Imagens e notícias sobre o espaço (2013)139 fotos

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Abril - O telescópio Hubble detectou o cometa Ison se aproximando da órbita do planeta Júpiter no último dia 10, ficando a cerca de 621,2 milhões de quilômetros de distância da Terra. Segundo medições prévias, o núcleo do cometa não passa dos 6,5 quilômetros de diâmetro, mas sua cabeça chega a quase 5.000 quilômetros de diâmetro (1,2 vez maior do que a Austrália). Já o rabo se estende por mais de 91,7 mil quilômetros de comprimento, indo além do campo de visão do telescópio. O cometa está fazendo sua primeira viagem para o interior do Sistema Solar (à esquerda) e pode ficar visível no céu do nosso planeta em novembro de 2013, segundo a Nasa (Agencia Espacial Norte-Americana). A imagem acima foi feita em luz visível - a falsa cor azul serve, apenas, para evidenciar detalhes da estrutura do Ison Leia mais NASA, ESA, J.-Y. Li (Planetary Science Institute), and the Hubble Comet ISON Imaging Science Team
Sem estrelas cadentes
Mas essa chuva de meteoros incomum dificilmente será vista do nosso planeta. Devido ao tamanho, os pequenos grãos do cometa não conseguirão passar pela atmosfera do nosso planeta.  Mesmo se forem arremessados a uma velocidade de 56 km/s, eles devem parar nas camadas superiores sem explodir nem formar estrelas cadentes.
"Então, em vez de queimar e emitir um flash de luz, as partículas vão cair suavemente em direção à Terra", explica Wiegert. Essa queda será tão lenta - pode levar dias, meses e até anos para que ela assente na superfície terrestre - que vai impedir de ser um fenômeno visível no céu do planeta.
O único sinal detectável do rastro de poeira do Ison provavelmente será uma proliferação de nuvens azuis sobre os polos da Terra. Essas "nuvens brilhantes", dizem os astrônomos, poderiam ser ativadas pela poeira cósmica nas altas camadas da atmosfera do mundo.


Restos do cometa Halley formam chuva de meteoros11 fotos

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Visão da passagem da chuva de meteoros Eta Aquarid sobre a cidade de Targoviste, na Romênia, na madrugada de segunda (6). "Não foram muitos meteoros, mas todos eles tiveram um brilho intenso no final, foi espetacular. Eles foram vistos na parte oeste do céu, perto da estrela Arcturus", explica Valentin Grigore, que fez a imagem Leia maisValentin Grigore
Fonte: Uol

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