Fragilidade exposta
O déficit de profissionais brasileiros com conhecimento na área de
ciência e tecnologia é o "calcanhar de Aquiles" do desenvolvimento do
país.
Esta foi a avaliação expressa por especialistas durante a abertura do
1º Congresso Internacional do Centro Celso Furtado, uma entidade de
pesquisas, sem fins lucrativos, mantido pelo BNDES, Petrobras, Caixa
Econômica Federal, Eletrobras, e Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
O evento tem como tema "A Crise e os Desafios para um Novo Ciclo do Desenvolvimento".
Segundo Tânia Bacelar, professora da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE), a falta de profissionais qualificados no mercado
desafia a transição do Brasil para a sociedade do conhecimento.
Segundo ela, essa subida de patamar implica mudanças no atual modelo
industrial e de educação. "Essa mudança desafia, sobretudo, a
fragilidade e a insuficiência do sistema de educação, ciência e
tecnologia".
Desigualdades
O destaque do evento foi Deepak Nayyar, economista e professor da Universidade Jawaharlal Nehru, de Nova Déli, na Índia.
Nayyar destacou que a grande diferença entre o desenvolvimento das
nações asiáticas e as da América Latina é o investimento em tecnologia.
Para o indiano, porém, além de investir nessa área, o Brasil precisa enfrentar a desigualdades de renda e a pobreza.
Diante da crise econômica, a população (o mercado interno), na
avaliação de Nayyar, é o grande ativo dos países em desenvolvimento. "Se
estes alcançarem um o estado de bem-estar social, o céu é o limite. Do
contrário, o mundo será mais do mesmo".
Marcos Formiga, diretor-presidente do Centro Celso Furtado, afirmou
que a tecnologia é a aposta da humanidade para alavancar o
desenvolvimento, calcado em avanços sociais, como a qualidade
educacional. "Conhecimento é a chave. Não há dúvida, é a tecnologia que
molda o futuro".
Fonte: Inovação Tecnológica
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