Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/05/2014
Os havaianos serão os primeiros terráqueos a ver um disco voador descendo de pára-quedas. [Imagem: NASA/JPL]
Pouso controlado
Em junho, frequentadores das praias do Havaí poderão ver um disco voador descendo suavemente sobre a ilha de Kauai.
Mas não haverá nenhum ET a bordo, e nem mesmo o disco voador será extraterrestre - eventualmente será o mesmo disco voador terrestre a assustar outros planetas.
Trata-se do LDSD - Low Density Supersonic Decelerator, ou desacelerador supersônico em baixas densidades, em tradução livre.
Será o primeiro teste da nova tecnologia que a NASA pretende usar para descer cargas grandes sobre a superfície de Marte.
O robô Curiosity, pesando menos de uma tonelada, exigiu o desenvolvimento de um sistema batizado de guindaste celeste, que submeteu os engenheiros da missão ao que eles próprios chamaram de "sete minutos de terror".
Ocorre que, para missões tripuladas a Marte, calcula-se que as cargas que deverão chegar à superfície do planeta pesem entre 40 e 100 toneladas.
Para depositar essas cargas com suavidade no solo marciano, a NASA pretende resolver o problema usando seu "disco voador", um desacelerador inflável - o LDSD - e um pára-quedas gigantesco, com o dobro do tamanho daquele usado pelo Curiosity.
O desacelerador em formato de prato já foi testado em solo, empurrado por foguetes ao longo de trilhos. [Imagem: NASA/JPL]
Freio aerodinâmico
O desacelerador envolverá o exterior da cápsula durante a entrada na atmosfera, inflando-se quando a nave atingir uma velocidade de Mach 3,5, para aumentar a área superficial e usar a atmosfera de Marte como freio.
A maior resistência do ar deverá trazer a cápsula até Mach 2, quando o pára-quedas de 33,5 metros poderá ser aberto com segurança.
O primeiro de uma série de três testes do desacelerador será realizado no dia 2 de Junho, com o grande disco sendo erguido por um balão a uma altitude de 36.500 metros.
Depois de liberada do balão, foguetes levarão a estrutura a 55.000 metros, pouco mais da metade da fronteira do espaço, mas o suficiente para que a cápsula de teste atinja as velocidades supersônicas a que estará submetida na utilização real.
Viajando a 3,5 vezes a velocidade do som, o desacelerador em formato de disco deverá inflar, desacelerando o veículo e permitindo que o pára-quedas se abra e traga gentilmente a cápsula até a superfície do oceano, para deleite dos havaianos, que deverão ser os primeiros terráqueos a ver um disco voador descendo de pára-quedas.
Fonte: Inovação Tecnológica
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