Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/09/2013
Depois da computação pessoal, agora chegou a vez da "produção pessoal". [Imagem: Justin Plichta/Michigan Technological University]
Fábricas domésticas
No passado, um executivo de uma grande empresa da área previu que haveria mercado para 10 computadores em todo o mundo.
Bem mais tarde, após o lançamento dos computadores pessoais, um colega seu de outra empresa afirmou que não via razões para que houvesse um computador em cada residência.
Com base nessas lições, é melhor dar mais atenção à previsão de que logo cada pessoa poderá ter sua própria "fábrica doméstica", na forma de uma impressora 3D.
Ainda mais agora que esses equipamentos estão deixando de ser meras impressoras, passando a ser verdadeiras microfábricas.
É o que defende um dos pioneiros da área, o professor Joshua Pearce, da Universidade Tecnológica de Michigan, nos Estados Unidos.
Faça você mesmo
Segundo Pearce, depois da computação pessoal, agora chegou a vez da "produção pessoal".
"Para o consumidor norte-americano médio, a impressão 3D está pronta," afirmou, ele que é um defensor da chamada Quarta Revolução Industrial, ou a "A Era das Máquinas Livres".
Depois de ter começado pelo esforço de alguns poucos aficionados, a impressão 3D está mudando rapidamente, com vários fabricantes de equipamentos e, principalmente, kits do tipo "faça você mesmo".
Para demonstrar seus argumentos, Pearce e seus colegas fizeram um análise econômica do ciclo de vida da impressão 3D tomando por base uma família média norte-americana.
Segundo ele, a razão para o sucesso da impressão 3D é financeira: uma família típica já pode economizar uma grande quantidade de dinheiro fazendo as coisas com uma impressora 3D, em vez de comprá-las nas lojas.
Objetos fabricados em uma impressora 3D usados no estudo de análise econômica do ciclo de vida da impressão 3D. [Imagem: Justin Plichta/Michigan Technological University]
Ciclo de vida da impressão 3D
No estudo, foram escolhidos 20 itens domésticos comuns, para os quais existem projetos gratuitos disponíveis no site Thingiverse.
O grupo usou o Google Shopping para determinar o custo máximo e mínimo de comprar esses 20 itens pela internet, excluindo taxas de envio e frete.
Em seguida, eles calcularam o custo de fazer os mesmos itens com uma impressora 3D.
A diferença é dramática: o consumidor gastaria de US$ 312 (preço mínimo) a US$ 1.944 (preço máximo) para comprar os 20 objetos, contra US$ 18 em custo de material para fabricá-los em casa usando a "fábrica doméstica".
Pearce afirma que a suposição de que uma família só iria fabricar 20 itens por ano é muito conservadora mas, mesmo com esse cálculo, os resultados indicam que uma impressora 3D se pagaria muito rapidamente.
Impressoras 3D de código aberto para uso doméstico têm preços que variam hoje de US$ 350 a US$ 2.000.
Mas existem também projetos gratuitos, como a RepRap, que pode ser montada pelo próprio usuário.
Bibliografia:
Life-Cycle Economic Analysis of Distributed Manufacturing with Open-Source 3-D Printers
B. T. Wittbrodt, A. G. Glover, J. Laureto, G. C. Anzalone, D. Oppliger, J. L. Irwin, Joshua M. Pearce
Mechatronics
Vol.: 23, Issue 6, September 2013, Pages 713-726
DOI: 10.1016/j.mechatronics.2013.06.002
Life-Cycle Economic Analysis of Distributed Manufacturing with Open-Source 3-D Printers
B. T. Wittbrodt, A. G. Glover, J. Laureto, G. C. Anzalone, D. Oppliger, J. L. Irwin, Joshua M. Pearce
Mechatronics
Vol.: 23, Issue 6, September 2013, Pages 713-726
DOI: 10.1016/j.mechatronics.2013.06.002
Fonte: Inovação Tecnológica
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