Com informações da Universidade de Leicester - 13/08/2013
Os dados transferíveis de um ser humano seriam representados pelos pares de DNA que formam os genomas de cada célula. [Imagem: Konrad Summers/Wikimedia Commons]
Novos recordes de teletransporte quântico têm sido batidos regularmente.
Mas teletransportar fótons é uma coisa, e teletransportar objetos grandes - um ser humano por exemplo - é outra bem diferente.
Contudo, os recentes avanços nos experimentos já permitem fazer uma pergunta básica: quanto tempo e energia seriam necessários para enviar os dados para se teletransportar um ser humano?
Quatro estudantes de física da Universidade de Leicester, no Reino Unido, aceitaram o desafio e fizeram os cálculos.
Apesar das muitas aproximações necessárias, eles concluíram que a energia necessária para teletransportar as informações pretensamente necessárias para reconstruir uma pessoa vai depender da largura de banda - quanto maior a pressa, maior será o consumo de energia.
Bits humanos
Os estudantes investigaram o teletransporte de uma pessoa a partir de um local na superfície da Terra para um ponto específico em uma órbita circular diretamente acima.
Para iniciar o teletransporte, cada ser humano a ser teletransportado teria que ser traduzido em termos de dados transferíveis.
Em um nível básico, os estudantes assumiram que os dados transferíveis de um ser humano seriam representados pelos pares de DNA que formam os genomas em cada célula.
Os dados totais para cada célula humana somariam cerca de 1010 bits.
Como era muita informação, o grupo assumiu que as informações de uma célula seriam suficientes para reconstruir qualquer outro tipo de célula no corpo.
Mas o cérebro exigiria mais cuidado, presumem eles. Assim, por via das dúvidas, acharam melhor teletransportar o cérebro célula por célula.
Isso elevou a quantidade de informações a serem transmitidas para cerca de 2,6 x 1042 bits.
Experimentos já demonstraram que a ação fantasmagórica à distância é, no mínimo, 10.000 vezes mais rápida que a luz, podendo até mesmo ser instantânea. [Imagem: Juan Yin et al.]
Rompendo as premissas
De posse da quantidade de bits representativos de um ser humano, faltava calcular o tempo necessário para teleportar a pessoa para o espaço.
Assumindo que a largura de banda disponível estaria ao redor de 30 GHz, o teletransporte de um ser humano levaria 4,85 x 1015 anos.
Como se calcula que o Universo tenha cerca de de 14 bilhões de anos (14 x 109 anos de idade), levaria cerca de 350 mil vezes mais do que a idade do Universo para teletransportar a informação de uma única pessoa.
Assim, com base apenas nesses dados bastante básicos, provavelmente seria mais rápido ir andando do que esperar pela construção de uma máquina de teletransporte.
Contudo, o estudo de fenômenos ainda pouco compreendidos, como a chamadaação fantasmagórica à distância, tem mostrado que a largura de banda para transmissão de bits sequenciais pode estar para o teletransporte assim como entalhar caracteres em pedras está para a edição de textos em um computador - ou talvez mais do que isso:
Além disso, protocolos de teletransporte que já começam a ser desenvolvidos mostram possibilidades de otimização suficientes para, em breve, testar o conceito em uma transmissão real para o espaço - por enquanto, apenas com fótons.
Bibliografia:
Teleportation
Declan Roberts, James Nelms, David Starkey, Suzanne Thomas
Journal of Physics Special Topics
Vol.: 11, No 1
https://physics.le.ac.uk/journals/index.php/pst/article/view/558
Teleportation
Declan Roberts, James Nelms, David Starkey, Suzanne Thomas
Journal of Physics Special Topics
Vol.: 11, No 1
https://physics.le.ac.uk/journals/index.php/pst/article/view/558
Fonte: Inovação Tecnológica
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