O cientista francês Albert Fert, Nobel de Física em 2007, recebeu o título de Doutor Honoris Causa nesta quinta-feira (11) na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), emPorto Alegre. Em entrevista à imprensa, Fert falou sobre a descoberta da magnetorresistência gigante (MRG), efeito que permitiu aos discos rígidos superarem a barreira de gigabytes, contribuindo para a popularização dos computadores, em 1988.
A partir da descoberta da MRG, surgiram novas formas de armazenamento de dados, como CDs e pendrives, mídias físicas que, segundo Fert, estão com os dias contados. “Certamente o pendrive irá desaparecer em breve e imagino que todo o resto também. Em cinco anos, as pessoas ficarão menos dependentes dessas coisas e usarão outras formas para guardar informações. Cloud computing é uma delas. É mais inteligente e tem a mesma finalidade”, disse.
Para o professor de física e pesquisador, o Nobel abriu caminhos para novos projetos que lidera na França. Fert disse a MRG foi fundamental para o desenvolvimento da computação, mas ressaltou que pretende abrir novos campos na ciência.
“Esse título nos deu notoriedade e permitiu que pudéssemos aprimorar essa descoberta, abrindo caminhos para trabalhos futuros que estamos desenvolvendo até hoje. Sempre achei meu trabalho muito empolgante e o Nobel foi uma consequência disso. Uma ótima notícia para mim e para meu país”.
“Como faz muito tempo que descobrimos a MRG, estamos buscando novos desafios. Nosso objetivo é transformar o uso dos computadores. Quem sabe, um dia, eles não consumam tanta energia e se tornem mais sustentáveis?”, indagou.
Doutor Honoris Causa
De acordo com a UFRGS, o título de Doutor Honoris Causa foi concedido ao físico francês Albert Fert para fortalecer o intercâmbio entre Brasil e França. O professor da Université de Paris-Sud (Orsay) mantém estreitas ligações de trabalho em pesquisa com o Instituto de Física da universidade gaúcha.
De acordo com a UFRGS, o título de Doutor Honoris Causa foi concedido ao físico francês Albert Fert para fortalecer o intercâmbio entre Brasil e França. O professor da Université de Paris-Sud (Orsay) mantém estreitas ligações de trabalho em pesquisa com o Instituto de Física da universidade gaúcha.
Fert permanece em Porto Alegre nesta sexta-feira (12). Ele vai participar de um workshop técnico da UFRGS em sua homenagem. A atividade é franca e acontecerá no Anfiteatro de Geociências, das 9h às 17h.
Magnetorresistência gigante
A magnetorresistência gigante (MRG) é um efeito da física quântica descoberto em 1988 pela equipe liderada por Albert Fert. Trata-se de uma forte variação da resistência elétrica, produzida por um campo magnético, que é observada em nanoestruturas. O feito foi reconhecido como a pedra fundamental da spintrônica, tecnologia que explora a propensão quântica dos elétrons de girar, assim como fazer uso do estado de suas cargas.
Os trabalhos permitiram que a computação se aproximasse da vida das pessoas, por conta da redução dos custos, aliados à capacidade crescente de armazenamento dos discos rígidos. A MRG foi também observada independentemente por Peter Grünberg, com quem o professor Fert dividiu o Nobel de Física de 2007
A magnetorresistência gigante (MRG) é um efeito da física quântica descoberto em 1988 pela equipe liderada por Albert Fert. Trata-se de uma forte variação da resistência elétrica, produzida por um campo magnético, que é observada em nanoestruturas. O feito foi reconhecido como a pedra fundamental da spintrônica, tecnologia que explora a propensão quântica dos elétrons de girar, assim como fazer uso do estado de suas cargas.
Os trabalhos permitiram que a computação se aproximasse da vida das pessoas, por conta da redução dos custos, aliados à capacidade crescente de armazenamento dos discos rígidos. A MRG foi também observada independentemente por Peter Grünberg, com quem o professor Fert dividiu o Nobel de Física de 2007
Fonte: G1
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