Carlomano Marques provocou quebra-quebra em um motel. A Polícia foi chamada e parte do alto escalão da segurança pública do Estado se dirigiu ao local
Por volta das quatro da manhã, mais um cliente chega ao Tantra Motel, bem próximo à Assembléia Legislativa: tratava-se do deputado estadual Carlomano Marques (PMDB). Escolhe uma das suítes, pega a chave e entra normalmente no recinto. Nada fora da rotina não fossem os acontecimentos seguintes. Horas depois, um forte barulho vem do quarto onde se encontrava o parlamentar. E não cessa. Assustados, os funcionários do estabelecimento tentam saber o que está acontecendo. Carlomano não quer saber de conversa e continua o quebra-quebra dentro do quarto. A Polícia é acionada. Nomes importantes da segurança estadual chegam ao local: primeiro, Ricardo Moura (supervisor do Comando de Policiamento da Capital), seguido por Luiz Carlos Dantas (superintendente da Polícia Civil), Jairo Pequeno (titular do Departamento de Polícia Especializada), e Renato de Paiva Pessoa (subcomandante da 4ª Companhia de Guarda da Assembléia. Segundo relato do delegado Ricardo Moura, mesmo com a presença da Polícia o deputado continuou se negando a abrir a porta. Chega então a gerente com uma cópia da chave do quarto e, finalmente, conseguem chegar até o deputado. Carlomano, segundo o relato policial, estava deitado na cama, com vários cortes pelo corpo. O cenário era de destruição: espelhos, copos, garrafas, mobília: tudo aos pedaços. “Ele estava sozinho e não dizia coisa com coisa”, afirma Ricardo Moura, que garantiu não ter mais informações. Versão O superintendente Luiz Carlos Dantas, que ficou à frente das negociações para convencer Carlomano a deixar o motel, relatou ao O POVO que a versão de Carlomano para a confusão de ontem. O deputado teria dito que, até a madrugada de ontem, estava bebendo com amigos em um estabelecimento da cidade. Em respeito à família, teria decidido pegar um táxi e dormir no motel. O parlamentar também lhe disse que, de repente, começou a e sentir muito mal e a perder o controle. O comportamento não seria fruto do excesso de álcool no corpo, mas de alguma substância que teria sido colocada em sua bebida enquanto estava com os amigos, segundo justificou. “Políticos e pessoas públicas são o principal alvo dessas ações”, defende Dantas. Carlomano contou ainda que começou a destruir o quatro depois de ter esbarrado em um objeto. Após a conversa entre Dantas e o parlamentar, a irmã do deputado, vereadora Magaly Marques (PMDB), que é médica, chegou ao local para levá-lo embora. No ínício da tarde de ontem, policiais chegaram a ir até o motel para pedir à gerência que não modificasse o cenário do acontecimento, pois a perícia estava se dirigindo para lá. A recepcionista, porém, informou que eles poderiam se retirar, pois a família já teria entrado em acordo com a direção do estabelecimento. Com interesse de ambas as partes em evitar uma repercussão ainda maior, a família arcou com todas as despesas provocadas pelo quebra-quebra e o motel não chegou nem a formalizar queixa à Polícia. O POVO procurou a gerência do motel, mas a recepcionista local afirmou que ninguém iria se pronunciar. Na residência do deputado, a reportagem foi informada de que Carlomano estava na casa da irmã Magaly Marques. Os celulares de Carlomano e Magaly se encontravam desligados até o fechamento desta edição.
http://www.opovo.com.br/app/politica/2009/01/08/noticiapolitica,848602/deputado-causa-tumulto-em-br-motel-proximo-a-assembleia.shtml
Depois ele vem e fala essas asneiras:
Por volta das 9h da manhã desta sexta-feira (30), o deputado Carlomano Marques (PMDB) entrou no saguão da Assembleia Legislativa, escoltado por policiais. Ao passar foi vaiado pelos professores, que estão acampados desde a última quarta-feira (28).
Em resposta à forma como foi recepcionado, o deputado disse: “Nós estamos na casa do povo e veja como eles estão nos recebendo. São verdadeiras hienas loucas e irresponsáveis, e eu estou apenas cumprindo o meu papel de deputado”.
O deputado foi um dos 40 parlamentares que votaram à favor da proposta do governador Cid Gomes, contrariando a vontade dos professores, que desejavam um aumento de salário para toda a categoria, com base no Piso Nacional do Magistério.
A aprovação da mensagem aconteceu na última quinta-feira (29), ocasião em que houve um confronto entre professores e policiais, na Assembleia Legislativa.
Resposta do sindicato Apeoc
Em resposta ao comentário do deputado, o presidente do sindicato Apeoc Anísio Melo disse que “Ele é um cão de guarda do governador Cid Gomes. Não tem legitimidade porque vota apenas para dar o carimbo que o governador aprovou.
http://www.jangadeiroonline.com.br/politica/deputado-chama-professores-de-%E2%80%9Chienas-loucas-e-irresponsaveis%E2%80%9D/
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Brasil ocupa 80ª posição em ranking da Unesco
Em um ranking elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), para monitorar o cumprimento de metas pelos países para melhorar a educação, o Brasil ocupa a 80ª posição em uma lista de 129 países, ficando atrás de nações como Paraguai, Venezuela, Argentina, Kwait e Azerbaijão.
O Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos foi lançado pela Unesco na terça-feira, em Genebra.
O compromisso Educação Para Todos, firmado durante a Conferência Mundial de Educação em Dacar, no ano 2000, estabelece metas que devem ser cumpridas pelos países até 2015. Entre elas estão expandir e melhorar a educação na primeira infância, garantir ensino de qualidade e melhorar em 50% as taxas de alfabetização de adultos.
Segundo o relatório, o Brasil está no grupo dos países intermediários, que caminham para atingir as metas. Entres os países da América Latina, Argentina, México e Uruguai estão no grupo "perto de cumprir as metas".
Entre os problemas do Brasil, o relatório destaca as altas taxas de reprovação, a evasão escolar, o analfabetismo e o baixo desempenho dos alunos brasileiros em avaliações internacionais.
"A América Latina e o Caribe são responsáveis por 3,5% das crianças do mundo inteiro que estão fora da escola. O Brasil é o único país com mais de 500 mil crianças fora da escola", aponta o estudo. Todavia, o relatório afirma que esse problema não impedirá o Brasil de cumprir as metas até 2015.
"Acho que tivemos evolução e vamos cumprir as metas. Nós temos hoje um Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) que é muito estruturado e que tem inclusive suas próprias metas. A situação está melhorando", avaliou a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Maria do Pilar.
O estudo da Unesco aponta que em 2006, o percentual de alunos repetentes na região da América Latina e Caribe era de 4,1%. No Brasil, classificado como o segundo pior do mundo nessa questão, a taxa é quatro vezes maior: 18,7%. Perde apenas para o Suriname.
Para Pilar, os altos índices não são conseqüência da baixa da qualidade do ensino, mas da cultura da reprovação.
"Ainda existe no Brasil a mentalidade de que reprovar garante a aprendizagem. As pesquisas mostram que, além de não garantir a aprendizagem, ela estimula a evasão. Mas toda vez que um gestor público tenta mudar essa lógica, ele é muito oprimido pelo senso comum de que reprovar é bom. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) coloca essa difícil equação para os gestores, porque força a melhoria da aprendizagem com a redução da reprovação", disse.
Ao comparar o desempenho de estudantes no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o relatório destaca que o desempenho dos brasileiros e peruanos é semelhante ao dos 20% piores alunos da França e dos Estados Unidos. "Mais de 60% dos estudantes brasileiros, contra menos de 10% do Canadá e Finlândia, tiraram notas abaixo do nível um, o pior do ranking do Pisa", compara o estudo.
"Se a gente, durante um século, não colocou a educação como prioridade pública, é claro que o nosso resultado não será igual a dos países que priorizam a educação há 300 anos. Tudo isso é resultado do descaso com a educação pública, só de 1988 pra cá nós tivemos um foco maior para educação. O PDE articula os governos em um programa de médio e longo prazo para garantir uma maior qualidade, mas a gente não consegue mudar a história de 500 anos em um ano", defende Pilar.
Essa edição do relatório está focada na questão das desigualdade de oportunidades em educação, seja dentro de um mesmo país ou em nível internacional. "A incapacidade de governos do mundo inteiro de combater profundas e persistentes desigualdades na educação condena milhões de crianças a uma vida de pobreza e de oportunidades reduzidas", afirma o texto.
Professor é agredido na Assembleia Legislativa
Atualizada às 11h00
Clima tenso na manhã desta quinta-feira, 29, na Assembleia Legislativa. Professores tentaram invadir o plenário 13 de Maio, mas foram contidos pelo Batalhão de Choque. Houve confronto, quebra-quebra e alguns professores saíram feridos.
Os professores, em greve há 54 dias e com alguns fazendo greve de fome na Casa, dizem que a agressão partiu da Polícia, enquanto os policiais dizem que os ferimentos foram provocados por objetos arremessados. Um professor ficou ferido no confronto e foi conduzido ao hospital. Outro docente, acusado de agredir um policial, foi algemado.
O Batalhão de Choque afastou os docentes da porta de entrada do plenário da Assembleia. Uma comissão dos docentes tenta conversar com o presidente da Casa.
"Estamos dentro da FM Assembleia, evitando que o Batalhão de Choque possa nos retirar. Lamentamos a situação, porque queríamos evitar a votação de mensagem do governo sobre melhorias salariais, mas que traz elementos que não atendem à categoria. Não atende ao nível médio. Tudo estava tranquilo e seríamos recebidos na Casa para dialogar. Fecharam acessos da Casa e o conflito ficou generalizado. A ação foi do Governo do Estado", denunciou Anízio Melo, presidente do Sindicato Apeoc.
Teoria da Relatividade Geral de Einstein é verificada pela primeira vez em escala cósmica
Previsões do físico nunca haviam sido confirmadas para objetos muito distantes da Terra, como aglomerados de galáxias

A luz de galáxias distantes da Terra também sofre alterações por causa da gravidade, confirmando a Teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein (Nasa via AFP)
Uma equipe de astrofísicos confirmou a validade da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein pela primeira vez em escala cósmica. Os pesquisadores comprovaram que a gravidade influi na luz que vem de aglomerados galácticos distantes - testes anteriores já haviam confirmado a teoria com base em observações de fenômenos mais próximos, na escala do Sistema Solar. O estudo foi publicado na revista Nature.
A equipe do astrofísico Radek Wojtak, da Universidade de Copenhague (Dinamarca), analisou a luz que chega à Terra a partir de centenas de milhares de galáxias muito distantes. Os pesquisadores verificaram que a gravidade garante a coesão dos agrupamentos, mas também influi na luz que cada uma das galáxias emite no espaço.
Relatividade Geral - De acordo com a Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein, a frequência da luz diminui e o comprimento da onda aumenta por efeito da gravidade. Por causa disso, ocorre um "desvio gravitacional" do espectro luminoso para o vermelho, o limite do espectro visível menos energético.
Comparando o comprimento de onda da luz que vem das galáxias situadas no coração dos conglomerados, onde a gravidade é mais forte, ao das galáxias situadas na periferia, a equipe de astrofísicos conseguiu medir pequenas diferenças no desvio para o vermelho. "Vimos que a luz das galáxias situadas no meio dos aglomerados demora mais para sair do campo gravitacional, enquanto a luz das galáxias periféricas emerge mais rapidamente", disse Wojtak.
Em seguida, os cientistas utilizaram as fórmulas de Einstein para calcular o "desvio gravitacional" das galáxias de acordo com a posição no conjunto. Os cálculos se mostraram completamente de acordo com as observações. "O desvio para o vermelho varia proporcionalmente em função da influência gravitacional dos conglomerados galácticos", disse Wojtak.
(Com Agência France-Presse)
Relatividade Geral - De acordo com a Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein, a frequência da luz diminui e o comprimento da onda aumenta por efeito da gravidade. Por causa disso, ocorre um "desvio gravitacional" do espectro luminoso para o vermelho, o limite do espectro visível menos energético.
Comparando o comprimento de onda da luz que vem das galáxias situadas no coração dos conglomerados, onde a gravidade é mais forte, ao das galáxias situadas na periferia, a equipe de astrofísicos conseguiu medir pequenas diferenças no desvio para o vermelho. "Vimos que a luz das galáxias situadas no meio dos aglomerados demora mais para sair do campo gravitacional, enquanto a luz das galáxias periféricas emerge mais rapidamente", disse Wojtak.
Em seguida, os cientistas utilizaram as fórmulas de Einstein para calcular o "desvio gravitacional" das galáxias de acordo com a posição no conjunto. Os cálculos se mostraram completamente de acordo com as observações. "O desvio para o vermelho varia proporcionalmente em função da influência gravitacional dos conglomerados galácticos", disse Wojtak.
(Com Agência France-Presse)
Saiba mais
TEORIA DA RELATIVIDADE
A Teoria da Relatividade foi desenvolvida pelo físico alemão Albert Einstein no início do século XX. Ela vem em dois "sabores": a relatividade restrita e a geral.
RESTRITA: A relatividade restrita diz que a velocidade da luz medida no vácuo é a mesma sob qualquer referencial de observação. Mesmo que um objeto esteja se afastando ou se aproximando, a velocidade relativa da luz não muda. Para que a velocidade seja sempre a mesma, há uma dilatação no tempo.
GERAL: A relatividade geral adiciona gravidade à relatividade restrita. Ela diz que o espaço e o tempo são uma coisa só. É como se ele fosse uma grande superfície elástica. Planetas colocados sobre essa superfície "afundam" o plano por causa de sua massa ou velocidade. À medida que um satélite, por exemplo, se move na direção de um planeta, ele cai em direção ao astro por causa dessa deformação. Se o espaço-tempo for uma espécie de superfície que se estica com a presença de objetos pesados, isso significa que o tempo passa mais devagar nas proximidades desses objetos.
A Teoria da Relatividade foi desenvolvida pelo físico alemão Albert Einstein no início do século XX. Ela vem em dois "sabores": a relatividade restrita e a geral.
RESTRITA: A relatividade restrita diz que a velocidade da luz medida no vácuo é a mesma sob qualquer referencial de observação. Mesmo que um objeto esteja se afastando ou se aproximando, a velocidade relativa da luz não muda. Para que a velocidade seja sempre a mesma, há uma dilatação no tempo.
GERAL: A relatividade geral adiciona gravidade à relatividade restrita. Ela diz que o espaço e o tempo são uma coisa só. É como se ele fosse uma grande superfície elástica. Planetas colocados sobre essa superfície "afundam" o plano por causa de sua massa ou velocidade. À medida que um satélite, por exemplo, se move na direção de um planeta, ele cai em direção ao astro por causa dessa deformação. Se o espaço-tempo for uma espécie de superfície que se estica com a presença de objetos pesados, isso significa que o tempo passa mais devagar nas proximidades desses objetos.
Veja como a Terra poderia deformar o espaço-tempo (região quadriculada):
Leia mais
Será mesmo que um neutrino veloz pode desmentir Einstein?
Por MICHIO KAKU
Einstein errado? Impossível!
Essa foi a reação de físicos em todo o mundo na semana passada quando ouviram que as experiências na Suíça indicam que a teoria da relatividade de Einstein pode estar errada. Desde 1905, quando Einstein declarou que nada no universo pode se mover mais rápido que a luz, a teoria tem sido o pilar da física moderna. Aliás, a maioria de nossos eletrônicos de alta tecnologia dependem dela.
Excêntricos há anos denunciam a teoria da relatividade de Einstein, é claro. Como muitos físicos, tenho caixas cheias de monografias amadoras que me foram enviadas por pessoas alegando que Einstein estava errado. Nos anos 30, o Partido Nazista criticou a teoria de Einstein, publicando um livro chamado "Cem Autoridades Denunciam a Relatividade". Einstein brincaria mais tarde que não é necessário ter cem intelectuais famosos para derrubar sua teoria. Tudo o que é preciso é um simples fato.
CERN
Bom, esse simples fato pode estar na forma dos experimentos mais recentes dos maiores aceleradores de partículas do mundo, que ficam no CERN, nos arredores de Genebra. Os físicos dispararam um feixe de neutrinos (partículas exóticas, parecidas com fantasmas, que conseguem penetrar até mesmo no mais denso dos materiais) da Suíça até a Itália, numa distância de 730 quilômetros. Para seu grande espanto, depois de analisar 15.000 neutrinos, descobriram que eles viajaram mais rápido que a velocidade da luz — 60 bilionésimos de segundo mais veloz, para ser preciso. Em 1 bilionésimo de segundo, um feixe de luz viaja cerca de 30 centímetros. Assim, uma diferença de 18 metros foi bem surpreendente.
Romper a barreira da luz viola o núcleo da teoria de Einstein. De acordo com a relatividade, à medida que você se aproxima da velocidade da luz, o tempo desacelera, você se torna mais pesado e fica mais plano (tudo isso já foi medido em laboratório). Mas se você viaja mais rápido que a luz, o impossível acontece. O tempo anda para trás. Você fica mais leve do que nada, e fica com espessura negativa. Como isso é ridículo, não dá para viajar mais rápido que a luz, disse Einstein.
A revelação do CERN foi eletrizante. Alguns físicos ficaram irradiantes de alegria, porque isso significa que a porta está se abrindo para uma nova física (e mais ganhadores do Prêmio Nobel). Teorias novas e ousadas precisam ser propostas para explicar o resultado. Outros começaram a suar frio, ao se dar conta de que todo o fundamento da física moderna talvez precise ser revisto. Todos os livros escolares precisam ser reescritos, todos os experimentos recalibrados.
A cosmologia, ou a própria maneira como pensamos o espaço, seria alterada para sempre. A distância até os astros e galáxias e a idade do universo (13,7 bilhões de anos) seriam colocadas em dúvida. Até mesmo a teoria da expansão do universo, a teoria do bigue-bangue e os buracos negros teriam que ser reexaminados.
Além do mais, tudo o que pensamos que entendemos sobre física nuclear precisaria ser reexaminado. Toda criança em idade escolar conhece a famosa equação de Einstein, E=MC2, em que uma pequena quantidade de massa M consegue criar uma vasta quantidade de energia E, porque a velocidade da luz C ao quadrado é um número tão enorme. Mas se C é retirada, isso significa que toda a física nuclear precisa ser recalibrada. Armas nucleares, medicina nuclear, datação radioativa, todas seriam afetadas porque todas as reações nucleares são baseadas na relação de Einstein entre matéria e energia.
Se tudo isso já não fosse o bastante, a mudança significaria que os princípios fundamentais da física estão incorretos. A física moderna é baseada em duas teorias, a da relatividade e a teoria quântica, logo a metade da física moderna teria que ser substituída por uma nova teoria. O meu próprio campo, a teoria das cordas, não é uma exceção. Pessoalmente, eu teria que revisar todas as minhas teorias porque a relatividade está embutida na teoria das cordas desde o comecinho.
Como será que essa descoberta fascinante vai se desenrolar? Como disse um dia Carl Sagan, afirmações notáveis exigem provas notáveis. Laboratórios em todo o mundo, como o Fermilab nos arredores de Chicago, irão refazer os experimentos do CERN e tentar provar ou negar seus resultados.
Minha reação instintiva, entretanto, é que esse é um falso alarme. No decorrer das décadas, houve inúmeros desafios à teoria da relatividade, e demonstrou-se que estavam todos errados. Nos anos 60, por exemplo, os físicos estavam medindo os minúsculos efeitos da gravidade sobre um feixe de luz. Num estudo, os físicos descobriram que a velocidade da luz parecia oscilar junto com a hora do dia. Surpreendentemente, a velocidade da luz subia durante o dia, e caía à noite. Depois, descobriu-se que, como o aparato era usado ao ar livre, os sensores eram afetados pela temperatura da luz do dia.
Reputações podem crescer ou diminuir. Mas, ao final, esta é uma vitória para a ciência. Nenhuma teoria é talhada em pedra. A ciência é implacável quando se trata de testar todas as teorias repetidas vezes, a qualquer tempo, em qualquer lugar. Diferentemente da religião e da política, a ciência é decidida no final pelos experimentos, feitos repetidas vezes e de várias maneiras. Não há vacas sagradas. Na ciência, cem autoridades não valem nada. O experimento vale tudo.
—Kaku,professor de física teórica na faculdade City College de Nova York, é o autor de "Física do Futuro: como a ciência vai moldar o destino do homem e nossa vidas diária até o ano 2100" (editora Doubleday, 2011).
Greve dos professores do estado: Nenhum direito a menos! Todo apoio a ocupação da Assembleia Legislativa!
Foto: Omar Jacob |
Na manhã dessa quarta-feira dia 28 de setembro os professores do estado do Ceará foram surpreendidos com mais um ataque traiçoeiro do governo Cid Gomes. O Governador mandou para Assembleia Legislativa uma mensagem dividindo a carreira dos professores entre aqueles que só tem o ensino médio e os graduados. Dessa forma, o governo tenta burlar a lei do piso, deixando a grande maioria da categoria sem receber nenhum aumento. Além disso, essa divisão acaba com a carreira, desrespeitando os interstícios de 5% e destruindo direitos históricos dos professores.
Felizmente, os professores responderam a altura esse ataque. O ato que estava marcado para o Palácio da Abolição foi mudado para a Assembleia Legislativa, e lá os professores lotaram as galerias e o hall de entrada, mostrando aos deputados que não estamos dispostos a deixar que eles desrespeitem a educação do estado. Uma comissão foi recebida pela Assembleia, entretanto, os deputados do PT, PCdoB, PSB e outros membros da base aliada do governo Cid, se mostraram intransigentes em reconhecer o direito dos professores, e mantiveram o regime de urgência na mensagem do governador, mostrando claramente de que lado estão. Agora, a mensagem pode ser aprovada a qualquer momento por essa Assembleia corrupta e vendida, com tem mostrado os recentes escândalos dos banheiros públicos.
Contudo, o tiro do governo pode sair pela culatra. O golpe fez com que a categoria se inflamasse mais e decidisse por ocupar a Assembleia Legislativa para derrubar a mensagem do governo, tendo três professores inciado uma greve de fome. Diversas escolas que já haviam retornado as aulas voltaram a paralisar suas atividades e estão se somando a mobilização. Agora a luta não é só para que o governo cumpra a lei do piso na atual carreira, é também uma luta em defesa dos direitos históricos conquistados pela categoria.
A CSP-Conlutas está junto com os professores no apoio a ocupação, tanto com ajuda estrutural como em pessoal. Chamamos a todos lutadores que se somem aos professores na assembléia legislativa para garantir a vitória do movimento.
- A GREVE CONTINUA, CID A CULPA É SUA!
- NENHUM DIREITO A MENOS! CARREIRA ÚNICA PARA PROFESSOR!
- PISO APLICADO NA CARREIRA ATUAL!
- 1/3 PARA PLANEJAMENTO JÁ, RUMO A 1/2!
PROFESSORES ACAMPAM NA AL E FAZEM GREVE DE FOME CONTRA PROPOSTA DO GOVERNO
Os professores da rede pública estadual de ensino realizaram um ato público na manhã desta quarta-feira (28). Eles estão acampados na Assembleia Legislativa e um grupo de educadores diz que vai fazer greve de fome até que o governo Cid Gomes recue na proposta enviada ao Legislativo.
A mobilização começou com um protesto na praça Luiza Távora, na avenida Santos Dumont. Ao serem informados de que o governador Cid Gomes havia enviado mensagem sobre a remuneração da categoria para a Assembleia, os manifestantes seguiram em passeata para a sede do Poder Legislativo. Com faixas e palavras de ordem, os professores fazem críticas diretas a proposta do governo.
Mensagem
De acordo com o professor Anísio Melo, presidente da Apeoc, a mensagem enviada pelo governador modifica o Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria em diversos pontos mas não atende as reivindicações dos educadores em greve. Os professores rejeitam as mudanças afirmando que a proposta divide a categoria em duas classes e cobram a implantação do Piso com repercussão para toda a categoria.
De acordo com o professor Anísio Melo, presidente da Apeoc, a mensagem enviada pelo governador modifica o Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria em diversos pontos mas não atende as reivindicações dos educadores em greve. Os professores rejeitam as mudanças afirmando que a proposta divide a categoria em duas classes e cobram a implantação do Piso com repercussão para toda a categoria.
Diante do impasse, uma comissão de professores esteve reunida com o presidente da AL, deputado Roberto Cláudio (PSB), para pedir que a mensagem não tramite na Casa.
Greve continuaNa última sexta-feira (23), os professores decidiram manter a greve, depois que o Governo do Estado apresentou uma nova proposta. A categoria, que está em greve há quase dois meses (desde o dia 5 de agosto) reivindica, entre outras coisas, o cumprimento da Lei do Piso Nacional para todos os professores, estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Assinar:
Postagens (Atom)