terça-feira, 7 de outubro de 2025

O que é uma Superlua?

A trajetória da Lua em sua órbita em torno do nosso planeta não é exatamente um círculo perfeito. Às vezes, a Lua está um pouco mais próxima da Terra e parece um pouco maior do que a média. Às vezes, está um pouco mais distante e parece um pouco menor.

Uma "superlua" ocorre quando a  Lua cheia  coincide com a maior aproximação da Lua à Terra em sua órbita elíptica, um ponto conhecido como  perigeu . Durante cada órbita de 27 dias ao redor da Terra, a Lua atinge tanto seu perigeu, a cerca de 363.300 km da Terra, quanto seu ponto mais distante, ou apogeu, a cerca de 405.500 km da Terra.

Esta animação mostra a diferença entre a Lua em seu ponto mais próximo da Terra, quando ocorrem superluas, e em seu ponto mais distante. A distância até o apogeu e o perigeu varia de acordo com o evento.
NASA/JPL-Caltech

Como a órbita da Lua oscila e difere dependendo da posição do Sol e da Terra em suas órbitas, a distância exata desses pontos mais próximos e mais distantes varia, e algumas superluas estão mais próximas ou mais distantes do que outras. "Superlua" não é um termo astronômico oficial, mas normalmente é usado para descrever uma Lua cheia que se aproxima pelo menos 90% do perigeu.

As superluas ocorrem apenas três a quatro vezes por ano e sempre aparecem consecutivamente. Durante a maior parte da órbita da Terra em torno do Sol, o perigeu e a Lua cheia não se sobrepõem.Em seu ponto mais próximo, a Lua cheia pode parecer até 14% maior e 30% mais brilhante do que a Lua mais fraca do ano, o que ocorre quando ela está mais distante da Terra em sua órbita. Embora 14% não faça uma grande diferença no tamanho detectável, uma superlua cheia é um pouco mais brilhante do que outras luas ao longo do ano.

Pode ser difícil detectar uma superlua visualmente, mas ela tem um efeito na Terra. Como a Lua está em sua maior aproximação da Terra, ela pode causar marés mais altas do que o normal.

Próximas Superluas

Data da SuperluaDetalhes
7 de outubro de 2025 (03:48 UTC)vá para a entrada do Guia Diário da Lua
5 de novembro de 2025 (13:19 UTC)vá para a entrada do Guia Diário da Lua
4 de dezembro de 2025 (23:14 UTC)vá para a entrada do Guia Diário da Lua
Lua cheia avermelhada nascendo perto do Lincoln Memorial.
Uma superlua nascendo perto do Lincoln Memorial em Washington. - Imagem completa e legenda
NASA/Bill Ingalls

Disponível em: https://science.nasa.gov/moon/supermoons/

Tempo negativo é real, garantem físicos

 Com informações da Physics World - 26/09/2025

Tempo negativo é real, garantem físicos
O experimento dá realidade a números que já apareciam nos cálculos teóricos. Mas explicar o que é tempo negativo é algo que levará um tempo positivo provavelmente muito longo.
[Imagem: Kyle Thompson - 10.1063/5.0288743]


Tempo negativo

As viagens no tempo são um tema comum na ficção científica, mas "tempo negativo" parece uma ideia esotérica demais até para os mais abertos a ideias novas.

Na verdade, volta e meia os físicos se deparam com números negativos em suas demonstrações, mas esses "detalhes" são rapidamente varridos para debaixo do tapete, e deixados para serem melhor compreendidos no futuro - e lembre-se que o conceito de futuro exige que o tempo seja sempre positivo.

Mas Kyle Thompson e colegas da Universidade de Toronto, no Canadá, acabam de demonstrar - por meio de experimentos, e não de teorias - que esses resultados negativos têm fundamento na realidade, lançando um conceito inusitado de tempo negativo. Perceba que não se trata de voltar no tempo, mas de fenômenos que consumem "-t" para ocorrer.

A equipe descobriu que, quando um fóton passa por uma nuvem de átomos e choca-se com um deles, transferindo energia para um dos seus elétrons, esse fóton gasta nessa excitação atômica um tempo semelhante ao que outro fóton gasta para passar diretamente pela nuvem, sem excitar nenhum átomo.

Assim, quando observaram em detalhes o processo da excitação do átomo, o que os cientistas viram é que ele de fato ocorre - ou parece ocorrer - em -t.

Tempo negativo é real, garantem físicos
Esquema do experimento e o tempo negativo.
[Imagem: Kyle Thompson - 10.1063/5.0288743]

Tempo negativo como realidade física

De posse dos dados experimentais, a equipe voltou à prancheta para tentar entender os resultados, concluindo que o tempo médio de excitação do átomo pode mesmo ser negativo. Eles também descobriram que esse tempo de excitação deve ser igual a outro tempo mais familiar, conhecido como atraso de grupo (ou tempo de grupo), que é o tempo que a envoltória de um pulso de onda leva para percorrer uma distância.

Um atraso de grupo negativo é bem palatável: Como a frente do pulso dos fótons sai da nuvem de átomos antes que o pico do pulso entre nela, e o pico nunca sai porque a maioria dos fótons será espalhada, há uma "ilusão" de que os fótons deixam a nuvem de átomos antes de chegarem.

Mas o experimento feito agora é diferente porque a equipe efetivamente monitorou fótons excitando átomos, e não apenas passando pela nuvem - nos experimentos envolvendo o atraso de grupo sempre se presume que fótons que excitam átomos são desviados, nunca atingindo o detector.

O experimento mediu tempos de viagens com excitação atômica que variaram de -0,31 para o pulso de luz de maior largura de banda, a -0,82 para o pulso de banda mais estreita. Segundo a equipe, isto comprova que os tempos negativos de excitação não são apenas uma matemática para ser varrida para baixo do tapete, mas de fato têm uma realidade física nas medições quânticas.

Bibliografia:

Artigo: How much time does a photon spend as an atomic excitation before being transmitted through a cloud of atoms?
Autores: Kyle Thompson, Kehui Li, Daniela Angulo, Vida-Michelle Nixon, Josiah Sinclair, Amal Vijayalekshmi Sivakumar, Howard M. Wiseman, Aephraim M. Steinberg
Revista: APL Quantum
DOI: 10.1063/5.0288743
Disponível em: https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tempo-negativo&id=010115250926

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Cientistas encontram a mais forte evidência de vida em planeta alienígena

Cientistas encontram a mais forte evidência de vida em planeta alienígena


Cientistas encontram a mais forte evidência de vida em planeta alienígena Cientistas encontram a mais forte evidência de vida em planeta alienígena Em uma descoberta marcante, cientistas obtiveram o que consideram serem os mais fortes sinais de possível existência de vida além do sistema solar, detectando na atmosfera de um planeta alienígena as impressões digitais químicas de gases que na Terra são produzidos apenas por processos biológicos. Os dois gases -- sulfeto de dimetila e dissulfeto de dimetila -- envolvidos nas observações do planeta denominado K2-18 b pelo Telescópio Espacial James Webb são gerados na Terra por organismos vivos, principalmente vida microbiana, como o fitoplâncton marinho. Isso sugere que o planeta pode estar repleto de vida microbiana, disseram os pesquisadores. Eles enfatizam, no entanto, que não estão anunciando a descoberta de organismos vivos, mas sim de uma possível bioassinatura -- um indicador de um processo biológico -- e que os resultados devem ser vistos com cautela, sendo necessárias mais observações. Eles expressaram entusiasmo, no entanto. Esses são os primeiros indícios de um mundo alienígena que pode ser habitado, disse o astrofísico Nikku Madhusudhan, do Instituto de Astronomia da Universidade de Cambridge, principal autor do estudo publicado no Astrophysical Journal Letters. "Este é um momento transformador na busca por vida além do sistema solar, em que demonstramos que é possível detectar bioassinaturas em planetas potencialmente habitáveis com as instalações atuais. Entramos na era da astrobiologia observacional", disse Madhusudhan. Madhusudhan observou que há vários esforços em andamento na busca de sinais de vida em nosso sistema solar, incluindo suposições de ambientes que podem ser propícios à vida em lugares como Marte, Vênus e diversas luas geladas. K2-18 b é 8,6 vezes mais maciço que a Terra e tem um diâmetro cerca de 2,6 vezes maior que o do planeta. Ele orbita na "zona habitável" -- distância em que a água líquida, um ingrediente fundamental para a vida, pode existir em uma superfície planetária -- em torno de uma estrela anã vermelha menor e menos luminosa que o Sol, localizada a cerca de 124 anos-luz da Terra, na constelação de Leão. Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, ou seja, 9,5 trilhões de quilômetros. Outro planeta também foi identificado orbitando essa estrela. "Mundo oceânico" Cerca de 5.800 planetas além do nosso sistema solar, chamados exoplanetas, foram descobertos desde a década de 1990. Os cientistas levantaram a hipótese da existência de exoplanetas cobertos por um oceano de água líquida habitável por microorganismos e com uma atmosfera rica em hidrogênio -- os chamados mundos oceânicos. Observações anteriores do Webb, que foi lançado em 2021 e entrou em operação em 2022, identificaram metano e dióxido de carbono na atmosfera do K2-18 b, primeira vez que moléculas à base de carbono foram descobertas na atmosfera de um exoplaneta na zona habitável de uma estrela. "O único cenário que atualmente explica todos os dados obtidos até agora pelo JWST (Telescópio Espacial James Webb), incluindo as observações passadas e presentes, é aquele em que o K2-18 b é um mundo oceânico repleto de vida", disse Madhusudhan. "No entanto, precisamos estar abertos e continuar explorando outros cenários", acrescentou. Madhusudhan afirmou que com os mundos oceânicos, se existirem, "estamos falando de vida microbiana, possivelmente como a que vemos nos oceanos da Terra". A hipótese é que seus oceanos sejam mais quentes do que os da Terra. Questionado sobre possíveis organismos multicelulares ou até mesmo vida inteligente, Madhusudhan disse: "Não poderemos responder a essa pergunta neste estágio. A suposição básica é de vida microbiana simples". O DMS e o DMDS, ambos da mesma família química, são considerados como importantes bioassinaturas de exoplanetas. O Webb descobriu que um ou outro, ou possivelmente ambos, estavam presentes na atmosfera do planeta com um nível de confiança de 99,7%, o que significa que ainda há uma chance de 0,3% de a observação ser um acaso estatístico. Os gases foram detectados em concentrações atmosféricas de mais de 10 partes por milhão por volume. "Para referência, isso é milhares de vezes mais do que suas concentrações na atmosfera da Terra e não pode ser explicado sem atividade biológica com base no conhecimento existente", disse Madhusudhan. Cientistas que não participaram do estudo aconselham cautela. "Os dados ricos do K2-18 b o tornam um mundo tentador", disse Christopher Glein, cientista principal da Divisão de Ciências Espaciais do Southwest Research Institute, no Texas. "Esses dados mais recentes são uma contribuição valiosa para nossa compreensão. Entretanto, devemos ter muito cuidado para testar os dados da forma mais completa possível. Estou ansioso para ver trabalhos adicionais e independentes sobre a análise de dados, que começarão já na próxima semana", ele acrescentou. https://www.youtube.com/watch?v=1VzVvcl4RV0

quarta-feira, 12 de março de 2025

OLIMPÍADAS INTERNACIONAIS - OBA

Parabéns a todos os estudantes da EEEP Antônio Tarcísio Aragão que se empenharam e se dedicaram na realização da OBA e MOBFOG. Em 2024 participaram 242 estudantes dos quais 26 conquistaram medalhas, dentre ouro, prata e bronze, o que oportunizou a participação dos mesmos na seletiva para compor as equipes para representar o Brasil na 18ª International Olympiad of Astronomy and Astrophysics (XVIII IOAA) e na 17ª Olimpiada Latinoamericana de Astronomía y Astronáutica (XVII OLAA).

Assim, após mais três difíceis etapas onde as escolas estaduais do Ceará ao todo classificaram 11 estudantes, 4 estudantes da Escola Profissional Antônio Tarcísio Aragão foram selecionados e estão entre os 443, dos quais serão selecionados os membros da equipe Olímpica de Astronomia e astrofísica Nacional.

Portanto, ter contribuído enquanto professor responsável por essa importante Olímpiada na escola, é extremamente gratificante e uma grande satisfação. Finalizo parabenizando esses jovens brilhantes, os quais certamente levarão em suas vidas o gosto pelas Ciências.

 

PARABÉNS POR ESTA GRANDE CONQUISTA!

  • ERIKA NARA RODRIGUES DO VALE
  • FRANCISCA DEBORA MEDEIROS DE OLIVEIRA
  • FRANCISCO DÁRCIO LINHARES DE SOUSA
  • JOÃO PEDRO PEREIRA DE OLIVEIRA

terça-feira, 11 de março de 2025

Experimentos buscam comprovar a existência do ‘tempo negativo’

 Estudo apresenta resultados surpreendentes e gera discussões na comunidade científica


Especialistas da Universidade de Toronto, no Canadá, conseguiram mensurar o “tempo negativo” por meio de experimentos da mecânica quântica. O conceito, antes considerado uma ilusão, agora gera debates com sua nova realidade quântica.

Os testes “excitaram temporariamente” os átomos, para que os cientistas conseguissem medir o comprimento do tempo que eles absorvem e emitem luz. Os resultados foram surpreendentes, indicando tempos iguais ou menores que zero. 

Os experimentos também indicam que os intervalos registrados podem sugerir que os fótons estavam saindo do material antes mesmo de entrarem completamente, alcançando dois estados simultaneamente durante a passagem.

Aephraim Steinberg, um dos pesquisadores do caso, reforça que a experiência ainda não é suficiente para permitir viagens no tempo ou violações de leis físicas comuns. As descobertas continuam demonstrando como a mecânica quântica ainda é de difícil acesso – embora a situação tenha aquecido as discussões na comunidade científica.

“Nossos dados são sólidos. Não estamos tentando reescrever a física. Estamos realmente destacando a estranheza das medições quânticas e seu desvio das expectativas clássicas”, afirmou Steinberg.

Apesar do salto científico que a pesquisa trouxe, muitos físicos ainda permanecem céticos quanto aos testes. A especialista Sabine Hossenfelder, conhecida mundialmente, já se posicionou contra a terminologia do “tempo negativo” e sustentou que as mudanças são “meras mudanças de fase no caminho do fóton”.


Fonte: https://revistaplaneta.com.br/experimentos-buscam-comprovar-a-existencia-do-tempo-negativo-entenda/



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Conjunção planetária: fevereiro terá evento astronômico que só se repetirá em 2161

 No dia 28, com sorte e técnica, observadores da Terra poderão visualizar todos os planetas que compõem o Sistema Solar em um fenômeno conhecido como “parada” 


Ao longo de janeiro e fevereiro de 2025, astrônomos amadores puderam observar do solo, com a ajuda de binóculos ou pequenos telescópios, algumas conjunções planetárias no céu. Osso significa que planetas vizinhos da Terra puderam ser vistos aparentemente próximos, em um fenômeno conhecido como “alinhamento” ou “parada”.

Em certas ocasiões, por exemplo, como no dia 25 de janeiro, Vênus, Júpiter, Saturno e Marte puderam ser facilmente identificados juntos noite adentro. Assim, como destaca a Agência Gov, por mais que sejam incomuns, esses eventos não são tão raros, principalmente quando o número de planetas envolvidos é reduzido, e tendem a acontecer algumas vezes ao ano.

Mas algo particularmente especial é previsto pelos cientistas para acontecer no próximo dia 28 de fevereiro: um “desfile” formado por todos os planetas do Sistema Solar deve ser visível para boa parte da Terra. Uma ocorrência como essa é bem mais difícil de presenciar e, como destaca o portal StarWalk, só deve voltar a ser registrado em 19 de maio de 2161.

“Superalinhamento” de fevereiro

O “superalinhamento planetário de fevereiro”, como tem sido chamado, será visível em quase todo o mundo nas noites próximas de 28 de fevereiro de 2025. O dia é considerado a data mediana do evento, estabelecida com base em quando ele estará melhor visível para a maioria dos locais.

Mercúrio, Vênus, Júpiter e Marte serão facilmente visíveis a olho nu. No entanto, Urano e Netuno exigirão o uso de equipamentos para serem observados. Saturno, por sua vez, será o alvo mais difícil de vislumbrar, pois o planeta vai aparentar estar bem perto do Sol – será necessário saber a hora certa e o seu posicionamento preciso para vê-lo.

Idealmente, para melhorar as condições da observação, recomenda-se ir a uma região mais elevada, com condições climáticas favoráveis (sem tantas nuvens) e longe das zonas urbanas, onde a poluição luminosa se concentra.

Alinhamento ou parada?

De acordo com o portal Space Today, o conceito de “alinhamento planetário” frequentemente evoca imagens de planetas ordenados em uma linha reta perfeita no céu, uma configuração que, na prática, é quase impossível de acontecer. Na realidade, o fenômeno que mais se aproxima dessa descrição é conhecido como “parada de planetas”, um termo comum entre astrônomos amadores que descreve a visão de múltiplos planetas no céu noturno ao mesmo tempo.

Isso acontece porque, como explica o The Conversation, os planetas não podem se alinhar perfeitamente em três dimensões. Mesmo uma coincidência mais ampla, dentro de um quadrante (uma região de 90 graus da eclíptica), é altamente incomum. Desta forma, o “alinhamento” de 28 de fevereiro trata-se de um pseudoalinhamento ou apenas uma “parada planetária”.

Diferentemente de um “alinhamento”, uma “parada de planetas” refere-se essencialmente a uma perspectiva visual decorrente da posição de observação da Terra dos percursos orbitais simultâneos dos planetas. Ao orbitarem o Sol em trajetórias quase circulares, os corpos celestes podem ser observados distribuídos ao longo de uma linha imaginária no céu, e, por vezes, dão a impressão de estarem alinhados.

Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/ciencia/espaco/noticia/2025/02/conjuncao-planetaria-fevereiro-tera-evento-astronomico-que-so-se-repetira-em-2161.ghtml

Nasa atualiza chance de asteroide atingir a Terra para 1 em 32

Nova atualização aponta 3,1% de chance de objeto atingir a Terra. Astrônomos monitoram asteroide e avaliam eventual intervenção para evitar impacto 

Por Redação Galileu

A Nasa atualizou as chances de impacto do asteroide 2024 YR4 na Terra para 3,1% - ou 1 em 32. Trata-se da maior probabilidade registrada para uma colisão desse tipo, e pode ser revista (para mais ou para menos) nos próximos meses. A data do potencial evento é 22 de dezembro de 2032.

Descoberto em dezembro de 2024, o asteroide 2024 YR4 tem sido monitorado de perto por telescópios ao redor do mundo. Com base nos dados coletados, os cientistas vêm refinando os cálculos de sua órbita, aumentando a precisão da previsão de impacto.

Telescópio James Webb é capaz de ver objetos muito escuros no espaço, e espera-se que ele possa fornecer dados sobre o tamanho e a composição do asteroide nos próximos meses. No momento, a órbita do asteroide está levando-o em direção a Júpiter, e, depois que o 2024 YR4 sair de vista, novas informações só deverão ser obtidas quando ele reaparecer em 2028.

Se o risco de atingir a Terra for de 10% de chance ou mais, a Rede Internacional de Alerta de Asteroides (IAWN, na sigla em inglês) emitirá um aviso de recomendação para que todos os membros da ONU com territórios em áreas potencialmente ameaçadas iniciem a preparação terrestre.

Impacto na Terra

O 2024 YR4 tem um diâmetro estimado entre 40 e 90 metros e, caso atinja a Terra, pode liberar uma energia equivalente a 7,7 megatoneladas de TNT (trinitrotolueno, unidade usada para medir a potência de explosões). Ao contrário do asteroide de 10 quilômetros de largura que levou à extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos, o 2024 YR4 não provocaria uma catástrofe global, mas sua energia seria suficiente para destruir uma cidade.

A última vez que um asteroide com mais de 30 metros de diâmetro provocou preocupações na comunidade científica foi em 2004, quando o Apophis mostrou uma chance de 2,7% de atingir a Terra em 2029. Apesar disso, não há motivo para desespero. ”Não se trata de uma crise neste momento. Não se trata do assassino de dinossauros. Não é o assassino de dinossauros, não é o assassino do planeta. Isso é, no máximo, perigoso para uma cidade", afirmou Richard Moissl, chefe do escritório de defesa planetária da Agência Espacial Europeia, em comunicadoA comunidade científica segue acompanhando o 2024 YR4 para determinar se há necessidade de uma eventual intervenção. O cenário mais provável é uma explosão no ar, mas, se cair mesmo na Terra, o local do impacto vai determinar o tamanho do estrago. Por ora, o que se sabe é que o pedregulho espacial está sob risco de cair em uma região do globo que inclui a Índia, Paquistão, Bangladesh, Etipóia, Sudão, Nigéria, Venezuela, Colômbia e Equador.

Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/ciencia/espaco/noticia/2025/02/nasa-atualiza-chance-de-asteroide-atingir-a-terra-para-1-em-32.ghtml