quarta-feira, 30 de julho de 2014

Itália enfrenta invasão de javalis radioativos quase 30 anos após Chernobyl

Quase trinta anos após o desastre da usina de Chernobyl (Ucrânia), a maior tragédia radioativa da história continua a causar graves problemas na Europa e a deixar a população em alerta. Desta vez, o alarme foi soado em uma zona de caça livre no norte da Itália. Após um ano de pesquisas, o Instituto Zooprofilático Experimental de Piemonte, Ligúria e Valle d'Aosta – entidade ligada ao governo regional – divulgou a presença de traços de césio-137 acima dos limites permitidos pela União Europeia em dezenas de javalis encontrados na província piemontesa de Verbano-Cusio-Ossola, especialmente na pequena comunidade de Valsesia. A carne do javali seria consumida pelos caçadores.
O instituto começou a investigar a área com maior rigor em março de 2013, após a descoberta de 27 animais contaminados. Em pouco mais de um ano, foram analisados 1.441 porcos selvagens e a constatação foi a de que mais de 10% da população (166 javalis) apresentam índice de radioatividade superior a 600 becquerel/quilo, limite máximo permitido pela UE em animais selvagens. O becquerel é a unidade usada internacionalmente para mediação de radioatividade.
Embora não tenha revelado precisamente o nível de radiação encontrado nos animais de Vasesia, Maria Caramelli, diretora do instituto, afirmou que as análises apresentaram traços de césio-137 "significativamente superiores" ao permitido pela comunidade europeia.
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Acidente nuclear de Chernobyl aconteceu há 28 anos18 fotos

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26.abr.2013 - Cerimônia realizada em Kiev, na Ucrânia, nesta sexta-feira (26), homenageou as vítimas do acidente na usina nuclear de Chernobyl, cidade da Ucrânia, que completou 27 anos. O acidente de Chernobyl é considerado o pior acidente nuclear da história. A nuvem de radioatividade produzida contaminou vastas áreas da Ucrânia, Belarus e Rússia e atingiu outros países da Europa, a Escandinávia e o Reino UnidoGleb Garanich/Reuters

Nuvem radioativa

De acordo com a instituição, a contaminação dos javalis é consequência ainda da nuvem radioativa provocada pela explosão de Chernobyl em 1986. Nos dias decorrentes ao desastre, a nuvem se espalhou por dezenas de países da Europa. Na Itália, um mapeamento feito pelo CCR (Centro Comum de Pesquisa da União Europeia) constatou que as regiões mais afetadas foram Lombardia e Piemonte. Fortes chuvas atingiram essas áreas naquele período fazendo com que o césio penetrasse maciçamente no solo.
A atual propagação da substância radioativa entre a população de porcos selvagens, e não em outros animais, pode ser consequência dos hábitos alimentares dos javalis. Como eles se nutrem principalmente de raízes, escavam camadas profundas do solo em busca do alimento, expondo-se assim à radiação. Além disso, as raízes são por si próprias grandes concentradoras de radiatividade.  
Após a descoberta, o instituto zooprofilático emitiu um alerta pedindo maior controle na zona de caça da província de Verbano-Cusio-Ossola. Atualmente, o Piemonte possui um plano de monitoramento da carne proveniente da caça na região. Porém, a fiscalização não atinge a totalidade dos animais abatidos em zonas selvagens antes de serem consumidos.

Índices subestimados

Para Massimo Bonfatti, coordenador na Itália do Projeto Humus, que trabalha com políticas de contenção de contaminação em áreas atingidas por radioatividade, a situação é ainda mais grave do que parece. Segundo o médico, dois fatores não estão sendo levados em consideração para avaliar precisamente o quadro. O primeiro deles seria a análise exclusiva de somente um isótopo radioativo.
"Um problema grave é que o índice de validação de contaminação na Europa é feito só com o césio-137, mas a nuvem que foi liberada por Chernobyl era cheia de outros elementos em proporções diversas. Não conseguimos nunca ter, por exemplo, o resultado da contaminação no norte da Itália por césio-134, que também pode causar sérios danos".
Além disso, segundo o coordenador, o valor permitido de radiação de 600 becquerel por quilo de carne é extremamente elevado. "É complicado, mas estamos trabalhando na elaboração de uma proposta de projeto de lei para baixar esse índice para 10 bq/kg"

Maior rigor

Ainda de acordo com Bonfatti, os danos causados à saúde humana por contaminação radioativa são gigantescos. "Nós sustentamos que a grande epidemia de câncer que existe no mundo é provavelmente consequência da radiação que foi liberada do pós-guerra até hoje no planeta. Além disso, estudos já revelaram que o césio-137 se liga às fibras do coração provocando o surgimento de graves patologias cardíacas."
A reportagem do UOL entrou em contato com as assessorias do governo da região do Piemonte e do Ministério da Saúde italiano para saber quais providências devem ser tomadas após a divulgação do estudo. A administração regional informou que o Instituto Zooprofilático Experimental é o único "ente responsável pela solução de casos do gênero" na área e que, portanto, apenas ele pode falar sobre o assunto. Já o Ministério da Saúde, embora tenha sido procurado diversas vezes ao longo da última semana, não se pronunciou até a publicação desta reportagem.

Fonte: Uol

terça-feira, 22 de julho de 2014

Astronomia

OPÇÕES

FAÇA SUA INSCRIÇÃO:
CURSO DE FORMAÇÃO EM ASTRONOMIA PARA PROFESSORES
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CURSO DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA PARA ALUNOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO CEARÁ
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OBJETIVO

O objetivo geral deste curso é oferecer aos participantes uma visão mais aprofundada sobre a Astronomia tanto nos seus aspectos teóricos, como práticos e observacionais. Esse conhecimento permitirá ao docente ser um multiplicador em sala de aula integrando a Astronomia com as disciplinas de Física, Química, Geografia, Matemática e ciências afins.
São objetivos específicos:
a) Incentivar a formação de clubes de ciências.
b) Fomentar a participação dos professores em projetos de cientista cidadão ( Citizen Science ).
c) Contribuir para a popularização das ciências relacionadas ao espaço (Astronomia, Astrofísica, Cosmologia e as ciências aeroespaciais).
d) Complementar a formação dos professores da rebe pública.
e) Desenvolver atividades com ênfase interdisciplinar e multidisciplinar com foco no Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM e na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica – OBA.

PÚBLICO ALVO

a) Professores das escolas públicas nas áreas Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias;
b) Professores das escolas públicas na área de Geografia;c) Professores das escolas públicas que atuem no Ensino Fundamental de Ciências Naturais.

REQUISITOS

a) Ter disponibilidade mínima de 08 (oito) horas semanais para dedicar ao curso em atividades presenciais e semipresenciais. b) Ser professor da Educação Básica na rede pública de ensino do estado do Ceará.

MATRIZ CURRICULAR


MÓDULOS
TÓPICOS
Módulo 1 – Introdução à Astronomia
  • Breve histórico da Astronomia – Da antiguidade às Leis de Kepler
  • Breve histórico da Astronomia – De Galileu à atualidade
  • O Sistema Solar
Módulo 2 – A Cosmologia e as grandes estruturas do Universo
  • Evolução e classificação estelar
  • Galáxias
  • Cosmologia
Módulo 3 – Reconhecimento do céu
  • Orientação pelo céu e coordenadas astronômicas
  • Cartas celestes
  • Observando o céu a olho nu
Módulo 4 – Observações astronômicas
  • Observações astronômicas
  • Instrumentos de observação
  • Construindo instrumentos de observação de baixo custo
  • Observação solar

VAGAS

Serão ofertadas 500 (Quinhentas) vagas para professores da rede pública de ensino do estado do Ceará.

MULTIMÍDIA

COORDENAÇÃO

Diretor do Instituto UFC VirtualMauro Cavalcante Pequeno
Coordenador do Curso de Formação em Astronomia para Professores das Escolas Públicas do CearáMairton Cavalcante Romeu
Diretor do Centro de Educação a Distância do CearáFrancisco Herbert Lima Vasconcelos

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Professor ensina como estudar física para o Enem 2014

Quer se sair bem nas questões de física do Enem 2014, mas não sabe como estudar? Confira as dicas do professor Francisco Flávio, do Cursinho da Poli e garanta um bom desempenho


Fonte: Universia Brasil
Fonte: Universia Brasil
“O Enem não foca em conteúdos específicos, mas sim na aplicação desses conteúdos no dia a dia"
A física é uma disciplina que envolve diversos conceitos e fórmulas, fato que assusta muitos estudantes. Se você faz parte desse grupo, fique calmo: a Universia Brasil conversou com o professor Francisco Flávio, doCursinho da Poli, que deu dicas sobre como estudar física da melhor forma para o Enem 2014, que acontece nos dias 8 e 9 de novembro. Confira:


1 - Relacione o conteúdo à atualidade
A prova de física do Enem não é difícil quando comparada a outras, como a da Fuvest. No entanto, para se sair bem é essencial que o aluno entenda mais do que o conteúdo em si, relacionando-o a temas atuais. “O Enem não foca em conteúdos específicos, mas sim na aplicação desses conteúdos no dia a dia, como no cálculo de gasto de energia de uma residência, por exemplo”, afirmou.

2 - Aprofunde-se nos conteúdos que são mais cobrados
Tal como em qualquer outra prova, o Enem também tem as suas “figurinhas carimbadas”, ou seja, assuntos que costumam cair em todas as suas edições. A Universia Brasil fez um levantamento de quais são eles, como você pode ver aqui. Além disso, o professor Flávio fez questão de frisar os seguintes conteúdos como sendo indispensáveis ao aluno que quer estar bem preparado para a prova de física do Enem 2014. São eles:

1. Transferências energéticas
2. Mecânica
3. Cinemática
4. Circuito elétrico
5. Cálculos de energia

3 - Entenda as unidades de medidas
Saber unidades de medidas e de grandezas é, segundo o professor Flávio, imprescindível na prova de física. “Muitas vezes o aluno consegue resolver uma questão mesmo sem saber as fórmulas, apenas relacionando as unidades de medidas”, explicou. Portanto, se você tem dificuldades com fórmulas e conceitos, saber relacionar dimensões pode ajudá-lo muito a melhorar o seu desempenho na prova de física.

Sobre o Enem 2014 
As provas do Enem 2014 acontecem nos dias 8 e 9 de novembro. Com a nota do exame é possível participar de programas como o Sisu, que oferece vagas em faculdades públicas; o ProUni, para quem desejaconseguir uma bolsa de estudo em instituições privadas do ensino superior; e o Sisutec, que oferece vagas gratuitas em cursos técnicos. Além disso, a nota do Enem vale como certificação de conclusão do Ensino Médio.

Duas novidades foram apresentadas este ano. A Universidade de Coimbra e a Universidade da Beira Interior, ambas instituições portuguesas, vão usar a nota do Enem como processo seletivo. Serão utilizadas as notas das edições de 2011 (apenas Coimbra), 2012 e 2013 como critério para matricular candidatos brasileiros nos seus cursos de graduação.


Disponível em: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/07/07/1100144/professor-ensina-estudar-fisica-enem-2014.html

Criado um manto de "invisibilidade mecânica"

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/07/2014

Manto da invisibilidade mecânica
Embora derivada de um trabalho fundamentalmente matemático, a camuflagem antissensibilidade poderá ter usos práticos imediatos. [Imagem: Tiemo Buckmann/KIT]
Ciência dos contos de fada
Já existem mantos da invisibilidade para os mais diversos tipos de aplicação, alguns mais práticos do que outros.
E a literatura continua sendo a inspiração para a criação desses materiais artificiais capazes de manipular ondas e forças de formas inusitadas - agora incluindo os contos de fada.
No conto a Princesa e a Ervilha, de Hans Christian Andersen, para ver se a candidata a se casar com o príncipe era uma princesa de verdade, a rainha colocou uma ervilha na cama em que a moça iria dormir e, por cima, vários colchões e cobertores.
Afinal, somente uma princesa poderia ter uma pele tão sensível a ponto de detectar uma ervilha por baixo de tantos colchões.
Deu certo, mas agora talvez a rainha tivesse que inventar outra tática, graças ao metamaterial criado por Tiemo Buckmann e seus colegas do Instituto Karlsruhe de Tecnologia, na Alemanha.
Esse novo manto da invisibilidade mecânica é capaz de camuflar qualquer coisa que esteja por baixo dele - não no sentido visual, mas no sentido táctil. No caso do conto, por mais autêntica que fosse a princesa, ela não conseguiria detectar a ervilha.
Manto da invisibilidade mecânica
Pressione e não sinta o que estiver dentro do cilindro. [Imagem: Tiemo Buckmann/KIT]
Manto da invisibilidade mecânica
metamaterial, feito de plástico, possui uma estrutura composta por cones afilados, muito parecidos com palitos de dente, cujas extremidades se juntam. É o tamanho desses pontos de contato que determina as propriedades mecânicas do material.
Na base do material é construído um cilindro, no interior do qual é colocada a ervilha ou qualquer outro objeto que se deseja esconder.
Quanto alguém toca o metamaterial por cima, comprimindo-o contra o objeto camuflado, as forças se distribuem de uma tal forma entre os cones que não é possível sentir a presença do objeto.
"Usando nosso material, um travesseiro é suficiente para a princesa dormir bem," disse Buckmann, que chama seu material de "camuflagem elastomecânica antissensibilidade".
Usos práticos
Embora esse manto da invisibilidade mecânico represente uma pesquisa bastante fundamental - sua construção se baseia na inversão matemática das equações físicas básicas - os pesquisadores acreditam que o campo dos materiais artificiais deverá resultar em aplicações práticas em poucos anos.
Entre as possibilidades estão colchões muito finos - para camping, por exemplo - com o mesmo conforto dos colchões tradicionais, ou tapetes e carpetes que escondam os fios que passem por baixo deles ou irregularidades no piso.
Os precedentes existem: o manto da invisibilidade contra terremotos foi testado com sucesso na prática poucos anos depois de ter sido apresentado como uma sugestão teórica.
Bibliografia:

An elasto-mechanical unfeelability cloak made of pentamode metamaterials
T. Bückmann, M. Thiel, M. Kadic, R. Schittny, M. Wegener
Nature Communications
Vol.: 5, Article number: 4130
DOI: 10.1038/ncomms5130

Fonte: Inovação tecnológica

sábado, 5 de julho de 2014

Base lunar da China é testada com sucesso na Terra

Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/07/2014

Base lunar da China é testada com sucesso na Terra
O sistema de suporte de vida biorregenerativo será testado primeiro na Estação Espacial Chinesa, e depois na Lua e em Marte. [Imagem: CNSA]
Palácio Lunar
A Agência Espacial Chinesa divulgou o término com sucesso do primeiro teste de longa duração do protótipo de uma estação espacial lunar.
Três pesquisadores da Universidade de Aeronáutica e Astronáutica de Pequim passaram 105 dias em isolamento no interior da construção, chamada Palácio Lunar (Lunar Palace 1 ouYuegong-1).
A instalação é composta por três módulos, com um volume interno de 500 metros cúbicos e ocupando uma área de 160 metros quadrados.
A astrobase inclui uma sala de estar, sala de trabalho, dormitório, um banheiro e instalações para cultivo de plantas e criação de animais (minhocas), coleta de resíduos e reprocessamento dos rejeitos e da água.
Ainda que a designação "Palácio Lunar" possa parecer adequada, o termo PALACE também é uma sigla para Permanent Astrobase Life-support Artificial Closed Ecosystem, ou astrobase permanente com suporte de vida por ecossistema fechado artificial, em tradução livre.
Suporte de vida biorregenerativo
Base lunar da China é testada com sucesso na Terra
Projeto da primeira colônia chinesa na Lua. [Imagem: CNSA]
Os pesquisadores chineses, que chamam a principal tecnologia usada na instalação de "suporte de vida biorregenerativo", apressaram-se em diferenciar o seu ecossistema artificial fechado do projeto Biosfera, feito nos Estados Unidos sem grande sucesso.
Segundo o professor Liu Hong, um dos idealizadores do projeto, enquanto a Biosfera tentou reproduzir o ecossistema terrestre inteiro, o Lunar Palace é voltado para reproduzir o "ecossistema humano", ou seja, um ambiente que permita a vida de um grupo de seres humanos por um tempo determinado.
Por exemplo, uma parte da alimentação dos três pesquisadores - sobretudo carne - foi fornecida de fora. Mas eles cultivaram 15 plantas, incluindo milho, soja, amendoim, lentilha, pepino e morango. A principal fonte de proteína veio de minhocas criadas no interior da estação, que são desidratadas para serem ingeridas.
As plantas foram também a principal fonte de oxigênio na estação, permitindo que o oxigênio disponível para os três tripulantes fosse reposto três vezes durante os 105 dias do teste.
Base lunar da China é testada com sucesso na Terra
A tripulação do teste de 105 dias foi formada por duas mulheres - Xie Beizhen e Wang Minjuan - e um homem - Dong Chen -, todos pesquisadores da Universidade de Aeronáutica e Astronáutica de Pequim. [Imagem: CNSA]
A água é reciclada e os dejetos humanos são processados por biofermentação. Os restos de alimentos e dos vegetais foram reprocessados para virar adubo e ajudar no cultivo das plantas, que receberam uma iluminação especial feita com LEDs.
Os responsáveis pelo projeto não divulgaram o consumo de energia do Palácio Lunar, uma informação crucial para sua viabilidade no espaço.
Lua e Marte
Antes de serem usadas para construir uma base na Lua, as tecnologias desenvolvidas no Palácio Lunar serão testadas em órbita da Terra, a bordo da estação espacial chinesa - que se chama "Palácio Celestial" (Tiangong).
"O sucesso do experimento lança fundações sólidas para os testes de demonstração do CELSS [sistema de suporte de vida ecológico controlado] na estação espacial da China, que será útil para os astronautas chineses obterem legumes frescos, melhorando suas condições de vida e aliviando seu estresse mental," afirma nota da CMSE (China Manned Space Engineering).
A nota afirma também que o suporte de vida biorregenerativo será utilizado no futuro na instalação de uma base na Lua e para a exploração de Marte.

Fonte: Inovação Tecnológica

Velocidade da luz pode ser menor do que se calculava

Com informações da Physorg - 04/07/2014

Velocidade da luz pode ser menor do que se calculava
Imagem do que restou da explosão da supernova SN 1987A - os neutrinos chegaram à Terra quase cinco horas antes dos fótons. [Imagem: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/A. Angelich]
Luz atrasada
O físico James Franson, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, está causando um rebuliço na comunidade física mundial ao apresentar cálculos que indicam que a velocidade da luz pode ser menor do que se calculava.
Segundo a Teoria da Relatividade Geral, a velocidade da luz no vácuo - o "c" na famosa equação de Einstein - é uma constante equivalente a 299.792.458 metros por segundo.
É o chamado "limite de velocidade universal", já que nada pode viajar mais rápido do que isso - nem mesmo neutrinos.
Franson analisou justamente a diferença de velocidade entre neutrinos e fótons detectados na famosa supernova SN 1987A - detectada em 1987, esta foi a primeira supernova a ser observada a olho nu em 383 anos.
Ocorreu que os instrumentos indicaram que os neutrinos emitidos pela explosão cósmica chegaram à Terra 4,7 horas antes que os fótons, algo totalmente inesperado e em desacordo com as leis da física.
A saída mais fácil foi concluir que os neutrinos vieram da SN 1987A, mas os fótons devem ter vindo de algum outro lugar.
Velocidade da luz pode ser menor do que se calculava
O impacto da gravidade no decaimento do fóton é explicado pela absorção de um gráviton (uma "partícula" da gravidade quantizada) pelo elétron virtual, mudando seu momento de p para p'. [Imagem: James Franson]
Polarização do vácuo
Franson argumenta que essa saída pouco elegante é desnecessária porque os fótons podem ter tido sua velocidade reduzida no caminho devido a um fenômeno conhecido como polarização do vácuo, um processo no qual um fóton se divide em um elétron e um pósitron, a versão de antimatéria do elétron.
A polarização do vácuo é um fenômeno bem conhecido pela teoria quântica dos campos, que sabe também que essa separação do fóton em elétron e pósitron dura muito pouco, com os dois recombinando-se novamente em um fóton, que prossegue sua viagem.
Franson argumenta que isso deve criar um diferencial gravitacional entre o par de partículas durante os momentos de separação do fóton. Se for verdade, há um pequeno impacto de energia quando os dois se recombinam - pequeno, mas o suficiente para retardar ligeiramente o fóton.
Como a supernova SN 1987A está a 168.000 anos-luz da Terra, esse processo deve ter-se repetido incontáveis vezes, e o somatório dos pequenos retardos gerados em cada decaimento-recombinação pode explicar as 4,7 horas que os fótons demoraram a mais para chegar em relação aos neutrinos, que não sofrem o mesmo processo.
Assim, conclui Franson, não é que os fótons da explosão da supernova tenham chegado atrasados: a velocidade da luz é que é menor do que se calculava.
Isso implica em muitas coisas radicais do ponto de vista da física atual. Por exemplo, que os neutrinos seriam mais rápidos do que a luz, o que deve estar deixando os físicos do laboratório Gran Sasso alvoroçados.
Recalcula tudo
Velocidade da luz pode ser menor do que se calculava
Esse gráfico, conhecido como Propagador de Feynman, mostra a probabilidade de um fóton ser aniquilado em um ponto e emitido em outro ponto adiante - o tempo envolvido é de 1 nanossegundo. [Imagem: James Franson]
Se Franson estiver correto, praticamente todas as medições feitas e usadas pela cosmologia para embasar suas teorias estarão erradas. E muitas explicações criadas com base nesses dados e nessas medições também terão que ser repensadas.
Contudo, ainda que a teoria de Franson tenha sido aceita e publicada por uma renomada revista de física, é bom dar algum tempo até que toda a comunidade possa avaliar a ideia.
Ou, quem sabe, esperar por outro fenômeno cósmico que, ocorrendo a uma distância diferente, permita aferir os cálculos de Franson.
Não é a primeira vez que a velocidade da luz é questionada. No início do ano passado, duas equipes argumentaram que as partículas efêmeras que surgem dovácuo quântico podem induzir flutuações na velocidade da luz:
Bibliografia:

Apparent correction to the speed of light in a gravitational potential
James D. Franson
New Journal of Physics
Vol.: 16 065008
DOI: 10.1088/1367-2630/16/6/065008

Fonte:Inovação Tecnológica

terça-feira, 1 de julho de 2014

Um dos exoplanetas mais semelhantes à Terra está a “apenas” 16 anos-luz de distância

No último ano, os astrônomos vêm encontrando inúmeros planetas potencialmente habitáveis espalhados pelo universo. E agora temos mais um para a coleção: o Gliese 832 c, que fica a 16 anos-luz de distância.Gliese832c_with_star

Esta superterra tem cinco vezes a massa da Terra, e orbita uma estrela anã vermelha com metade da massa e do raio do nosso Sol.

O Gliese 832 c também é um dos três planetas mais parecidos com a Terra já descobertos; seu ESI (Índice de Similaridade com a Terra) é de 81%. O índice leva em conta o diâmetro do exoplaneta, sua densidade, campo gravitacional e temperatura da superfície.



No entanto, o mais importante sobre o Gliese 832 c é que ele recebe a mesma quantidade de energia, em média, que a Terra recebe do Sol. Isso o coloca em uma “zona habitável”, uma combinação específica de distâncias que permitiria a existência de água líquida na superfície do planeta.

Mas ele não é o único exoplaneta potencialmente habitável. Vamos recapitular:
HEC_All_Distance

em 2012, astrônomos descobriram que um dos planetas orbitando a estrela Tau Ceti, a 12 anos-luz de distância, está na zona habitável;
em 2013, tivemos a descoberta de Kepler 62 e e Kepler 62 f, os dois planetas mais perfeitos para se existir vida;
este ano, comentamos sobre o planeta Kepler 186f, primeiro planeta do tamanho da Terra em zona habitável;
e este mês, cientistas revelaram a descoberta do Kapteyn b, um planeta próximo da Terra e potencialmente habitável.
Estes são apenas alguns exemplos: o Catálogo dos Exoplanetas Habitáveis reúne 23 candidatos onde poderia existir vida – e esse número dobrou no último ano. Eles estão na imagem abaixo, organizados por distância (ly = anos-luz):



Na verdade, um estudo diz que uma em cada cinco estrelas parecidas com o Sol conta com um planeta do tamanho da Terra. Ou seja, haveria cerca de 20 bilhões de planetas como a Terra apenas na Via Láctea. Com telescópios melhores, nós poderemos descobrir ainda mais candidatos a exoplanetas onde talvez haja vida.

O desafio, claro, é chegar até a esses planetas. O recém-descoberto Gliese 832c fica a 16 anos-luz de distância. A sonda Voyager 2, no espaço há 36 anos, só percorreu 0,00165 ano-luz. A menos que o motor de dobra espacial se torne realidade, será difícil chegar à Nova Terra. [PHL]

>>> 7 bons motivos para acreditar que existe vida em outros planetas
Fonte:http://gizmodo.uol.com.br/super-terra-gliese-832-c/